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segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Classificado para final, Canindé diz: "CSA precisa reescrever sua história"

Não foi fácil. O CSA precisou superar os desfalques, o adversário e uma tempestade para garantir vaga na final da Série D do Brasileiro. Mesmo com a derrota para o São Bento no Estádio Walter Ribeiro, por 1 a 0, o Azulão está classificado para a decisão da competição nacional, diante do Volta Redonda, que desbancou o Moto Club-MA, nas semifinais. Após a partida deste domingo, o técnico Oliveira Canindé fez uma análise das dificuldades da partida em Sorocaba e lembrou que o clube do Mutange está ressurgindo.
- Eu acho, mas não adianta nós temermos e falarmos que ele não vai aceitar o que nós falarmos [em relação à postura do árbitro em manter o jogo debaixo de uma chuva torrencial]. Foi falado isso, ele não aceitou; então eu vou fazer o quê? Eu quero jogar, o meu time reclamou, os meninos reclamando e eu disse: nós vamos jogar. Ele quer? Então nós vamos! Eu sempre preguei o seguinte: é no asfalto, é no campo ruim, é na grama ruim, é no calor, seja no que for. O CSA precisa ser o CSA. Precisa ser um time de chegada e decisão. O CSA esteve esquecido por muito tempo como se fosse num cantinho ali, sem fazer e sem acrescentar nada para o futebol alagoano, pela força e pela grandeza da torcida que tem. O CSA precisa reescrever a sua história, e para isso nós precisamos de atletas que vistam essa camisa como se fosse algo ou com o prazer além do que você espera de atletas profissionais; ou seja, com dedicação, com aplicação, com amor e podendo acima de tudo fazer com que o torcedor do CSA tenha essa felicidade de ver um time campeão - disse.
Oliveira Canindé, técnico do CSA (Foto: Augusto Oliveira / GloboEsporte.com)Canindé disse que CSA passou um tempo esquecido no futebol alagoano (Foto: Augusto Oliveira / GloboEsporte.com)

Comentando a partida, ele afirmou que, apesar da derrota, a classificação para a final era o objetivo traçado para essa decisão.
- Eu acho que o resultado, embora tenhamos perdido, foi normal. Foi um grande jogo, muito disputado, muito duro, um jogo ranhento como nós esperávamos. Mas a equipe se comportou bem, como deveria e o resultado veio, ou seja passarmos de fase, era o que nós queríamos. Agora, é nos concentramos no que está por vir, sabemos que teremos outro adversário muito duro, mas que temos totais condições de fazer aquilo que nos propusemos desde o início, ou seja, brigar por título e levar a conquista para Alagoas. Espero que nós tenhamos a felicidade de fazer com que isso aconteça, presenteando o torcedor apaixonado e a nossa diretoria que trabalha muito, que rala muito para nos dar as condições adequadas para fazer o nosso melhor e fazer com que todos nós sejamos premiados pelo esforço e a determinação de todo o grupo em busca desse objetivo maior - salientou.
O CSA teve esquecido por muito tempo como se fosse num cantinho ali sem fazer e sem acrescentar nada para o futebol alagoano pela força e pela grandeza da torcida que tem. O CSA precisa reescrever a história dele, e para isso nós precisamos de atletas que vistam essa camisa como se fosse algo ou com o prazer além do que você espera de atletas profissionais..." 
Oliveira Canindé, técnico do CSA
Classificado para decidir o título brasileiro, Oliveira Canindé falou sobre o próximo adversário do CSA. Mesmo pregando respeito ao Volta Redonda, ele disse que o Azulão tem plenas condições de ser campeão jogando no Rio de Janeiro.
- Respeito o Volta Redonda, mas temos condições de vencê-los em Maceió e vencê-los no Rio, respeitando é claro. Isso é normal, como eles também tem totais condições de fazer o que eu falei. Então eu acho, é a minha opinião, com respeito ao Volta Redonda, mas que os times mais fortes da Série D foram Ituano e São Bento; essa é a minha opinião. Nós vencemos os mais fortes, então temos também condições de vencer o Volta Redonda - afirmou.
Confira outros trechos da entrevista do técnico do CSA:
As dificuldades em Sorocaba em comparação à Teresina.
- O Altos, se você colocasse o Barcelona para jogar contra o Altos, ele ia perder lá dentro. Ali não tem como, não. Nós entramos num campo com a condição muito fofa, muito quente, coisa que no primeiro tempo já começamos a sentir, então é normal. As condições dali pra cá são todas diferentes. Mas nós tínhamos que passar por ali, passamos para escrevermos a nossa história a partir dali porque a competição se escreveu e se mostrou para nós verdadeiramente a partir daquele jogo, porque nós sabíamos que o jogo mais difícil seria aquele contra o Altos, devido às condições que nós encontraríamos em Teresina. Como encontramos e passamos, nos credenciamos a fazermos mais dali para frente. E nós estamos escrevendo a nossa história com luta, com determinação, com aplicação, querendo de todo jeito fazer com que as coisas favoráveis se voltem para nós e nós tenhamos a felicidade dessa conquista.
São Bento x CSA Magrão (Foto: Jesus Vicente / EC São Bento)São Bento e CSA terminaram o jogo com o campo completamente encharcado (Foto: Jesus Vicente / EC São Bento)

Didira
O Didira não é rápido, é leve. Ele é de mobilidade, mas não tem velocidade e não é jogador de força também. É um jogador de desafogo, mas por dentro, em aproximações. Então, ele fez uma função que nós tínhamos o Cleyton naquela função. Mas como eu não tenho jogadores com ritmo de jogo e adequados para aquela posição, já que eu perdi o Panda, um jogador que jogaria ali seria o Kelvin, mas o Kelvin foi expulso lá, me complicou bastante. Eu busquei alternativas dentro do elenco. Joguei o Jeferson [Maranhense] pelo outro lado e joguei o Didira pelo lado direito, buscando mobilidade com aproximação, já que eu não teria velocidade. Deixei a velocidade para uma outra situação, como foi quando entrou o Azul ali no final, já buscando isso aí; mas infelizmente, pela condição do gramado e pela chuva que caiu aqui, não tivemos condições de explorar essas alternativas que temos dentro do elenco.
Sentimento pelo São Bento
- Eu tenho um carinho muito grande pelo São Bento, já dei diversas entrevistas lá em Maceió mesmo dizendo que, se eu não estivesse na disputa, na peleja, com certeza eu torceria pelo São Bento. É um time que eu tenho paixão, gosto muito do clube, a cidade de Sorocaba é maravilhosa, o povo é maravilhoso, eu tenho uma filha que nasceu aqui, então eu tenho um carinho muito grande pelo clube e pela cidade. A minha torcida é que o São Bento cresça cada vez mais, ele já está na Série C, que ele reescreva a história daqui para a frente. Passei quatro anos aqui e não conquistei nada, e o São Bento merece essas conquistas. 
NM com Denison Roma

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