A camisa 11 da Seleção Brasileira é conhecida por ter sido vestida por muitos craques. Na Seleção Feminina Principal, Cristiane marcou belíssimos e importantes gols com ela. Na equipe Sub-20, que disputa a Copa do Mundo da Papua-Nova Guiné, ela pertence à Geyse, que a veste com orgulho e dedicação.
A história da alagoana de Maragogi tem algumas semelhanças com a de Marta, alagoana de Dois Riachos. Uma do litoral e a outra do sertão. Mas as duas iniciaram no futebol jogando com meninos e, logo cedo, tiveram que sair de casa em busca de seus sonhos na modalidade. Aos 14 anos foi jogar em Pernambuco, passou por Maceió e chegou a São Paulo, aos 18.
– Muitas pessoas falam que se eu batalhar muito eu posso ter a história da Marta. Eu fico na minha e tento colocar o meu trabalho em prática. Eu me inspiro muito nela e na Formiga. Elas passaram por muitas dificuldades até chegar onde elas estão hoje, porque naquela época tinha muito mais preconceito que hoje – disse a atacante.
Tímida, de cara fechada, mas por trás se esconde uma menina que, ao entrar em campo, se transforma. Geyse aperta a marcação, pressiona a saída de bola adversária. Com ela não tem bola perdida, gosta de driblar, pedalar e ir para cima. Sempre com o objetivo de marcar gols.
– Eu sou mais séria, gosto de ficar mais no meu canto. Eu já melhorei, quando cheguei na Seleção era mais bicho do mato. Mas dentro de campo é diferente. Peço para as meninas jogarem a bola para mim, porque eu jogo em velocidade e tenho boa arrancada.
Geyse é uma das cinco meninas que ainda têm idade para disputar mais uma Copa do Mundo, ou seja, nascidas depois de 1998. Nesta edição do Mundial, a camisa 11 fez um gol e jogou as três partidas da primeira fase. Nas quartas de final, a Seleção Brasileira enfrentará o Japão, na quinta (24), às 19h30 (7h30 de Brasília).
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