Mazola Júnior assumiu o comando do CRB em junho. A ideia da direção era dar uma chacoalhada no grupo com um técnico bom de vestiário e de pulso firme. Apenas isso não seria suficiente. Reforços foram contratados e o Galo mudou de panorama na Série B, com o susto do rebaixamento dando lugar à briga momentânea pelo acesso. As atuações em casa contra os líderes e a campanha na competição abrem espaço, agora, para o seu futuro no clube. Na última coletiva antes do jogo contra o Paysandu, o treinador adotou cautela sobre o tema, mas enfatizou o desejo de permanecer.
- Continuo com o mesmo pensamento. O foco é muito grande, da minha família, da diretoria e do nosso grupo,em cima desse campeonato. Nunca toquei nessa palavra aqui dentro: nós ainda não estamos salvos. O CRB não pode cantar de galo que está na Série B do ano que vem. Assim como não podemos falar e sonhar em acesso. Está muito difícil? Está. Vamos deixar 2016 para o momento oportuno, não é o momento de se falar. Posso adiantar um detalhe importantíssimo. Estou muito satisfeito em Maceió e no CRB. Tenho uma empatia de trabalho muito grande com o presidente e o diretor de futebol, que é o Alarcon Pacheco, grande responsável por eu ter vindo. Tudo está caminhando muito bem e encaixado. Só que a gente trabalha com futebol, e não com ciência exata, não trabalha sem emoção. Posso adiantar que só uma situação muito complicada vai me tirar do CRB.
- Estamos lidando com profissionais, coisa normal do mercado. Isso não vai influenciar em absolutamente nada. O que a gente pensa é que vai dar sequência ao nosso trabalho. Em nenhum momento o treinador do CRB falou em acesso. A gente falou em brigar pela parte de cima da tabela, que até o momento não conseguimos, a gente está em 11ª lugar. Vamos continuar com esse pensamento. Acesso, nesse campeonato, é uma coisa muito complicada, é briga de cachorro grande. Vamos falar e bater em cima de tudo que foi falado desde que cheguei há quatro meses: a gente tem condições e o dever de brigar pela parte de cima da tabela.A coletiva do técnico repercutiu país afora na quinta-feira. Tudo porque Mazola afirmou não ver problema em uma possível mala branca para o CRB nesta reta final de Série B. O sonho do acesso está longe do horizonte regatiano, e o treinador insiste que nunca tocou no tema. Ele não descarta, porém, o risco de rebaixamento, e afirma qual será a obrigação moral do time até a 38ª rodada.
O adversário do CRB no próximo sábado não vive boa fase. O Paysandu não sabe o que é vencer há cinco rodadas e, na sétima posição, viu o G4 se distanciar. Mazola ainda vê o Papão brigando pelo acesso e aponta o clube paraense um ano à frente do CRB em termos estruturais e de modernização.
Técnico do CRB deve reforçar o meio-campo contra o Paysandu neste sábado (Foto: Ailton Cruz/Gazeta de Alagoas)
- Vai mal, mas tem 49 pontos. A gente tem 44. Gostaria de estar mal com 49 [risos]. O Paysandu está fazendo um trabalho – acredito -, está um ano adiantado em relação ao CRB em termos de estruturação, de clube, de modernização do clube e está brigando pelo acesso. Acredito realmente que estão brigando. O momento não é bom, mas qualquer outro treinador que estivesse há seis jogos sem ganhar já teria saído. Então, nós temos que respeitar porque com certeza o Dado está fazendo um bom trabalho. A gente vai trabalhar para que não seja contra a gente.
Mazola estreou no CRB contra o América-MG, fora de casa, pela sétima rodada. Em 26 jogos, acumula 10 vitórias, sete empates e nove derrotas no comando da equipe. O treinador conquistou 37 de 78 pontos possíveis, e possui um aproveitamento de 47%. Ele tem contrato até o fim do ano e uma definição de renovação só deve sair após a Série B.
Mazola estreou no CRB contra o América-MG, fora de casa, pela sétima rodada. Em 26 jogos, acumula 10 vitórias, sete empates e nove derrotas no comando da equipe. O treinador conquistou 37 de 78 pontos possíveis, e possui um aproveitamento de 47%. Ele tem contrato até o fim do ano e uma definição de renovação só deve sair após a Série B.
NM com globoesporte.com/al
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