ASSESSOR E OBSERVADOR. VOCÊ SABE A DIFERENÇA?

Tenho ficado bastante a vontade para falar de assuntos relacionados a arbitragem. Assuntos estes que me fascinam por conter bastante suporte para as minhas pesquisas como repórter setorista da Federação Alagoana de Futebol. Ainda mais quando se tem um Presidente e um vice de Comissão de arbitragem com paciência de explicar detalhes por detalhes.
Falo do Hércules Martins e do Alton Olimpio da CEAF-AL que sempre atendem a nossa reportagem com muita atenção.
E me veio a curiosidade de saber o porque da mudança do nome, observador para Assessor de Arbitragem.
Assessor é o membro da Comissão que vai aos jogos de futebol para fazer uma avaliação do desempenho da arbitragem nas partidas. Trocando em miúdos, um fiscal.
E segundo Hércules em entrevista a mim ontem a noite para a Resenha do Povo da rádio Difusora de Alagoas a mudança foi apenas de nomeclatura, por que as funções continuam a mesma.
Na entrevista, o Presidente da CEAF-AL nos informou que este cargo foi criado pelo atual Presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Sérgio Correa, a quem Hércules parabenizou pela atitude da criação da função. Realmente é muito importante a presença dessas pessoas nas partidas de futebol, fazendo relatórios de tudo que aconteceu para que a C.A. CBF analise se os seus árbitros estão aptos para comandar outros jogos. Ou seja uma avaliação a cada atuação.
Na verdade segundo o Presidente da Comissão alagoana não existe critérios para ser um assessor de arbitragem, a única exigência é que ele tenha sido árbitro de futebol, as questões técnicas de arbitragem são avaliadas através da prova anual da RENAF, esta mesma avaliação que aconteceu nesta quarta-feira nacionalmente para todos os árbitro que pertencem ao quadro da CBF nos seus Estados.
Ainda na entrevista um fato triste. Ficamos sabendo que Alagoas esta nivelado por baixo no critério de quantidade de profissionais que atuam na área. Só dois membros da Comissão participam. Fica difícil de acreditar que federações como a Acreana, Baiana, Norte Riograndense possuem três membros para desenpenhar a função.
Agora lhe pergunto:
Você sabe qual time do Acre disputa o Brasileirão 2011 e em qual série esta equipe figura?
O Acre tem algum árbitro de gabarito como a CEAF-AL tem o Francisco Carlos do Nascimento que é ASP/FIFA?
Fica difícil.
A Federação Paulista de Futebol é a que mais possui Assessores, no total de 12.
Segundo Hércules Martins, o Presidente da Federação é que escolhe a quantidade e os membros que farão parte da assessoria. No caso da nossa FAF foi o Presidente Gustavo Feijó que determinou que aqui em Alagoas só teríamos 2 membros.
Só para completar a informação, alguns números de assessores de arbitragem em algumas federações estaduais do Brasil:
Rio de Janeiro: 6
Rio Grande do Sul: 5
Brasília:4
Amapá:2
Ceará: 5 e por ai vai.
Antes de terminar a pesquisa me veio a curiosidade de saber quanto recebe um Assessor para executar seu trabalho por jogo.
E descobri que um absurdo, comparado ao árbitro da partida. Para você ter uma ideia, um árbitro FIFA que irá comandar jogos na série "A", por jogo ele recebe a bagatela de R$ 3.150,00 enquanto o assessor R$ 370,00. Já na série "B" o árbitro FIFA recebe R$ 2.600,00 e o assessor R$320,00.
Para os padrões normais do poder aquisitivo do brasileiro é outro absurdo, tendo em vista que o salário mínimo do Brasil gira em torno de R$ 545,00. Mais não podemos fazer esta comparação até porque sabemos que no futebol tudo é exorbitadamente inflacionado.
Como queria ter sido árbitro.
Como queria ser uma Assessor de Arbitragem no futebol Brasileiro.

Para você que é curioso igual a mim vai um link para o aperfeiçoamento do entendimento do que realmente uma assessor faz, inclusive o trabalho do Assessor pode ir muito mais além do cunho meramente técnico, descubra como clicando no endereço abaixo:
http://www.cbf.com.br/media/104239/manual_do_assessor_arbitragem_2011.pdf