A crítica que o presidente do Corinthians fez, sobre a atuação do árbitro paranaense Rodolpho Toski, responsável pela condução do clássico contra o São Paulo, pela 33ª rodada do campeonato brasileiro alegando que o clube foi prejudicado por ter se posicionado contra a implementação do árbitro de vídeo (VAR) na reta final do torneio, além de desrespeitosa, foi caluniosa e totalmente desnecessária.
Como parlamentar e presidente de um dos clubes mais populares do futebol nacional, Andrez Sanches deveria rever seus conceitos sobre a arbitragem, afinal de contas o árbitro de futebol é um ser humano que erra na mesma proporção ao interpretar um lance de maneira equivocada, assim como um dirigente quando contrata um atleta que não rende o esperado para o clube.
É inaceitável que o dirigente responsável pela condução de um dos clubes mais importantes do Brasil, coloque em xeque não o árbitro Rodolpho Toski, mas a arbitragem brasileira de uma maneira geral, quando, através da imprensa, “gratuitamente” insinua que o árbitro foi para o jogo sensível a “prejudicá-lo” em face de sua recusa em não investir no “projeto árbitro de vídeo”, popularmente conhecido como VAR.
Por este motivo, o departamento jurídico da Associação Nacional dos Árbitros de Futebol do Brasil (Anaf), vai interpelá-lo judicialmente para que o dirigente possa provar o que afirmou.
É sabido que o processo de escolha no futebol brasileiro infelizmente é fragilizado e amplamente discutível. Não há como defender o que os olhos do mundo viram no clássico paulista, entretanto, é preciso refletir sobre conceitos, pessoas e escolhas no processo de promoção de um árbitro de futebol.
Toski tem suas limitações, mas é novo e pode evoluir. A história mostra que muitos árbitros antes de chegarem ao ápice de suas carreiras, tiveram que passar por esse amadurecimento no campo de jogo. E é justamente isso que se espera dele.
Mesmo sendo o “país do futebol”, há quatro anos se questiona o VAR no Brasil sem que ele efetivamente se torne modelo para o mundo. Ao invés de discutir quem vai pagar a conta, clubes e as entidades deveriam se unir para que o futebol brasileiro fosse reinventado a começar pela postura dos dirigentes que infelizmente ainda insistem em atacar a arbitragem como neste exemplo.
A arbitragem é o único segmento do futebol em que, para atuar, seus profissionais passam por um rigoroso processo de seleção. Tanto é que algumas federações no país e a própria CBF possuem uma corregedoria exclusiva para este fim. Portanto, é inadmissível e inaceitável que se coloque em xeque a lisura dos árbitros do Brasil.
"Vamos continuar trabalhando para que os resultados sejam legitimados dentro de campo e que os gols, dribles e belas jogadas voltem a protagonizar as manchetes esportivas do “dia seguinte”, falou Salmo Valentim ,Presidente da ANAF.
NM com site da ANAF
Nenhum comentário:
Postar um comentário