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terça-feira, 30 de outubro de 2012

SERA QUE VAMOS VER O MESMO FILME DE ANTES? "VIRADA DE MESA" NUNCA MAIS.


Ainda estou aqui pensando e me perguntando: Onde nós verdadeiramente estamos?
Quando leio que o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) acatou o pedido do Palmeiras para suspender o resultado da partida contra o Internacional pela 33ª rodada da Série "A" até que o julgamento determine um veredicto, que será feito no Pleno no dia 8 de Novembro.

Há duas possibilidades em questão, manter o resultado da partida com a vitória do Internacional ou remrcar uma nova data para um novo jogo anulando o antigo resultado.

Com esse bafafá todo chego a acreditar que estão querendo ajudar o Palmeiras e que novamente haverá "virada de mesa" no futebol brasileiro como houve em 1993.

O nono colocado da Série B, o Grêmio ficou no grupo de elite, A e B, enquanto a 16º da Série A do ano anterior, a Portuguesa, caiu para os grupos C e D. Os dois rebaixados, Náutico e Paysandu, não foram rebaixados e também ficaram nos grupos C e D. Critério ZERO.

O regulamento: dividiram 32 times (os 20 da Série A 1992 + 12 da Série B 1992) em 4 grupos, 2 de elite que classificavam 3 times cada para a fase final, e outros 2 com 1 vaga por grupo.  O pior ocorreu com os times dos grupos C e D: 50% deles (4 equipes por grupo) seriam rebaixados para a Série B 1994.
Como o Grêmio estava na elite, o absurdo ficou assim: o 9º colocado da Série B 1992 não poderia ser rebaixado em 1994, enquanto o 1º colocado da mesma Série B 1993 poderia (mas não foi).
1992
Foi tentado uma virada de mesa para não rebaixar Grêmio Vitória, mas evidentemente Internacional e Bahia rechaçaram a ideia que beneficiaria os rivais, após no Clube dos 13. Para não correr riscos com o Grêmio, rebaixado para a Série B de 1991, é definido o ascenso de 12 times, ao invés de dois como eram nos anos anteriores. O Tricolor termina em 9º lugar.
1993
Com 32 times, um grupo de elite é formado nos grupos A e B. Os menores ficam  nos grupos C e D. A divisão é por critérios políticos, já que times que foram bem na Série B de 92 (Vitória Paraná), terminam nos grupos C e D assim como a Portuguesa, que foi bem na Série A de 1992. Já o Grêmio, 9º colocado da Série B em 1992, vai direto para o grupo de elite! Ah, e não tem rebaixamento nos grupos A e B. Uma vergonha, muito pior do que ocorrido em 1992.
Espero que esta vergonha não aconteça novamente.

O que passa na cabeça de um torcedor cujo seu time precisou que falcatruas fossem feitas para que o mesmo permanecesse em uma determinada competição ou até mesmo ir para o melhor nível através destas ajudas. Eu teria vergonha de continuar torcendo por este clube. 
E você? 
Quem não se lembra da recente "Virada de Mesa" do Fluminense em 2000.
Relembre:

Tudo começou com o critério de rebaixamento inventado no brasileirão de 99. 

Ao invés dos quatro últimos simplesmente caírem, havia uma média de pontos entre os campeonatos de 98 e 99 para rebaixar os times. 

Acontece que os times que vieram da segundona em 98 não tinham como calcular uma média, pois não estavam no brasileirão de 98 e, para eles o critério de rebaixamento era apenas os pontos conquistados no ano. Ou seja, havia critérios diferentes para os times que já estavam na série A e os que haviam subido.
Fora isso, houve um problema com o jogador Sandro Hiroshi que falsificou sua idade e atuou pelo São Paulo. Aí o STJD tirou pontos do São Paulo num jogo contra o Botafogo o que o salvou do rebaixamento.
Se não fosse essa manobra, o Botafogo seria rebaixado e não o Gama que, mesmo tendo ficado em 15º entre 22 participantes, foi declarado rebaixado para segundona. Aí o Gama entrou na justiça comum e conseguiu se manter na primeira divisão o que faria que o campeonato tivesse 21 clubes. 

Aí a CBF abriu mão de organizar o brasileirão de 2000 e foi criada a Copa João Avelange pelo Clube dos 13 que resgatou o Fluminense que havia sido campeão da terceira divisão em 99 e disputaria a segunda em 2000. Além dele voltaram Bahia e o Gama permaneceu. 


Inventaram um regulamento onde os times da série B poderiam se classificar para a fase final do mesmo ano e não havia previsão de rebaixamento para ninguém.


Uma bela virada de mesa típica do futebol brasileiro.

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