FOTO: WELLIGTON CAMPOS |
Por unanimidade de votos, o árbitro alagoano Francisco Carlos do Nascimento foi absolvido, na manhã desta quarta-feira (14), das acusações de participação em um esquema de manipulação de resultados durante o Campeonato Paraibano desta temporada. A suspeita foi investigada pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) que, em setembro deste ano, desencadeou a Operação Cartola. O julgamento aconteceu no Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), no Rio de Janeiro.
Após o resultado que o inocentou, Chicão falou sobre o sentimento de ter sido absolvido.
"Você não imagina o peso que está saindo das minhas costas com esta decisão. Foi um sofrimento muito grande durante todo esse momento para todos os meus amigos e a família. Estou muito feliz. Quero agradecer a Deus e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) por sempre ter confiado na minha palavra e espero o mais rápido possível poder voltar a fazer o que eu mais gosto: apitar jogos de futebol", afirmou o árbitro, acrescentando que não pretende processar ninguém, a partir de agora.
"Eu penso em seguir a vida! São danos irreparáveis na minha carreira profissional. Mas, o que quero mesmo é retornar às escalas de arbitragem", concluiu.
Inicialmente, Francisco Carlos seria julgado pela Terceira Comissão Disciplinar do órgão máximo da justiça desportiva no dia 9 de outubro. No entanto, um pedido de vista do auditor Vanderson Maçullo Braga para analisar a competência do julgamento pela comissão adiou o julgamento.
Entenda o caso
Chicão foi o árbitro sorteado e responsável por apitar a primeira partida da final do Campeonato Paraibano de 2018, entre Botafogo e Campinense. Ele teve teve seu nome citado numa interceptação telefônica durante conversa com o presidente do Campinense, William Simões, antes da primeira partida das finais do Estadual. De acordo com o material, o dirigente teria tentado assediar o alagoano para a Raposa ser favorecida no duelo contra o Botafogo-PB.
Em junho deste ano, o Ministério Público da Paraíba listou 17 pessoas suspeitas de integrar o esquema que manchou o futebol paraibano. À época, Francisco Carlos chegou a ser citado, mas seu nome não constou na relação dos denunciados, e o árbitro seguiu apitando jogos pelo Campeonato Brasileiro. No entanto, na segunda denúncia, o MP entendeu que o alagoano também deveria responder pela suposta ligação com o esquema.
NM com Gazetaweb.com
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