Um tapinha salvador de Marquinhos, uma vitória da redenção e que mostra que o verdadeiro Brasil pode sonhar. A Seleção bateu a Espanha, nesta terça-feira, por 66 a 65, na Arena Carioca 1, no Parque Olímpico. Não foi um triunfo qualquer. Foi uma vitória cercada de significado, sobre a atual vice-campeã olímpica. Ela prova o potencial de um time que pretende brigar por medalha. Mostra que o primeiro tempo contra a Lituânia, na estreia, foi um acidente de percurso.
O Brasil se recupera na Olimpíada e complica a vida da Espanha, que amargou a segunda derrota. A chave para a vitória foi a defesa. O ataque oscilou um pouco, mas o desempenho, como um todo, foi de gente grande. De gente que pode sonhar alto. A Seleção volta a jogar nesta quinta-feira, contra a Croácia, às 14h15.
O cestinha brasileiro foi o armador Marcelinho Huertas, autor de 11 pontos. Ele ainda terminou a partida com sete assistências. Marquinhos, dono do tapinha da vitória, fez 10 pontos. Alex e Augusto Lima contribuíram com nove pontos cada.
Pela Espanha, Pau Gasol foi o cestinha do jogo, com 13 pontos, e ainda anotou um duplo-duplo ao pegar 10 rebotes. Porém, o desempenho do astro não foi dos melhores. A defesa brasileira conseguiu conter o ímpeto do espanhol. Llull, com 11 pontos, quase complicou a vida da Seleção no fim.
Magnano fez duas mudanças no quinteto titular em relação à estreia: Marquinhos e Augusto Lima começaram jogando ao lado de Marcelinho Huertas, Leandrinho e Nenê. Já Alex e Hettsheimeir iniciaram no banco.
O jogo
A primeira cesta do Brasil, com Marquinhos, demorou dois minutos. Foi o tempo para o ataque da Seleção se acertar. O ala do Flamengo comandou as ações ofensivas. O Brasil logo tomou o controle do jogo. A defesa dificultava ao máximo a vida da Espanha. O time campeão europeu sofria em quadra. A equipe de Magnano abriu oito pontos de frente (16 a 8). Tempo espanhol. No fim, uma pequena reação, mas o Brasil venceu a parcial por cinco pontos: 18 a 13.
A Espanha voltou melhor para o segundo quarto. O ataque brasileiro passou a encontrar mais dificuldade e se limitou a Alex, que entrou no jogo. Ele fez os seis pontos da Seleção até praticamente a metade do período. O time espanhol era superior e cortou a diferença para um ponto (24 a 23). Foi a vez de Magnano parar o jogo. Os problemas e erros ofensivos persistiram. A Espanha virou o jogo. Por pouco tempo. A Seleção encaixou uma corrida de 7 a 0 e foi para o intervalo na frente: 34 a 31.
O cestinha brasileiro no primeiro tempo foi o armador Marcelinho Huertas, autor de sete pontos. Ele ainda distribuiu quatro assistências. Alex e Marquinhos marcaram seis pontos cada.
A defesa brasileira fez a diferença no início do terceiro quarto. Foi o caminho para novamente abrir vantagem, agora de nove pontos (42 a 33). A Espanha foi obrigada a pedir tempo. O time europeu respondeu com uma corrida de 6 a 0. Magnano parou o jogo. A Seleção voltou a equilibrar a partida. Porém, abusou de faltas infantis que levaram a equipe rival à linha de lance livre. A Espanha empatou o duelo. Na gangorra da partida, coube ao Brasil encerrar a parcial em alta, com uma sequência de 8 a 0: 53 a 45 no placar.
O Brasil chegou a abrir nove pontos no começo do último período. Porém, a Espanha reagiu. Uma bola de três de Llull diminuiu a diferença para três pontos. Magnano logou parou o jogo. A partida ganhou em emoção. A Seleção logo se recuperou, mas Llull apareceu de novo e virou o placar. Gasol, a poucos segundos do fim, desperdiçou dois lances livres. Na sequência, um tapinha salvador de Marquinhos recolocou o Brasil na frente por um ponto: 66 a 65. Cinco segundos de posse para a Espanha. A Arena Carioca 1 defendeu junto. A vitória estava na conta. Que triunfo!
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