No
último dia 13 de abril aconteceu no norte da França, entre as cidades de
Compiégne e Roubaix, a 112ª edição da competição de ciclismo de um dia mais
importante do mundo, a Paris-Roubaix. Conhecida pelo seu percurso duro,
que passa por 28 trechos em pavimentos de paralelepípedos, ou pavê, como são
chamados em francês, a competição também é conhecida pelas alcunhas de “Rainha
das Clássicas” ou “Inferno do Norte”. A competição é organizada pela empresa
francesa ASO, Alonso Sport Organization, que tem a parceria da instituição
francesa Les Amis de Paris Roubaix. Esta última tem a missão de preservar a
alma da competição, ou seja, preservar os vários trechos em paralelepípedos,
que são também trechos de antigas estradas medievais em paralelepípedos.
Ganhar
em Roubaix é sinal de muito prestigio dentro do mundo do ciclismo. Este ano o
holandês Niki Terpstra, que corre pela equipe Omega Pharma -Quickstep, escapou
do pelotão a poucos quilômetros da chegada no velódromo de Roubaix e completou
os 257 km da competição com 6
horas, 9 minutos e 20 segundos de competição, desbando o favoritismo do
suíço Fabian Cancelara, que buscava sua quarta vitória na mítica competição
francesa, tendo que se contentar somente com o terceiro lugar. Na segunda
colocação ficou o alemão John
Degenklob
O DESAFIO INTERNACIONAL DE CICLISMO, QUE ACONTECE ANUALMENTE
EM ALAGOAS, NO BRASIL, FOI CONSTITUÍDA COMO UMA ADAPTAÇÃO DA PARIS-ROUBAIX PARA
A REALIDADE DO NORDESTE DO BRASIL
O
DESAFIO INTERNACIONAL DE CICLISMO - TV GAZETA, conhecido também como “A
PARIS-ROUBAIX NACIONAL” foi concebida pelo alagoano Egberto Pedro da Silva em
2004 como uma adaptação da competição francesa para a realidade dos tipos de
terrenos existentes no nordeste brasileiro. Desta forma, a competição, que
larga no asfalto, corta as cidades e povoados do sertão ao litoral alagoano,
que são em sua maioria com pavimentação em paralelepípedo, e também zona de
canavial, com pavimentação em terra batida. Outra característica da competição
alagoana, que tem seu percurso anual em torno de 230 km, é o seu percurso 100%
contra o vento, largando no sertão e chegando em Maceió. Desta forma, o sol
escaldante, a variedade de pavimentos e o vento contra em todo o percurso, são
os ingredientes que conferem à competição a fama de ser a competição de um dia
mais difícil do continente americano.
LES AMIS DE PARIS-ROUBAIX PARCEIROS DO DESAFIO
INTERNACIONAL
Desde
2012 a instituição francesa se tornou parceira do DESAFIO INTERNACIONAL. Desde
então o campeão da competição alagoana recebe uma réplica do troféu entregue ao
campeão da París-Roubaix, que é um paralelepípedo. Tornando-se a única
competição no mundo, fora dos limites de Roubaix, a ter este reconhecimento e
este privilégio de ofertar ao seu campeão um objeto de tamanho significado para
o ciclismo mundial. Tornando-se, ao lado de sua premiação de dinheiro e do
reconhecimento dado ao vencedor pelo público e pala mídia, no objeto do desejo
de todo aficionado pelo ciclismo de longa distância. Desta forma, a competição
alagoana tem recebido anualmente ciclistas de todo o Brasil e também dos
continentes europeu e americano, que veem enriquecer seu currículo esportivo
com os atributos da competição brasileira.
EGBERTO
PEDRO NA FRANÇA PARA ASSISTIR A PARIS-ROUBAIX E RECEBER OS TROFÉUS DE 2014
Pela
primeira vez o idealizador da competição alagoana, Egberto Pedro da Silva, que
é o atual presidente da Associação Alagoana de Ciclismo, viajou para a França
para cumprir vários objetivos em sua agenda. Dentre eles, conhecer a estrutura
e dinâmica da competição francesa, vivenciar a cultura ciclística europeia,
conhecer os parceiros franceses, que até então se comunicavam e se conheciam
somente por internet, também buscar uma aproximação maior com as intuições
francesas e finalmente receber dos franceses os troféus da competição alagoana
de 2014.
Em
uma reunião que aconteceu na cidade de Roubaix, neste último dia 15 de abril,
na sede da instituição LES AMIS DE PARIS-ROUBAIX, no velódromo de Roubaix e com
a presença de seu presidente, o senhor François Doulcier e demais membros da
diretoria, além de Egberto Pedro da Silva, representando a competição alagoana,
foram discutidos vários aspectos de ambas as competições. Na oportunidade,
Egberto esclareceu os detalhes e características da competição brasileira,
apresentou o seu parceiro brasileiro, que é a TV Gazeta e falou sobre o principal
objetivo para o futuro, que é transformar O DESAFIO, como é conhecido desde
2013, numa competição de estrada do calendário oficial internacional, e que
esta transformação se dará com a parceria de uma instituição com expertise
neste tipo de competição. A instituição francesa apresentou da mesma forma os
detalhes de suas atividades junto à organização da Paris-Roubaix e buscou
esclarecer várias dúvidas sobre a estrutura do ciclismo no Brasil e também
sobre a competição alagoana, bem como algumas informações relativas a economia
do Brasil.
Ao
final da reunião os membros de Les Amis entregaram os troféus que serão
oferecidos aos campeões masculino e feminino do DESAFIO 214, ao mesmo tempo em
que receberam o convite de enviar uma representante da cidade de Roubaix para a
competição brasileira, que este ano acontecerá nos dias 8 e 9 de novembro.
Outras
ideias para o incremento da parceria entre as duas instituição foram
apresentadas e discutidas, mas que serão confirmadas e iniciadas ao longo deste
ano de 2014. “Conhecer a estrutura e a dinâmica da competição francesa nos
sinalizou estar no caminho certo para elevar O DESAFIO para a categoria de
maior Clássica das Américas”, disse Egberto Pedro. “ Temos vários ingredientes
que nos indicam estar na direção certa: Temos uma competição reconhecidamente
com ingrediente únicos, que conferem alta dureza ao evento e consequentemente
prestígio para quem a vence, temos o envolvimento e a parceria de várias
instituições nacionais e internacionais, principalmente com um dos maiores
grupos de comunicação do nordeste, que são as Organizações Ornon de Mello,
proprietárias de vários canais de comunicação no Estado de Alagoas, com dois
canais de TV, um Jornal e várias rádios distribuídas em todo o território
alagoano. Por fim”, esclareceu Egberto, “temos o envolvimento do público
alagoano e nordestino, que vem crescendo a olhos vistos a cada uma das 10
edições passadas da competição”
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