As semifinais do Campeonato Alagoano trouxeram uma novidade no estadual de 2023: o uso do VAR. Nos jogos que valiam vaga na decisão, o árbitro de vídeo foi participativo.
Presidente da Federação Alagoana de Futebol, Felipe Feijó falou com o ge e valorizou o auxílio da ferramenta.
- Dá uma tranquilidade. Quando a gente tem o VAR, tem uma retaguarda das decisões de dentro do campo e isso gera credibilidade para a competição, o que consequentemente, gera mais patrocínio para o campeonato como um todo, fazendo com que todo mundo saia ganhando.
Feijó destacou a legitimidade dos resultados com o árbitro de vídeo.
- Algumas decisões de campo foram revertidas pelo VAR e ele serve justamente pra isso, porque acaba mudando a dinâmica da partida, dando legitimidade ao resultado do jogo. A arbitragem é passível de erro, afinal, são seres humanos que estão atuando, e o VAR dá tranquilidade não só para os árbitros, mas também para as equipes, pra quem organiza, enfim, pra todo mundo.
O presidente disse ainda que pretende ampliar o uso da tecnologia.
- A gente só vai ter evolução com o uso da tecnologia. O VAR é uma realidade no futebol. A gente espera que fique mais acessível pra fazer uso com mais frequência nos próximos anos.
Perguntado sobre o valor do investimento, Felipe Feijó foi direto.
- R$ 15 mil, por jogo.
Balanço técnico
Presidente da comissão de arbitragem de Alagoas, George Alves Feitoza fez um balanço do VAR.
- Foi uma experiência muito proveitosa, foi uma solicitação do presidente Felipe Feijó desde a temporada passada, nesses quatro jogos passados das semifinais do Alagoano o VAR se comportou de uma forma muito boa. A experiência dos profissionais que estavam trabalhando na sala colaborou, no ano passado eles também tiverem essa oportunidade, e agora mais maduros, digamos assim. Com mais experiência, com mais situações protocolares do VAR eles conseguiram, assim, desenvolver as situações em que foram exigidos da melhor forma possível.
Análise dos lances
George pontuou as intervenções do árbitro de vídeo nas quatro partidas das semifinais.
- Tivemos em um jogo do Murici e ASA uma situação em que o campo confirmou um gol, mas o VAR, após checar as imagens, de forma factual, informou que o gol foi feito com a mão e o árbitro prontamente anulou.
- No jogo Coruripe e CRB, não foi preciso nenhuma intervenção do VAR, apenas checagem silenciosa nos gols marcados, mas todos eles confirmados pelo campo e com o VAR também ratificando essa decisão.
Sobre os jogos da volta, Feitoza também sinalizou os lances polêmicos.
- Na partida de volta entre ASA e Murici, também situações protocolares bem analisadas pelo VAR e confirmadas pelo campo de jogo. Destaco um lance em que a equipe do Murici pediu uma penalidade porque a bola bateu na mão do atacante Lúcio Maranhão, do ASA, o campo deu escanteio, o VAR chegou as imagens e corroborou com a decisão do campo, visto que a bola pegou na perna do atacante do ASA e em seguida na mão, num movimento natural.
George Alves ainda comentou a participação decisiva do VAR no confronto entre CRB e Coruripe, nesse domingo, no Rei Pelé.
- E no jogo ontem (domingo) do CRB, esse foi o mais atípico porque tivemos duas situações de correções com o VAR. Primeiramente, um penal não marcado para a equipe do Coruripe, o árbitro não viu, mas o VAR chegou as imagens, recomendou uma revisão, ele viu a revisão e confirmou a penalidade - citou, apontando ainda o terceiro gol do CRB.
- Em seguida, o terceiro gol do CRB que a assistente marcou impedimento, o VAR checou com as linhas de impedimento, viu que não houve nenhuma irregularidade do gol foi confirmado de forma factual.
NM com GE
Fotos: Augusto Oliveira