O CRB só entra em campo de jogo no próximo sábado, quando enfrenta o Vasco, pela 31ª rodada da Série B. Porém, fora dele, o Galo tem uma batalha nesta segunda-feira, às 11h, quando o volante Olívio será julgado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por ter testado positivo no exame antidoping na partida do dia 11 de maio, contra o próprio Vasco, mas pela Copa do Brasil.
A estratégia montada pelo clube é mantida em segredo, mas o advogado Osvaldo Sestário, responsável pela defesa do atleta, trabalha para minimizar a punição. Além do departamento jurídico, médicos farão a defesa do volante alvirrubro, de 28 anos, no plenário do STJD.
Referência no setor de meio-campo do CRB, o atleta foi punido preventivamente por 30 dias, com base no artigo 102 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), cumpriu a suspensão, mas conseguiu o direito de voltar a jogar em razão de um recurso com efeito suspensivo concedido pelo presidente do STJD, Ronaldo Piacente. O julgamento estava marcado para a semana passada, dia 3, mas, a pedido da Autoridade Brasileira de Controle de Doping (ABCD), foi adiado para a próxima sessão da Primeira Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva.
A sessão terá como relator o auditor Gustavo Koch Pinheiro. Além de Koch, que também exerce o cargo de vice-presidente, compõem a primeira comissão o presidente Lucas Asfor Rocha Lima (CE) e os auditores Carlos Eduardo Pontes Lopes Cardoso (RJ), Douglas Blaichman (RJ) e Michelle Ramalho (PB).
CRB e Vasco jogaram no Rei Pelé no dia 11 de maio, pela 2ª fase da Copa do Brasil (Foto: Ailton Cruz/Gazeta de Alagoas)
Médico do CRB, Luiz Fernando Barros saiu em defesa do atleta e apontou que a substância encontrada na urina de Olívio pode ter saído de algum alimento.
- A prova que o Olívio não toma isso é porque depois do jogo contra o Vasco ele já fez exame de novo, contra o Oeste, e o exame deu normal. Ano passado, tivemos vários atletas, não no CRB, mas no Brasil, que fizeram acompanhamento de rastreamento de drogas. Carne bovina hoje é recheada de hormônio, o atleta se alimenta e no doping, que tem equipamento muito sensível, detecta isso. Aí a CBF pede para fazer a contraprova, faz outro exame e aí acabou - disse, em entrevista à Rádio Jovem Pan AM, de Maceió.
Entenda o caso
Segundo a denúncia da procuradoria, na urina de Olívio, coletada logo após a derrota para a equipe carioca por 1 a 0, no Estádio Rei Pelé, foi encontrada a substância IRMS (testosterona), de acordo com o relatório técnico emitido pelo laboratório de Los Angeles. O hormônio encontrado no atleta do CRB é proibido no Regulamento de Controle de Doping da Confederação Brasileira de Futebol e pela Agência Mundial Antidoping (WADA).
Segundo o STJD, na defesa escrita apresentada pelo clube, Olívio não esclareceu como a substância proibida teria entrado em seu organismo. A pena prevista no artigo 93 do Código Brasileiro Antidopagem é de suspensão por até quatro anos.
NM com Globoesporte.com/al
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