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sexta-feira, 6 de maio de 2016

Jogadores do ASA se reúnem e falam sobre momento crítico do clube

A possibilidade de não disputar a Série C do Brasileiro deixou os jogadores do ASA em alerta. Com os treinos da terça e quarta-feira cancelados, sem treinador e salários atrasados, os atletas se reuniram após os trabalhos dessa quinta e falaram com a imprensa. O zagueiro André Nunes negou que houve greve no grupo, mas admitiu que a falta de informação motivou a suspensão dos treinamentos. 
- Nós não fizemos greve. Nós só ficamos um pouco chateados com as indefinições. Nos apresentamos e o professor Betinho pediu que não tivesse treino, que o treino fosse no outro dia. Quando nós chegamos na quarta-feira ninguém apareceu, então nós íamos conversar com quem? Nós ficamos apenas esperando uma definição para trabalhar sossegados. Todos aqui têm obrigações e compromissos, nós precisamos de uma explicação - disse André Nunes.
Jogadores do ASA (Foto: Divulgação)Jogadores se reúnem e falam sobre momento do clube (Foto: Divulgação)
O volante Jorginho revelou que seu contrato com o clube está próximo de terminar. Ele também explicou os motivos do cancelamento dos treinos e não escondeu a preocupação com o futuro dos jogadores.
- Esperamos o presidente do conselho (Fabrizio Almeida) com a resposta de quem iria ficar, mas ninguém deu satisfação e nós fomos embora porque não tinha condições de ter treino. Outra coisa é que muitos aqui têm contrato acabando e ninguém sabe como vai ficar. Eu sou um deles, não sei se vou renovar. Meu contrato acaba agora, tem mais uns três ou quatro que acabam também. E se um de nós se machuca no treino? Como vai ficar? Acaba o contrato e como fica? Tudo indefinido - lamentou. 
Ramon, que chegou ao clube na atual temporada, lembrou da falta de pagamento de salários, mas garantiu que enquanto aguarda uma definição de quem vai assumir o clube, o elenco segue trabalhando. 
- Nós temos prazer em jogar futebol, mas infelizmente pessoas capacitadas jurídicas, conselheiros e presidente não estão cumprindo com seu papel, e para nós fica difícil. Temos parentes que dependem de nós e ficar dois meses sem receber um centavo é muito complicado. Qualquer trabalhador comum fica sem receber um mês e a vida dele vira uma bola de neve, imagine a nossa, com dois meses e já beirando o terceiro. É difícil, mas vamos continuar treinando e aguardando uma definição da direção. O ASA não pode parar e fechar as portas dessa maneira. Vamos pensar positivo para que as coisas se reorganizem e possamos representar o ASA na Série C - finalizou.
Consulta
Na tarde dessa quinta-feira, o presidente do Conselho Deliberativo do ASA encaminhou um ofício à Federação Alagoana de Futebol sinalizando uma possível desistência do clube da disputa do Campeonato Brasileiro da Série C. O documento solicita informações sobre as penalidades da não participação da equipe alvinegra na competição nacional. 
NM com Leonardo freire

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