O coordenador de seleções Gilmar Rinaldi defende que, por estarem a muito tempo na Europa, os jogadores que formam ampla maioria da seleção brasileira não têm relação íntima com a torcida. Por isso pretende melhorar a imagem do time, que em sua opinião sente falta de apoio.
"Não tem a química que eu gostaria. Nem na hora do jogo", avali, ao jornal Estado de S. Paulo, reclamando nas entrelinhas da postura cética da torcida. Para solucionar o problema, Rinaldi dá a receita.
"Não é como no clube, que a torcida está acostumada a ir aos jogos e fazer musiquinha. Nada melhor do que deixar o pessoal ver o treino", afirma.
O curioso é que um dos principais pontos criticados na seleção brasileira que tomou 7 a 1 na Copa do Mundo de 2014 foi a exposição exagerada nos treinos. A presença de dezenas de jornalistas na Granja Comary, por exemplo, gerou desconforto em parte do próprio grupo de jogadores.
O erro do ano passado repetiu a preparação para o Mundial de 2006, no qual a concentração canarinho abusou ao dar intimidade a torcedores em Weggis, na Suíça. Na ocasião, o então técnico Carlos Alberto Parreira teve os treinos interrompidos com frequência por invasão de campo.
Após a má campanha na Copa do Mundo daquele ano, a CBF acusou o erro e contratou Dunga para testar o outro extremo. "Não posso cometer os mesmos erros, o que falaram de Weggis", chegou a argumentar o treinador quando questionado sobre o distanciamento dos jogadores da imprensa.
Nem uma fórmula, nem outra deu certo. Dunga está de volta à seleção com discurso alinhado ao de Gilmar Rinaldi, com quem foi tetracampeão mundial como jogador em 1994. Mas, a depender do coordenador de seleções, as preparações do time canarinho devem voltar a ser um "circo".
NM com espn.com
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