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sábado, 5 de janeiro de 2013

MATÉRIA ESPECIAL - PRIMEIRA PARTE - DR. PAULO JORGE ALVES - OUVIDOR DA CBF


Estamos começando 2013 e iremos colocar a disposição do amigo internauta do NM uma série de entrevistas especiais falando dos principais assuntos relacionados a arbitragem nacional.
Iniciaremos com o Dr. Paulo Jorge Alves, hoje Ouvidor da CA-CBF, que irá esclarecer para que serve a Ouvidoria da CBF e como atua. Dr. Paulo também fala de como entrou na Comissão de Arbitragem e um pouco da sua carreira.
Confira a entrevista na integra: 

1-A quanto tempo o Senhor está como ouvidor?

R- De 2005 a 22 de agosto tive a satisfação de integrar a CA-CBF, com os notáveis Edson Rezende, Sérgio Correa, Manoel Serapiao e Luiz Cunha Martins. Na reestruturação da CA fui remanejado para a função de Ouvidor da Arbitragem, cargo que vinha sendo ocupado pelo Aristeu Tavares.

2-Qual é a sua formação profissional?

R- Sou Policial Federal Aposentado, advogado  OABRJ 122456, Perito Judicial Grafotécnico e Falsidade Documental, inscrição TJRJ 4513, com atividades na Justiça Federal e Tribunal de Justiça do Rio de janeiro. Formado em Educação Física na Universidade Castelo Branco em 1979. Formado em Direito na Universidade Federal do Rio de janeiro, 1986. Pós Graduado em Direito Penal e Processo Penal, Universidade Estácio de Sá, 1988. Fiz todos os Cursos Futuro III para Instrutor: participei ativamente da transformação da arbitragem nacional, fui Delegado Especial da Arbitragem, todavia com a nova atividade deixei esta, por questões éticas.


3-O senhor já foi Árbitro de Futebol? (CBF, FIFA)

R. Sim fui árbitro de futebol de 1975 a 1997 durante 22 anos portanto.
# Fui o primeiro árbitro assistente especialista em Copas do Mundo, 1994 EUA, atuando em 5 partidas.
# Tenho aproximadamente 30 partidas entre seleções “A” (principal seleção do pais) pela FIFA, sendo recordista entre os brasileiros com mais partidas em uma só Copa do Mundo.
# Algumas decisões de Estaduais no Rio de Janeiro e em São Paulo, além de outros estados.
 # 5 finais de Campeonatos Brasileiros;
# 2 Copas Américas; 1993 Equador- atuei na final Argentina 2 x 0 México e, em 1995 Uruguai. (Brasil foi Finalista).
# Fui presidente e membro da Comissão de Arbitragem no Rio de Janeiro.

4-Quais são as medidas tomadas pela ouvidoria após ser acionada?

R. De posse do DVD completo enviado pelo clube, fazemos análise do jogo no contexto geral da partida com relação a arbitragem, dando procedência ou não à contestação feita pelo clube, em sendo necessário, como já dito, a Ouvidoria propõe treinamento, podendo ser  técnico, físico ou mesmo psicológico.

5- A ouvidoria possui autonomia para punir ou restringir o nome de árbitros para a Renaf e para a Escala?

R.Se a pergunta é para ingresso, a Ouvidoria não interfere, a Corregedoria sim, pois o ingresso depende de documentação, reputação ilibada etc, que está a seu cargo.
Esta Ouvidoria, quando necessário, propõe treinamento, faz acompanhamento e pode em alguns casos alterar a nota atribuída pelo assessor.

6- Como a ouvidoria contribui com a CONAF e com a Arbitragem Nacional?

R. Desculpe a retificação. O nome correto é CA-CBF, a sigla RENAF ja não existe mais.
 Respondendo a pergunta, é como disse acima, isto é, propondo treinamento e acompanhando o árbitro na parte técnica.

7- A quem exatamente a ouvidoria está hierarquicamente ligada?

R. Diretamente à Presidência da CBF, não está hierarquicamente ligada a nenhum outro setor.

8- Desde a criação deste órgão (na sua gestão), o que de concreto foi feito? Onde estão os resultados?

R. Frise-se que anteriormente, a Ouvidoria era feita pelo atual Presidente da CA-CBF, isto é de maio a agosto deste ano. Atualmente, parte dos dados está divulgado no site da CBF. Se desejar poderá verificar um resumo já publicado:

9-Onde são divulgados as ocorrências destes órgãos e os resultados obtidos?

R. As análises são enviadas à Presidência da CBF, aos Presidentes das Federações dos clubes envolvidos, aos clubes envolvidos e aos árbitros envolvidos. Estamos trabalhando para que estejam disponíveis no site da CBF.

10-Por que no site da CBF não consta o e-mail do ouvidor ou telefone?

R. O e-mail foi divulgado aos clubes:  ouvidoria.arbitragem@cbf.com.br
Quanto ao telefone, não seria oportuno que  divulgasse, pois é meu telefone pessoal.

11- O senhor tem um filho que é Árbitro (Aspirante FIFA), o senhor recebeu alguma reclamação sobre o desempenho dele em alguma partida? Se sim, como o senhor agiu?

R. Nenhum clube reclamou formalmente das 19 atuações dele em 2012.
 Para preservar a ética que qualquer julgador deve ter, existe um documento feito por mim, de declínio de competência para analisar quando este ouvidor sentir-se de alguma forma desconfortável eticamente, seja para ele, filho ou algum outro por quem possa  nutrir alguma amizade.
 Registro que, nas reuniões da CA-CBF, também não participava das reuniões que deliberavam sobre promoções, tanto que somente soube de sua ascensão quando a resolução já estava assinada.

12-Como torcedores, Imprensa e Dirigentes podem acionar a ouvidoria?

R. Esta ouvidoria foi criada para atender  aos clubes.
Torcedores , imprensa, devem-se dirigir à Ouvidoria Geral.

Tenha um 2013 de muita paz e que ano que vem possamos contribuir mais e melhor.
Abraço.
Paulo Jorge Alves

Nós do Notícia na Mira é que agradecemos toda atenção desperdiçada pelo amigo.
Mas um vez, muito obrigado.
Abraço do PL. 

2 comentários:

  1. Anônimo5/1/13

    Parabéns pela entrevista. Acertou na Mira!

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  2. Paulo Alves, um Senhor, uma referência, uma mais-valia para a arbitragem brasileira e o cargo que exerce parece ter sido feito à sua medida, ao jeito das suas enormes e indiscutíveis qualidades. Esta entrevista está condizente com o que pretende saber de um departamento que deve estar ao serviço de todos os adeptos do desporto-rei. Felicidades! Cumprimento os meus bons amigos Paulo Alves e Paulo Lira por quem nutro apreço, consideração e respeito! Bom 2013! Alberto Helder

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