Foto: Ailton Cruz |
Apesar da classificação para as semifinais do Campeonato Alagoano, ainda não foi desta vez que o CSA saiu de campo aplaudido pelo torcedor. A vitória sofrida diante do Santa Rita no domingo demonstrou a insatisfação de parte dos azulinos com o futebol que vem sendo desempenhado pelo time no estadual. Para o técnico Oliveira Canindé, a pressão vinda das arquibancadas tem explicação.
- Você joga diante do teu torcedor que quer uma vitória e, de preferência, que seja convincente, e a carga vem para você; porque quando está nervoso e, por algum, motivo, a bola não encaixa como você queria, e o torcedor se volta contra, é muito difícil porque você tem uma torcida muito grande e está numa ansiedade muito grande por título; então vem a pressão para todos nós. É normal a cobrança, e nós só precisamos assimilar da melhor maneira possível, nos concentrarmos no que precisamos fazer e fazermos. Porque jogos difíceis nós sempre teremos, principalmente daqui para a frente, porque é o preço que é uma equipe como o CSA paga por não ter títulos há muito tempo e você jogar todas as fichas em cima dessa competição - assegurou.
Para o treinador, a melhor forma de blindar os atletas dessa cobrança é manter o diálogo e passar tranquilidade ao grupo.
- Então é sabermos levar, conduzirmos da melhor maneira possível, conversarmos com o grupo, conscientizarmos esses atletas das dificuldades que teremos, mas da capacidade que eles têm de superarem esses momentos e chegarmos com a força necessária e brigarmos pelo título, de preferência conseguindo já que não só o torcedor, mas todos nós queremos muito que isso ocorra - afirmou.
Mesmo entendendo a cobrança da maior parte da torcida, Oliveira Canindé destacou que é preciso ressaltar que o elenco azulino conta com atletas jovens. Ele também fez questão de destacar que, mesmo das limitações, não falta entrega do grupo.
- Nós não podemos esquecer que são garotos; que o Jacó tem 20 anos, que o Jeam tem 20 anos ... Se você cobrar demais, exigir demais, você pode não ter aquilo que você gostaria de ter. Então, com os pés no chão, com tranquilidade, nós vamos conscientizando o grupo, trabalhando, para que eles não sintam no momento em que perderem as oportunidades, como nós perdemos. Mas eu não posso reclamar da minha equipe pela entrega, é bom que o torcedor entenda que nós podemos ter algumas limitações, como nós temos, mas somos ilimitados no que diz respeito a disposição, porque nós sabemos a camisa que nós vestimos e a torcida para quem trabalhamos - concluiu.
Com vitória sobre o Santa Rita, CSA vai encarar o ASA nas semifinais do Alagoano (Foto: Ailton Cruz / Gazeta de Alagoas)NM com Denison Roma
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