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sábado, 5 de março de 2016

Reunião sobre liberação de torcidas de CSA e CRB no Rei Pelé é adiada

As torcidas organizadas de CSA e CRB terão que esperar mais um pouco para saber se poderão voltar a ocupar as dependências do Estádio Rei Pele. A reunião com o juiz Celyrio Adamastor, do Juizado do Torcedor, marcada para esta sexta-feira, foi adiada e será realizada na próxima segunda-feira, a partir das 9h, no 3º Juizado Juizado Cível e Criminal da capital. 
De acordo com o magistrado, os servidores do juizado estavam participando de um treinamento nesta sexta-feira e não foi possível realizar o encontro. Para voltar a ter acesso à Trapichão, os presidentes das organizadas terão que apresentar o cadastro de todos os integrantes. 
Desde outubro do ano passado foi dado um prazo de 90 dias para que as duas maiores torcidas apresentassem as fichas dos membros, mas até agora a determinação não havia sido cumprida. Foi justamente por este motivo que o primeiro clássico entre CSA e CRB não contou com a presença das torcidas Mancha Azul e Comando Alvirrubro.
Reunião com integrantes das organizadas foi realizado nesta terça (Foto: Caio Loureiro/ TJ-AL)Primeira reunião com representantes dos clubes foi realizada em outubro do ano passado (Foto: Caio Loureiro/ TJ-AL)
Exigente, Celyrio afirmou que sem esse compromisso cumprido não haverá liberação.
– Eu espero que as torcidas organizadas, por meio dos seus representantes, apresentem esse programa de cadastro para que a gente possa tirar os dados dos torcedores que necessitamos. Se eles não apresentarem, continuarão sem acesso aos estádios de futebol. 
Segundo o juiz, as informações sobre os integrantes das uniformizadas são imprescindíveis, já que é através delas que a fiscalização será feita. O magistrado explica que o torcedor que causar algum tipo de baderna nos estádios será punido com a proibição da entrada do mesmo nas praças esportivas durante os jogos do seu time. 
– Nós necessitamos que eles nos enviem essa relação, porque é através dela que nós juízes poderemos fiscalizar, através do Ministério Público, a não participação deles em jogos após a condenação.
CSA x CRB (Foto: Viviane Leão/GloboEsporte.com)
CSA e CRB podem jogar mais uma vez sem presença das principais organizadas (Foto: Viviane Leão/GloboEsporte.com)

Outro fator que já vem sendo discutido pelo magistrado é o consumo de drogas nas dependências do Trapichão. No clássico entre CSA e CRB, dia 21 de fevereiro, 30 pessoas foram presas e cinco menores detidos por suspeita de envolvimento com o consumo de maconha. O responsável pelo Juizado do Torcedor espera contar no próximo Clássico das Multidões com o auxílio de 70 câmeras de segurança – hoje o Estádio Rei Pelé tem 40. 
– Nos estádios hoje está uma guerra onde o que está imperando é o uso da maconha. Quando eu digo a maconha, ela é a substância psicoativa mais leve, porque já foi foi encontrada cocaína dentro dos banheiros. Tem espaço dentro do estádio que o torcedor não quer ir porque só respira maconha. Ora, se o fumo não é permitido em determinados lugares, como vamos admitir a maconha dentro do estádio de futebol? No próximo jogo, a fiscalização vai ser ainda maior, esperamos poder ter a nossa disposição pelo menos 70 câmeras - concluiu. 

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