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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

1987,CAPÍTULO INFINITO.

O reconhecimento do título da Copa União pelo Flamengo, em 1987, como legitima conquista nacional, voltou a provocar polêmica com o Sport, que se considera o único vencedor daquele ano, e com o São Paulo, que era tido como o primeiro pentacampeão brasileiro antes da unificação dos títulos da Taça Brasil e do Robertão. Para o diretor jurídico do Tricolor Paulista, Kalil Rocha Abdalla, o aval da CBF não tem poder maior do que a decisão da Justiça Comum, que declarou o Sport como único campeão brasileiro de 1987.

"Eu vi agora esta notícia dessa reunião. Para mim o que vale é a decisão judicial, que já foi julgada em última instância e declarou o Sport o único campeão de 1987. Na minha opinião esta decisão da CBF não vale nada. Amanhã o Ricardo Teixeira (presidente da CBF) muda de ideia de novo e dá o título para o Corinthians", ironizou Kalil.

A decisão da CBF, ocorrida após reunião com dirigentes flamenguistas, tem tudo para provocar uma polêmica ainda maior entre São Paulo e Flamengo, graças à malfadada Taça das Bolinhas, troféu que deveria ser entregue para o primeiro clube campeão brasileiro por cinco vezes alternadamente ou por três oportunidades consecutivas.

Após conseguir o pentacampeonato nacional em 2007, o São Paulo exigiu a entrega do troféu, já que desconsiderou a conquista flamenguista em 1987. Este fato levou a Caixa Econômica Federal, dona do objeto, a entregá-lo para o Tricolor Paulista na última segunda-feira, em evento na capital paulista.

Para Kalil Rocha Abdalla, a entidade agiu certo ao endereçar a Taça das Bolinhas para o São Paulo, pois se baseou em uma decisão judicial, além do aval da própria CBF. Segundo o dirigente, qualquer reclamação terá de ser feita pelo Flamengo.

"A Caixa agiu corretamente ao entregar o troféu para o São Paulo. A presidente (da Caixa) até falou que ela (a Taça das Bolinhas) já estava meio oxidada, não lembro direito o termo que ela usou. Agora, se o Flamengo quiser entrar na justiça contra esta decisão, isto é direito deles", reconheceu.

Fonte: GE.Net

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