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sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Três federações anunciam o fim do sorteio de arbitragem nos estaduais em 2017



O Presidente da Comissão de Árbitros da Federação Pernambucana de Futebol, Salmo Valentim, anunciou na madrugada desta segunda-feira (31), que em 2017 os árbitros que atuarão no Campeonato Pernambucano serão escalados através de uma audiência pública. A medida implantada a partir da Lei que regula a atividade de árbitro de futebol no Brasil, sancionada pela ex-presidente Dilma Rousseff, em 2014, visa acabar de uma vez por todas com o sorteio de árbitros no futebol nacional. Além de Pernambuco, Pará e Rio Grande do Norte também aderiram ao movimento.

Segundo Salmo Valentim, o intuito da ideia é de premiar o árbitro que estiver em melhores condições para aquela determinada partida, sem ter que jogar todo o seu esforço dentro de um globo:
- O Brasil é o único país do mundo que escala árbitros através de um sorteio. Esse retrocesso acabou no momento em que a nossa atividade foi reconhecida pela legislação. Portanto, se temos amparo legal para fazer uma audiência pública na escala dos árbitros, vamos fazer. Disse.
Ainda segundo Salmo, todos os estados do Brasil e a própria CBF deveriam aderir esse movimento que só beneficia o árbitro que estiver atravessando o melhor momento:
- É muito injusto o árbitro treinar, se dedicar, passar nas provas e ficar rodadas fora das escalas. Com o sorteio isso acontecia o tempo todo. Mas com a audiência pública a coisa muda radicalmente de figura. Aqui em Pernambuco, por determinação do Dr. Evandro Carvalho e do Murilo Falcão, a era do sorteio acabou. Vamos dar aos nossos árbitros todos os mecanismos para que eles possam desempenhar a atividade em alto nível. Completou.
Chefe do apito no Pará, José Guilhermino de Abreu fez coro com Salmo Valentim. Para o dirigente paraense, o sorteio só atrapalha o desempenho dos árbitros e pode enterrar carreiras:
- No Pará não haverá mais sorteio a partir de 2017. Vamos escalar de acordo com a Lei, dando ênfase sempre ao profissional que atender as nossas exigências físicas e técnicas. O sorteio arruinou carreiras e nós não podemos mais admitir que isso continue ocorrendo no Brasil. Sentenciou.
No ano passado, o Comitê de Árbitros da Liga Sul – Minas – Rio, deu o pontapé inicial realizando audiências públicas nas escalas da arbitragem que trabalhou no torneio que levou o nome da entidade. Amparado na legislação, Marco Antônio Martins mostrou que quando se há vontade política, é possível mudar pra melhor o futebol e arbitragem brasileira.
Além de Pernambuco e Pará, no Rio Grande do Norte o sorteio também acabou, pelo menos é isso que garante o Presidente do Comitê de Árbitros local, Ricardo Albuquerque. Para o dirigente, não há mais o que discutir sobre este tema:
- Esse assunto pra mim já está pra lá de requentado. É preciso virar a página. Sorteio nunca foi bom e nunca beneficiou árbitro algum. Temos que resgatar a dignidade de quem se esforça para ser escalado. Não se pode fazer um bingo com carreiras. Eu respeito meus árbitros e aqui não haverá mais sorteio. Vamos fazer audiências públicas escalando o que o nosso quadro tiver de melhor. Concluiu.
Diferente do sorteio, na audiência pública o mediador informa a quem estiver acompanhando, o árbitro que será designado para um determinado jogo e explica as razões daquela escala. Dessa forma fica mais fácil não só promover quem merece ser promovido, como também evita que carreiras sejam destruídas pela falta de “sorte”.
NM com Voz do Apito

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