A postura defensiva adotada pelo CRB no primeiro Clássico das Multidões do ano pegou o técnico do CSA, Oliveira Canindé, de surpresa. Após o empate por 1 a 1, no Rei Pelé, o treinador falou que a alternativa adotada pelo arquirrival dificultou bastante as ações azulinas.
- Nós imaginávamos uma coisa e aconteceu outra. Eles jogaram no nosso erro, totalmente atrás, explorando os nossos erros, e nós esperamos os momentos para matar o jogo com paciência, que nem sempre tínhamos, porque erramos muito passe, em cima dos deslocamentos e movimentações que tentamos criar - afirmou, acrescentando o que foi necessário para superar a dificuldade.
- No segundo tempo, buscamos alternativa com força e com o individualismo, tentando o drible para quebrar a barreira que eles impuseram, e felizmente nós empatamos. Pelo volume de jogo, pelo que apresentamos era pra termos vencido, mas futebol é assim: o merecer você tem que fazer, não adianta só merecer porque não aproveitou bem as oportunidades.
Oliveira Canindé explicou o que precisou fazer para furar bloqueio do CRB (Foto: Viviane Leão / GloboEsporte.com)
O técnico apontou também quais foram as mudanças táticas que precisou fazer na equipe para buscar o empate e quase virar o placar.
- Um meia mais próximo do Jean Cléber para trabalhar melhor a bola e que pudesse penetrar. Liberei mais o Rafinha lá em cima pra bater pau a pau, para poder ter um homem que centrasse a bola em cima do homem de referência, e outro homem que tivesse o poder do drible. A equipe se comportou bem, encontramos espaços, chegamos bem, usamos a força que tínhamos, e felizmente empatamos. Eu acho que seria muito injusto sair de um jogo desse com uma derrota.
Ele ainda citou as inúmeras chances criadas pelo Azulão, lembrou também das boas defesas do goleiro regatiano, e disse também que a escrita de vencer o maior adversário como mandante fica guardada para outra oportunidade.
- Além da trave, o goleiro [Júlio César, que substituiu Juliano no intervalo] entrou muito bem. O Panda bateu aquela falta e ele conseguiu tirar na ponta dos dedos, o Didira chegou muito bem e poderíamos ter virado o jogo. Mas eu acho que [a vitória contra o CRB] está reservada para um outro momento. O que precisamos fazer é continuar trabalhando, fazendo o nosso melhor, honrando a confiança da nossa torcida.
CSA e CRB empataram pela sexta rodada do Campeonato Alagoano (Foto: Viviane Leão/GloboEsporte.com)
Canindé também disse que sempre trabalha com os jogadores deixando de lado essa questão de tabu, mas mostrando a todos a grandeza do clube do Mutange.
- O que falo para o grupo é que muitos passaram, desde 2008 quando o clube foi campeão, e não conseguiram. E nós não temos o direito de passar e fazer como os outros fizeram, fracassaram. Respeitando o profissional que passou, não tenho nada e não quero criticar ninguém. Eu quero simplesmente fazer o meu trabalho, com o grupo, honrarmos a confiança do nosso torcedor, esperando que nós façamos o nosso melhor, e fazendo esse melhor colocarmos o CSA na situação que precisa estar. O CSA não pode continuar nessa situação. O CSA é muito grande, precisa se mostrar para o Brasil. Não podemos ter como objetivo principal bater o CRB. O objetivo do CSA é muito pequeno se for só isso. Nós precisamos crescer - concluiu.
NM com Denison Roma
Nenhum comentário:
Postar um comentário