Principal jogadora e uma das líderes da Seleção feminina, Marta viveu minutos de desespero após ter a cobrança defendida pela goleira australiana na disputa de pênaltis que resultou na classificação do Brasil para a semifinal da Olimpíada. Um dia após a partida, a camisa 10 escreveu um texto emocionado em que explica detalhadamente como se sentiu no momento.
“Não podia acreditar. O Brasil não merecia aquele destino. Refiz o caminho entre a área e o meio de campo derrotada, com o peso da possível decepção dos mais de 50 mil torcedores nas costas. Se a australiana marcasse, era o fim. Ajoelhei. De lá, vi a Bárbara pular para o mesmo lado que eu tinha acabado de escolher equivocadamente e espantar a bola para longe da nossa meta. O ar voltou. De verdade, eu já sabia: iríamos vencer a disputa”, postou a capitã em uma rede social.
Após a vitória, Marta deu um longo abraço de agradecimento na goleira, que havia falhado no amistoso contra as mesmas australianas, em amistoso disputado antes do início da Olimpíada. Na terça-feira, as meninas reencontrarão a Suécia, adversário que foi goleada por 6 a 1 na primeira fase, no Maracanã. As meninas já estão no Rio para a partida e treinam na tarde de hoje no CFZ.
Desfalque nas quartas, Cristiane segue fazendo tratamento intensivo para tentar se recuperar da lesão na coxa direita a tempo de jogar.Heroína da classificação, Bárbara foi vítima de racismo na internet, no Acre. Membro do Conselho Federal de Administração (CFA), Marcos Clay postou uma foto da camisa 1 com a frase: “Eu odeio preto, mas essa goleira do Brasil tinha chance”.
A postagem gerou revolta e o autor voltou às redes sociais para tentar se explicar: “Foi uma brincadeira de mau gosto, até já tirei o post. Uma brincadeira que infelizmente algumas pessoas se ofenderam, mas não era minha intenção. Tanto é que minha esposa é negra, todo mundo sabe disso. Quem me conhece sabe que eu não sou racista, tenho vários amigos que são negros”, escreveu Clay.
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