Rússia - Vencer a Suíça na estreia da Copa do Mundo, neste domingo, às 15h, na Arena Rostov, significará mais do que o primeiro passo na caminhada rumo ao hexa. Para a Seleção, a partida representa a chance de fazer pegar no tranco a empolgação da parte dos brasileiros que ainda não se rendeu ao time de Tite. Um desinteresse fruto de muitos 7 a 1 que assolam o povo brasileiro dia após dia.
A goleada sofrida para a Alemanha, no Mineirão, na semifinal do último Mundial, despedaçou o amor da torcida pela Seleção. Sentimento cuja reconstrução era recente. O placar virou símbolo do atraso no desenvolvimento do futebol nacional e passou a ser lembrado a cada notícia negativa.
“Todo dia é um novo 7 a 1”, e “gol da Alemanha” se tornaram expressões populares, das esquinas às redes sociais. No Brasil das crises políticas e econômicas e do caos na segurança pública, a sensação de derrota escorre pela testa diariamente. Entre a paixão e uma suposta razão, muitos ainda relutam em tirar a camisa amarela do fundo da gaveta.
O retrospecto de 17 vitórias, três empates e uma derrota, em 21 jogos, inspira confiança. Números que provariam a superação do vexame de 2014, se o futebol fosse ciência exata. A desconfiança, porém, joga no campo da subjetividade. Assim como a ansiedade de que tem a missão de, do banco de reservas, comandar a restruturação do prestígio da Seleção.
“Tento de alguma forma administrar meus fantasminhas, minhas angústias, meu lado humano. Essa expectativa, ela acaba gerando. Fico no meu canto, procuro assistir a situações importantes, exemplos que possam ter dentro da competição, preparar palestra. Ficar focado naquilo que é importante, na preparação para o jogo, em termos estratégicos, de adversário”, afirmou o treinador, que completou:
“O trabalho até agora nos dá muita expectativa, mas uma paz de que fizemos uma preparação muito forte.” No time titular que Tite escalou para tentar romper o cadeado de cofre de banco que é o sistema defensivo suíço, apenas Marcelo jogou aquela semifinal contra os alemães. Neymar, machucado, e Thiago Silva, suspenso, não atuaram.
“São coisas que acontecem no futebol. Eu queria que fosse de outra maneira, mas não tem trauma. Se tivesse, eu não estaria jogando futebol mais”, afirmou o lateral-esquerdo.
NM com O Dia
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