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sexta-feira, 17 de julho de 2015

Nove meses após acidente, Bianchi não resiste e morre aos 25 anos após acidente com guindaste no GP do Japão

Jules Bianchi (Foto: Getty Images))
A notícia que ninguém gostaria de dar: Jules Bianchi faleceu nesta sexta-feira (17), nove meses depois do fortíssimo acidente sofrido no fim do GP do Japão. O impacto sofrido na cabeça com o choque com uma grua deixou de imediato o piloto inconsciente e foi extensivamente danoso, sem dar chance de recuperação. O comunicado foi emitido pela família do piloto. Bianchi tinha 25 anos e a possibilidade de uma carreira de glória por seu vínculo com a Ferrari.

Na volta 43 da corrida em Suzuka, Bianchi perdeu o controle na curva 7 e acertou em cheio o guindaste que tinha entrado na área de escape para remover o carro de Adrian Sutil, que tinha batido no giro anterior. Socorrido ainda na pista, Jules foi levado ao hospital e submetido a uma cirurgia de cerca de 4 horas. Um boletim médico divulgado pela Marussia dois dias depois da batida, informou que o piloto de 25 anos sofreu uma lesão axonal difusa, que é uma lesão ampla e devastadora e que, em mais de 90% dos casos, deixa suas vítimas em coma definitivo. 

Jules Bianchi (Foto: Marussia))
© Fornecido por Grande Prêmio Jules Bianchi (Foto: Marussia))
“Jules lutou até o final, sempre o fez, mas hoje a luta chegou ao fim. A dor que sentimos é imensa e indescritível. Queremos agradecer a equipe do hospital de Nice que cuidou dele com amor e dedicação. Também queremos agradecer a equipe do Centro Médico de Mie, que cuidou dele logo depois do acidente, assim como os outros doutores que se envolveram nisso com carinho nos últimos meses”, disse.

“Além disso, queremos agradecer os colegas de Jules, amigos, fãs e todo mundo que  demonstrou seu afeto ao longo dos últimos meses, o que nos deu grande força e nos ajudou a lidar com tempos tão difíceis. Ouvir e ler tantas mensagens nos fizeram perceber como Jules tocava os corações e menter de tanta gente ao redor do mundo", continou.
“Queremos pedir que nossa privacidade seja respeitada durante esse tempo difícil, enquanto tentamos lidar com a perda de Jules”, completou.
Bianchi nunca apresentou qualquer sinal de evolução e ficou internado em estado crítico, mas estável desde então. Os sinais claros de que as coisas não caminhavam bem apareceram na quinta-feira, quando os irmãos Tom e Melanie e o melhor amigo, Lorenz Leclerc, viajaram para o Japão e ficaram ao lado dos pais. Sem informações oficiais de nenhum dos lados, jornais e agências de notícias começavam a informar a então suposta deterioração de seu quadro, confirmada hoje.

Bianchi tinha uma longa e promissora carreira pela frente. Era o primeiro resultado eficiente do programa de desenvolvimento de jovens pilotos da Academia da Ferrari e fatalmente acabaria sentando num carro da escuderia italiana no mais tardar em 2016, pelo que se entendia da movimentação do grid; seria até possível vê-lo no ano que vem caso fosse levada adiante a ideia de um terceiro carro por equipe.

Como moeda de troca da oferta de seu conjunto, a Ferrari colocou Bianchi para correr na pobre Marussia nas últimas duas temporadas. Sempre se destacou sobre seu companheiro Max Chilton, e por isso sempre foi visto como o responsável por garantir o décimo lugar no Mundial de Construtores na árdua vida do fim do pelotão com a Caterham. No ano passado, conseguiu isso sem pontuar; neste ano, levou o time ao êxtase com os dois primeiros pontos da história do time com o nono lugar em Mônaco — que até agora dá a mesma posição na classificação entre os times porque a Sauber está zerada.

A morte de Bianchi é a primeira desde os acidentes fatais de Roland Ratzenberger e Ayrton Senna naquele fim de semana do GP de San Marino em 1994. Desde então, muito se trabalhou em cima da segurança dos pilotos, tanto em termos de materiais quanto de procedimentos em pista. Peças como o hans-device — que protege o pescoço e impede o movimento em caso de impacto forte —, a estrutura de fibra de carbono para manter o habitáculo do piloto intacto e um reforço no material dos capacetes ajudaram a manter o maior tempo sem mortes na história da F1, 20 anos.

NM com msn.com

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