Esta sexta-feira (29) marcou o encerramento da primeira turma do curso de capacitação do Árbitro Assistente de Vídeo da Comissão de Arbitragem da CBF. Ao longo dos últimos cinco dias, no Eco Resort Oscar Inn, em Águas de Lindóia (SP), os 16 participantes assimilaram bem os ensinamentos passados pelos instrutores e trabalharam incessantemente para que conseguissem mostrar uma evolução cada vez maior.
Na abertura do curso, os árbitros e assistentes aprenderam as funções do VAR, foram apresentados ao Protocolo e ouviram sobre princípios gerais e específicos da tecnologia. Na sequência, os participantes assistiram a vídeos temáticos, com lances de jogos do futebol nacional e internacional, para avaliarem a necessidade de intervenção do VAR nas jogadas. No segundo dia, a disposição dos equipamentos foi exibida e foi realizada a primeira atividade prática, com trios no campo de jogo e na sala dos monitores. No fim do dia, foram aplicadas as análises dos respectivos desempenhos.
No terceiro dia, os árbitros e assistentes fizeram um novo trabalho prático. Desta vez, utilizando todo o campo, os trios comandaram um jogo-treino entre os atletas do Brasilis Futebol Clube, onde se revezaram entre sala dos monitores e gramado. Após o almoço e um pouco de descanso, a atividade foi repetida à tarde. Botando em prática as orientações dos instrutores, os árbitros e assistentes mostraram uma grande evolução no manuseio da ferramenta, comunicação, gestual e postura.
Na quinta-feira (28), o grande momento foi o teste do próprio Árbitro Assistente de Vídeo. Os participantes trabalham com a ferramenta em modos online e offline (sem comunicação entre o trio na sala dos monitores e os árbitros no campo de jogo). Após o trabalho, foi feito um grande debate entre os instrutores e árbitros de jogadas selecionadas. No fim do dia e na sexta-feira pela manhã (29), as avaliações foram psicológicas, com o comando das Drs. Marta Magalhães e Marta Minopoli.
Encerrando o ciclo, Manoel Serapião repassou a linguagem que deve ser utilizada pelos árbitros e assistentes na comunicação com o trio que estiver no comando da ferramenta. O instrutor de VAR avaliou o desempenho da primeira turma como louvável.
– A minha avaliação é muito positiva. Nós envolvemos todas as situações de interferência e não interferência do Árbitro de Vídeo, dentro dos limites do protocolo. Tudo feito com parte doutrinária, com exibição de vídeos, e aplicação prática em campo, fazendo sempre os devidos ajustes. Houve familiarização de todos os participantes com os equipamentos e a tecnologia em uma forma geral. Definimos a linguagem da comunicação entre Árbitro de Vídeo e árbitros de campo, com as palavras chaves (objetividade) e a análise da atuação de cada um. Foi feita também uma recomendação e orientação psicológica para evitar ansiedade do VAR e ter consciência da responsabilidade e dos limites de atuações. Destaco ainda que nos treinamentos dos jogos realizados ocorreram todos os lances possíveis de atuação do VAR, tanto para interferência quanto para não interferência. Todo este material será consolidado e encaminhado para análise da IFAB. Sendo assim, vejo que o ideal só será alcançado depois que eles estiverem totalmente aclimatados com a atividade. Mas, diante do que fizemos, vejo que todos estão preparados para atuarem na função – destacou.
O líder do projeto de Árbitro de Assistente de Vídeo no Brasil, Sérgio Corrêa, também fez um balanço positivo da desta primeira parte do curso de capacitação. O profissional lembrou do processo de implantação desde o início.
– Nos últimos dois anos nós já tínhamos separados vídeos próprios para ilustrar os treinamentos. Isso foi apresentado pela maioria dos cursos da CBF nesse período que antecedeu o curso de capacitação. Estivemos sempre enfatizando os limites do protocolo determinados pela IFAB (Internacional Football Association Board). Esse treinamento prático e teórico atualizou os árbitros que atuam na Série A sobre o Protocolo 8, expedido em maio pela IFAB. E na avaliação feita pelos 16 participantes, ficou plenamente demonstrada a capacitação deles. Todos disseram que sentem-se preparados para dar início ao processo, declararam-se aptos. É importante ressaltar também que foram avaliados teoricamente sobre o protocolo, com prova escrita, e análise de vídeos, além de passarem pelos simuladores e pelas partes prática, online e offline do VAR. Houve êxito geral em todas as avaliações. Gostaria de ressaltar também um ponto que é de grande valia para a prática concentrada, que é o pilar mental. Através de avaliações específicas, ele busca auxiliar o árbitro no foco, atenção e concentração. As atividades aqui foram para consolidar tudo o que já estamos fazendo nesses últimos dois anos. Desta forma, nossa avaliação para este início é muito boa – acrescentou.
NM com site da ANAF
NM com site da ANAF
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