Marcelo Nicácio foi apresentado na sala de imprensa do CT Gustavo Paiva (Foto: Augusto Oliveira/GloboEsporte.com)
O atacante Marcelo Nicácio foi apresentado nesta quinta-feira pelo CSA. Com 33 anos, ele está ligado ao Boavista-RJ e chega através de empréstimo ao Azulão. Nicácio chegou a ser emprestado ao Volta Redonda para disputar a Série D, mas acabou vindo para o Azulão. Disse que a história e o planejamento do clube foram decisivos na escolha.
- Momento muito bom. Fico feliz, ainda mais quando você recebe um convite de uma equipe grande como o CSA. O presidente manteve contato comigo, eu até já tinha me apresentado no Volta Redonda. O que pesou foi a torcida, história, o planejamento que tem aqui. Essas coisas me motivaram muito - comentou, que volta ao estado de Alagoas após mais de oito anos fora.
Marcelo Nicácio, atacante do CSA (Foto: Augusto Oliveira/GloboEsporte.com)
- Me sinto em casa [em Maceió], apesar de ser baiano. Aqui faz parte da minha casa também. Tive uma passagem muito boa aqui em 2007 e tenho certeza que agora não vai ser diferente.
Com ótima passagem pelo CRB, ele falou da rivalidade entre os dois clubes da capital alagoana.
- Essa briga tem que ser saudável, em campo, não pode extrapolar, como aconteceu na final do Campeonato Alagoano. São duas grandes equipes, com torcidas respeitadas. A briga tem que ser dentro de campo, para que o seu clube saia vitorioso. A gente sabe que a pressão é muito grande, que as duas torcidas têm uma história muito grande. Agora sou jogador do CSA e fazer com que os nossos torcedores possam ter muitas alegrias.
Será a primeira vez que Marcelo disputará a Quarta Divisão do Campeonato Brasileiro. O centroavante azulino destacou que não tem tempo para se recuperar dentro da competição.
- Eu nunca tive a oportunidade de disputar a Série D. A cada ano que passa, a competição tem mostrado o seu valor. No decorrer da competição, é como se fosse uma Copa do Mundo. É diferente das séries A, B e C, que você tem tempo de se recuperar. A Série D não te dá esse tempo, tem que começar forte, com o objetivo bem traçado pelo grupo, pela comissão técnica. A gente sabe que não podemos errar em nenhum momento.
Em janeiro, o atacante sofreu uma lesão. O prazo inicial era de ficar seis meses longe do campo, mas acabou voltando a jogar no mês de março.
- Chego muito motivado. Tive uma lesão, sou um cara que tem um caráter muito forte e que não minto e não engano ninguém. Me machuquei no começo do ano, na minha pré-temporada para jogar o Campeonato Carioca. Era uma lesão grave, que precisava de cirurgia. Mas graças a Deus não precisou fazer. Consegui me recuperar com tratamento e com a parte de musculação. Foi uma coisa que todo mundo achou espantoso, porque era algo de seis meses, e com dois meses e cinco dias já estava dentro do campo conseguindo treinar com meus companheiros e ainda conseguir jogar. Participei de duas partidas da reta final do estadual. Estou treinando, me sentindo bem, sem sentir nada e muito preparado e motivado para ajudar o CSA nessa caminhada.
Marcelo Nicácio ao lado de Roberto Farias, preparador físico do CSA (Foto: Augusto Oliveira/GloboEsporte.com)
No amistoso de sábado contra o Murici, o atacante contou que está à disposição do técnico Oliveira Canindé.
- Já tive uma conversa com o professor. Não estou 100%, mas é até bom ter esse contato, porque você começar a ganhar ritmo de jogo. Se ele optar para eu jogar 20, 30 minutos, não tem problema nenhum.
Perguntado se chega para tomar conta da camisa nove e ser o goleador do time no Brasileirão, ele está esperançoso que sim.
Nicácio foi apresentado e fez teste físico nesta quinta (Foto: Augusto Oliveira/GloboEsporte.com)
- Tomara que sim. Esse é o meu objetivo. Por onde passei foi assim. Sempre respeitei meus companheiros, nunca tive passagem de brigar com ninguém. Creio que que aquele que se preparar melhor vai jogar. Meus companheiros podem ficar espertos porque vão encontrar um Nicácio muito preparado, vou trabalhar sempre para jogar. Não é que fui contratado para ser titular, mas vou em busca do meu espaço, que é ser o camisa nove do CSA e fazer os gols, para isso preciso estar preparado e ciente das dificuldades. Se tem outro atacante vestindo a nove, é que ele tem condições de estar aqui. Sei que não será fácil, mas o Nicácio está motivado.
Nicácio elogiou o projeto que foi passado para ele e que a Série D não é a divisão ideal para o CSA.
- Foi um projeto muito bom. Tem essa história de quase dez anos que o clube não conquista um título. Estão todos cansados de ver a situação em que o clube se encontra, de não ter calendário, de estar jogando uma Série D. Com todo respeito, com a torcida e a força que tem, era para o CSA estar, no mínimo, disputando uma Série B. Tem clubes nas Séries A, B e C que não tem torcida e que não tem a força que tem o CSA. Todos aqui querem fazer um clube forte, pedimos o apoio de todos, principalmente da torcida.
Alguns torcedores foram recepcionar o atacante no aeroporto na manhã desta quinta-feira. Marcelo disse que não esperava e que sentiu falta desse tipo de recepção nos últimos anos.
- Esperar, não, mas a gente fica muito emocionado. Eu, particularmente, sentia falta. Já tinha alguns anos que não sentia essa energia, essa pressão. Fui jogar na Bulgária e Arábia Saudita e não tem esse calor da torcida. Achei muito bom, já convivi com isso quando passei por alguns clubes do nordeste. Reviver isso te motiva a fazer o trabalho bem feito.
NM com Augusto Oliveira
Nenhum comentário:
Postar um comentário