A menos de 100 dias dos Jogos Olímpicos de 2016, data comemorada no última quarta-feira (27), o G1 teve acesso ao prédio do Centro Integrado de Comando e Controle Regional e conversou com autoridades para entender a organização da segurança para o evento. O esquema especial começa em julho e só termina em outubro, após as Paralimpíadas. O terceiro andar do prédio espelhado na rua Carmo Neto, na Cidade Nova, Centro do Rio, será o coração carioca da segurança dos Jogos. .
Autoridades vão contar com a tecnologia para monitorar delegações de atletas e público em tempo real, caso seja necessário. Quatro balões de monitoramento – não tripulados e com câmeras – permanente serão utilizados nas regiões de competição: Barra da Tijuca, Deodoro, Copacabana e Maracanã.
Os balões têm um conjunto de 13 câmeras, operam a 200 metros de altitude e têm autonomia de 72 horas.
No gabinete de Crise do Centro Integrado de Comando e Controle, o secretário de segurança, José Mariano Beltrame, e outras autoridades terão à sua disposição uma mesa tática, com 21 lugares, e uma tela tática para monitorar a movimentação de delegações, comitivas e torcedores que vão circular pelas instalações olímpicos e por toda a cidade.
Através de um sistema desenvolvido pela secretaria, a mesa tática mostra imagens vistas de cima dos principais pontos de passagem do público e delegações, além dos locais de competição. Na tela touchscreen, com uma caneta virtual, os membros do gabinete podem desenhar na tela e delimitar locais de bloqueio no trânsito e tomar outras decisões de cunho estratégico na segurança dos Jogos. A tela tática também pode ser usada para os mesmos fins.
O sistema já tinha sido utilizado na Copa, mas foi atualizado para os Jogos: ocorrências mais graves podem ser destacadas tanto na mesa quanto na tela táticas, em vermelho. De acordo com a decisão estratégica, outros carros das forças de segurança podem ser deslocados para determinados locais.
Através de um sistema desenvolvido pela secretaria, a mesa tática mostra imagens vistas de cima dos principais pontos de passagem do público e delegações, além dos locais de competição. Na tela touchscreen, com uma caneta virtual, os membros do gabinete podem desenhar na tela e delimitar locais de bloqueio no trânsito e tomar outras decisões de cunho estratégico na segurança dos Jogos. A tela tática também pode ser usada para os mesmos fins.
O sistema já tinha sido utilizado na Copa, mas foi atualizado para os Jogos: ocorrências mais graves podem ser destacadas tanto na mesa quanto na tela táticas, em vermelho. De acordo com a decisão estratégica, outros carros das forças de segurança podem ser deslocados para determinados locais.
O subsecretário de Comando e Controle, Edval Novaes, explicou que as decisões para todas as regiões olímpicas da cidade serão tomadas no prédio: Maracanã (que inclui Engenhão e Sambódromo), Deodoro, Parque Olímpico da Barra da Tijuca e Copacabana (que inclui Marina da Glória e Lagoa Rodrigo de Freitas).
“Importante salientar que cada local de competição terá o seu [centro]. Aqui, somos o Centro Integrado de Comando e Controle Regional, com o Centro Integrado Nacional acima de nós, em Brasília”, explicou o subsecretário.
Representantes do Ministério da Justiça, PM, Polícia Civil, Defesa Civil e outras instâncias de segurança terão à disposição 2 mil câmeras externas e outras 1500 câmeras em carros da Polícia Militar. “Existe a possibilidade de instalarmos mais câmeras no resto da cidade", afirmou Novaes.
Efetivo
No total, 21 instituições são responsáveis pela organização da segurança do evento, com custos estimados em R$ 1,5 bilhão entre 2012 e 2016. Oitenta e cinco mil agentes vão participar da segurança dos Jogos, entre 5 de agosto (início das Olimpíadas) e 18 de setembro (fim das Paralimpíadas).
No total, 21 instituições são responsáveis pela organização da segurança do evento, com custos estimados em R$ 1,5 bilhão entre 2012 e 2016. Oitenta e cinco mil agentes vão participar da segurança dos Jogos, entre 5 de agosto (início das Olimpíadas) e 18 de setembro (fim das Paralimpíadas).
Quarenta e sete mil homens estarão no evento na área de segurança pública, responsável pela segurança de autoridades, segurança viária e de tráfego, policiamento ostensivo nas ruas, defesa civil, segurança das instalações, polícias judiciária e marítima, repressão a crimes cibernéticos, vistorias e contramedidas de explosivos, cooperação policial internacional, serviços de inteligência e enfrentamento ao terrorismo.
No eixo da Defesa, 38 mil agentes estarão responsáveis por ações aeroespaciais, marítimas e fluviais, segurança e defesa cibernética, ações de transporte aéreo logístico, fiscalização de explosivos, proteção de estruturas estratégicas, emprego de forças de contingência e ações aeroportuárias.
"O país está preparado", garantiu Andrei Rodrigues, secretário extraordinário de grandes eventos do Ministério da Justiça.
“Temos a convicção de que faremos os Jogos que se aproximam com o mesmo nível de responsabilidade e com a mesma possibilidade de êxito que alcançamos na Copa do Mundo”, afirmou o Ministro da Defesa, Aldo Rebelo, em mensagem em vídeo divulgada na quarta-feira (27), data que celebra os 100 dias para os Jogos.
O Rio tem na bagagem eventos como o Rio +20 em 2012, Copa das Confederações e Jornada Mundial da Juventude em 2013 e a Copa do Mundo, em 2014. Para aprimorar a formação e a preparação para os jogos, policiais e agentes de inteligência foram para eventos internacionais, como o Super Bowl, final do futebol americano nos Estados Unidos, assim como os Jogos Europeus no Azerbaijão. O objetivo foi, através do trabalho de mais de 100 observadores, tentar trazer para os Jogos Olímpicos as melhores práticas de segurança do mundo.
"Houve uma cooperação policial internacional, entre o Brasil e a estrutura de segurança desses eventos, para uma troca de informações. Estive na 55ª Assembléia Geral da ONU, e pude conhecer como o FBI e como a Polícia de Nova York se preparam para o evento desse porte, junto com o coronel Duarte, comandante da PM do Rio, o Estado-Maior dos Bombeiros, e representantes da Guarda Municipal e Força Nacional,", explicou Cristiano Barbosa Sampaio, Diretor de Operações da Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos (SESGE) do Ministério da Justiça.
Segundo Cristiano, em outro evento na China, os observadores, entre policiais militares, civis, policiais federais, bombeiros e agentes da Defesa Civil, puderam acompanhar todo o trabalho do planejamento da segurança. "Vimos desde a inspeção de aeroportos até a segurança nos estádios e no entorno dos estádios, em todos os detalhes. O objetivo foi trazer essa experiência. Estamos trazendo ao brasil o que há de mais moderno", garantiu.
Investimento
Da criação da secretaria extraordinária de grandes Eventos do Ministério da Justiça, em 2012, até 2016, foram investidos R$ 1,5 bilhão da pasta no Sistema Integrado de Comando e Controle, incluindo a construção dos Centros Integrados de Comando e Controle, caminhões antitumulto e balões de monitoramento permanente nas cidades-sede olímpicas.
"O país está preparado", garantiu Andrei Rodrigues, secretário extraordinário de grandes eventos do Ministério da Justiça.
“Temos a convicção de que faremos os Jogos que se aproximam com o mesmo nível de responsabilidade e com a mesma possibilidade de êxito que alcançamos na Copa do Mundo”, afirmou o Ministro da Defesa, Aldo Rebelo, em mensagem em vídeo divulgada na quarta-feira (27), data que celebra os 100 dias para os Jogos.
O Rio tem na bagagem eventos como o Rio +20 em 2012, Copa das Confederações e Jornada Mundial da Juventude em 2013 e a Copa do Mundo, em 2014. Para aprimorar a formação e a preparação para os jogos, policiais e agentes de inteligência foram para eventos internacionais, como o Super Bowl, final do futebol americano nos Estados Unidos, assim como os Jogos Europeus no Azerbaijão. O objetivo foi, através do trabalho de mais de 100 observadores, tentar trazer para os Jogos Olímpicos as melhores práticas de segurança do mundo.
"Houve uma cooperação policial internacional, entre o Brasil e a estrutura de segurança desses eventos, para uma troca de informações. Estive na 55ª Assembléia Geral da ONU, e pude conhecer como o FBI e como a Polícia de Nova York se preparam para o evento desse porte, junto com o coronel Duarte, comandante da PM do Rio, o Estado-Maior dos Bombeiros, e representantes da Guarda Municipal e Força Nacional,", explicou Cristiano Barbosa Sampaio, Diretor de Operações da Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos (SESGE) do Ministério da Justiça.
Segundo Cristiano, em outro evento na China, os observadores, entre policiais militares, civis, policiais federais, bombeiros e agentes da Defesa Civil, puderam acompanhar todo o trabalho do planejamento da segurança. "Vimos desde a inspeção de aeroportos até a segurança nos estádios e no entorno dos estádios, em todos os detalhes. O objetivo foi trazer essa experiência. Estamos trazendo ao brasil o que há de mais moderno", garantiu.
Investimento
Da criação da secretaria extraordinária de grandes Eventos do Ministério da Justiça, em 2012, até 2016, foram investidos R$ 1,5 bilhão da pasta no Sistema Integrado de Comando e Controle, incluindo a construção dos Centros Integrados de Comando e Controle, caminhões antitumulto e balões de monitoramento permanente nas cidades-sede olímpicas.
“O investimento não é para grandes eventos exclusivamente, mas para ser um importante legado para a Segurança Pública. Temos Centros Integrados de Comando e Controle nas 12 sedes da Copa do Mundo, temos vídeo monitoramento funcionando na cidade e outros equipamentos funcionando”, explicou Andrei Rodrigues, delegado da Polícia Federal e subsecretário.
As 21 instituições que fazem parte do Comitê Executivo de Segurança Integrada Naciona são: Ministério da Justiça, Coordenação de Defesa de Área do Exército, Agência Brasileira de Inteligência, Secretaria de Segurança, Secretaria de Estado de Defesa Civil e Polícia Militar. Como membros convidados, estão o Departamento de Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Comando Militar do Leste, 1º Distrito Naval, Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Guarda Municipal, Cet Rio, Defesa Civil da Polícia Militar, Autoridade Pública Olímpica e Comitê Rio 2016, além da Força Aérea Brasileira (FAB).
Terrorismo
As autoridades ouvidas pelo G1 dizem que o país está preparado para enfrentar possíveis ameaças terroristas durante o período dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. O monitoramento contínuo dos serviços de inteligência serviria para dissipar estes temores, de acordo com Andrei Rodrigues, mesmo após a confirmação, pela Agência Brasileira de Inteligência, de que um terrorista do Estado Islâmico teria feito ameaças ao Brasil para o período dos Jogos.
As 21 instituições que fazem parte do Comitê Executivo de Segurança Integrada Naciona são: Ministério da Justiça, Coordenação de Defesa de Área do Exército, Agência Brasileira de Inteligência, Secretaria de Segurança, Secretaria de Estado de Defesa Civil e Polícia Militar. Como membros convidados, estão o Departamento de Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Comando Militar do Leste, 1º Distrito Naval, Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Guarda Municipal, Cet Rio, Defesa Civil da Polícia Militar, Autoridade Pública Olímpica e Comitê Rio 2016, além da Força Aérea Brasileira (FAB).
Terrorismo
As autoridades ouvidas pelo G1 dizem que o país está preparado para enfrentar possíveis ameaças terroristas durante o período dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. O monitoramento contínuo dos serviços de inteligência serviria para dissipar estes temores, de acordo com Andrei Rodrigues, mesmo após a confirmação, pela Agência Brasileira de Inteligência, de que um terrorista do Estado Islâmico teria feito ameaças ao Brasil para o período dos Jogos.
“Neste tipo de eventos, é comum termos ameaças. A inteligência determina, passa para o Centro Integrado de Comando e Controle, que pensa e age a partir disso para evitar. Esse é um modelo criado para grandes eventos, envolvendo nossas unidades de inteligência, que abastecem os centros integrados de comando e controle com informações”, disse Andrei Rodrigues. Ele não quis comentar as declarações do diretor do Departamento de Contraterrorismo (DCT), Luiz Alberto Sallaberry, sobre a elevação do alerta para atentados terroristas no Brasil.
Outra ameaça que é monitorada diariamente pelas autoridades de inteligência brasileiras é a ação dos chamados ‘lobos solitários’. Ao contrário de terroristas ligados a grandes grupos, estes são mais difíceis de estrear.
"As principais variáveis de risco consideradas no planejamento são ataques terroristas ou de sabotagem, manifestações sociais, criminalidade e violência urbana, comprometimento da saúde coletiva ou de mobilidade urbana, luz, telefonia, ataques cibernéticos, incidentes e catástrofe. Qualquer variação nessas fontes pode levar a adoção de medidas extremas. Mas, existem ameaças que, para a nossa realidade, apresentam um desafio maior, como a mobiliadde urbana, dada a característica da cidade", explicou Alzir.
Manifestações
O governo admite que pouco soube lidar com as manifestações ocorridas durante a Copa das Confederações, em julho de 2013, em plena efervescência dos protestos contra aumentos das passagens de ônibus em Rio e São Paulo. "É um foco maior de preocupação sim. Na Copa das Confederações, tivemos problemas, porque as pessoas se aproveitaram para praticar atos violentos", afirmou Novaes. "Houve aquele cenário que todos vimos, com 1 milhão de pessoas e aquela violência nas ruas, que foi escalando e culminou com o assassinato do Santiago (Andrade), em 2014", avaliou Andrei Rodrigues.
Santiago Andrade, cinegrafista da Rede Bandeirantes, foi morto depois de ser atingido por um rojão disparado por um manifestante no dia 6 de fevereiro de 2014, durante uma manifestação na Central do Brasil.
Fabio Raposo e Caio Souza, presos pela participação no crime, ficaram presos por mais de um ano, antes de receberem a liberdade da Justiça. Desde março de 2015, ambos não respondem mais por homicídio culposo, mas apenas por explosão seguida de morte.
O governo admite que pouco soube lidar com as manifestações ocorridas durante a Copa das Confederações, em julho de 2013, em plena efervescência dos protestos contra aumentos das passagens de ônibus em Rio e São Paulo. "É um foco maior de preocupação sim. Na Copa das Confederações, tivemos problemas, porque as pessoas se aproveitaram para praticar atos violentos", afirmou Novaes. "Houve aquele cenário que todos vimos, com 1 milhão de pessoas e aquela violência nas ruas, que foi escalando e culminou com o assassinato do Santiago (Andrade), em 2014", avaliou Andrei Rodrigues.
Santiago Andrade, cinegrafista da Rede Bandeirantes, foi morto depois de ser atingido por um rojão disparado por um manifestante no dia 6 de fevereiro de 2014, durante uma manifestação na Central do Brasil.
Fabio Raposo e Caio Souza, presos pela participação no crime, ficaram presos por mais de um ano, antes de receberem a liberdade da Justiça. Desde março de 2015, ambos não respondem mais por homicídio culposo, mas apenas por explosão seguida de morte.
Segundo Andrei Rodrigues, o Brasil é um país democrático, e que é dever das forças de segurança garantir o direito à manifestação. "O que nós não vamos tolerar são ações criminosas. Àquele que for cometer crimes, vandalismo, furto, saques, homicídios, vamos dar a resposta para garantir o direito daqueles que queiram protestar pacificamente", garantiu Andrei.
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