foto: facebook
Devido a cobertura diária da Federação Alagoana de Futebol e que os assuntos mais quentes sairiam esta tarde da sede da FAF na Zacarias de Azevedo no centro de Maceió, fiquei impossibilitado de acompanhar o re-teste da arbitragem alagoana que aconteceu na UFAL (Universidade Federal de Alagoas), fato que nunca aconteceu desde que comecei a cobrir a "Casa do Futebol" desde que entrei na crônica esportiva de Alagoas.Mas fazer o que não é? Não pude estar lá mas tenho propriedade suficiente para tecer opinião, pois acompanho a arbitragem de Alagoas em todos os seus passos.
E diante de como foi feito esse teste físico hoje com quase 50% dos árbitros e assistentes do quadro da FAF me deixou envergonhado e entristecido.
Tudo porque, há mais de dois anos que estamos tentando com nossas reportagens e nossa luta diária, igualar a arbitragem alagoana com as demais do país no critério físico, trazendo para o quadro local o índice utilizado pela CBF em suas avaliações, já que aqui em Alagoas era utilizado o Protocolo 3, uma especie de teste feminino, índice este utilizado para todos do quadro.
E foi com muita luta que conseguimos convencer aos árbitros que isso seria melhor para eles, pois, com a utilização do Protocolo 2 do FIFA TEST a preparação física da arbitragem alagoana não ficaria a dever a nenhuma do restante do país.
Depois dos árbitros pressionarem a Comissão, finalmente conseguiram mudar a realidade do cenário físico da arbitragem alagoana, e de forma democrática foi instituído pela CEAF-AL este ano no primeiro teste físico visando a 1ª Divisão do Alagoano 2014.
Eis que nesta tal implementação a "vaca foi para o brejo", quase metade do quadro não conseguiu êxito e ai começaram os questionamentos.Ficou demonstrado que a arbitragem alagoana estava mal fisicamente.
No futebol atual de força e muita correria o árbitro não pode ficar para trás. E aqui em Alagoas as coisas funcionam assim, ao invés de dar passos para frente a funcionalidade aqui é para retroagir.
Depois de chegar a excelência do teste físico nacional, o quadro local voltou a fazer o Protocolo 3 na tarde de hoje, e isso me deixou completamente decepcionado.
Antigamente estes índices eram utilizados para ajudar e porque não dizer beneficiar alguns árbitros que em hipótese alguma conseguiriam exito, e parece que neste caso foi também para os mesmos fins.
Não quero aqui julgar a Federação Alagoana de Futebol pelo retrocesso, pois como órgão pagador, depois do acordo coletivo de trabalho onde a categoria a partir de agora irá prestar serviço para a entidade, ela tem todo direito de colocar o índice que quiser, seja ele FIFA, CBF ou local.
Nesta guerra sem fim da CEAF-AL (Comissão de Arbitragem de Alagoas)com o SINDAFAL (Sindicato dos Árbitros de Futebol de Alagoas) mostra que quem terminou ganhando foi a arbitragem e não os árbitros, pois foi pensando em sua competição que a FAF resolveu baixar esta determinação na troca do protocolo.
Quero deixar bem claro que respeito, mas não concordo com esta mudança, tendo em vista a falta de respeito inclusive com os árbitros que conseguiram exito no primeiro teste, mais como agora não há concorrência por escalas, a CEAF-AL não vai mais poder punir e colocar na geladeira os seus diferentes, e que vai apitar quem estiver melhor ou quem tiver melhor desempenho nas partidas, agora tanto faz mesmo como tanto fez. Mas se eu fosse o patrão, eu só queria os melhores, os mais condicionados. Como não sou, cabe a mim agora só fiscalizar, observar as arbitragens dentro da competição.
Pode ter certeza, que a partir de agora seremos mais vigilantes ainda, seremos verdadeiros fiscais da arbitragem em todos os seus conceitos.
E mais uma vez afirmo:
" Estou triste demais com esta mudança, uma sensação de luto, como se tivesse perdido um ente querido...Tenho dito: "Pobre futebol de Alagoas" com o que vem acontecendo, mudança de estádios , dirigentes que poderiam ser mais profissionais, laudos e registros de última hora ..."
Agora aumentarei a minha frase: " ...triste arbitragem Alagoana"
ENTENDA O QUE SÃO OS PROTOCOLOS DA FIFA E SEUS ÍNDICES
COMO A ARBITRAGEM ALAGOANA SE COMPORTOU NOS ÚLTIMOS ANOS EM RELAÇÃO AOS TESTES FÍSICOS
2006 - Foi criado o Protocolo FIFA
2008 - A CEAF-AL criou o seu próprio protocolo com os tiros de 150 m feitos em 32' segundos por 40' de descanso, o que já desviava do protocolo original que era de 30' por 40'. Neste ano ainda não eram realizados os tiros de 40 m.
2009 - Começaram os tiros de 40m com o tempo mínimo de 6'.6''.
2010 - A FIFA aumentou e criou outros índices como o de 35' por 40' e outros.
2012 - Com a chegada do Cel. Aristeu Tavares a Presidência da Comissão de Arbitragem Nacional, a CEAF-AL informou aos árbitros da CBF que por determinação da C.A.CBF, os mesmos fariam Protocolo 2 (CBF) e que os locais fariam o Protocolo 3 (Feminino) para a mesma competição, segundo o Presidente da CEAF-AL, Hércules Martins, na época, o Coronel com esta regulamentação colocava os árbitros do quadro nacional aptos também para a Copa do Nordeste. Ou seja, os CBFs fizeram um teste mais difícil para duas competições.
2013 - Os árbitros do quadro Nacional solicitaram que todos deveriam realizar o teste físico com índice CBF, e em dezembro deste mesmo ano a CEAF local instituiu que o Protocolo 2 seria utilizado no teste físico visando a preparação da arbitragem alagoana para o campeonato da 1ª divisão.
2014 - Com um ato administrativo a FAF volta o teste físico para o Índice do Protocolo 3 (local).
TROCOU 6 POR MEIA DÚZIA
Falo da pista que foi realizado o teste físico da arbitragem alagoana, uma vergonha. Modificaram o local e não mudou nada.
Até quando serão feitos os testes da arbitragem nestas pistas?
Pista da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) a do teste físico desta quinta-feira (9/1)
Pista do Quartel do Exército em Maceió onde eram realizados os testes físicos.
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