Foto: Emanuelle Borba |
De início, apostou em alguns jovens, mas, no meio da turbulência, fez uma mudança radical de rota. Ninguém no clube fala, mas o planejamento foi alterado após a eliminação precoce na Copa do Brasil. Antes, a ordem era buscar medalhões mais perto da Série A.
A derrota para o Mixto, dia 6 de fevereiro, fez a roda das contratações girar. Chegaram ao Mutange cinco jogadores nas últimas duas semanas (Apodi, Cassiano, Manga Escobar, Ronaldo Alves e Bruno Ramires). Todos com boa experiência.
Dá pra fazer quase um time só com os jogadores que disputaram e conhecem bem a Série A do Brasileiro. Da base que deve ser titular no dia 29 abril, provável data da estreia, apenas o zagueiro Luciano Castán não defendeu até agora um time da Primeira Divisão.
O goleiro João Carlos, por exemplo, jogou na Série A pela Ponte Preta entre 2015 e 2017. Foi destaque do CRB em 2018, na Segunda Divisão do Brasileiro, e mudou de clube em Alagoas. Ele tem 30 anos e saiu das divisões de base do Athletico-PR.
Na lateral direita, Apodi, de 32 anos, pede passagem. Ano passado, ele disputou a Série A pela Chapecoense. Foi ainda de Vitória, Bahia, Sport, Santos, Cruzeiro... Tem muita rodagem.
Na zaga, Ronaldo Alves, de 29 anos, é outro com experiência. Ficou nos últimos três anos no Sport e também jogou por Inter e Athletico-PR.
Na lateral esquerda, um bicampeão brasileiro. Carlinhos jogou no Fluminense, onde se destacou, e defendeu também o Inter, o São Paulo, o Santos e o Cruzeiro. Conhece bem a competição e está hoje com 32 anos.
Volantes
O volante Amaral jogou no Flamengo de 2012 a 2014. Tem 30 anos e também atuou no Vitória. Estava no Boa Esporte antes de fechar com o CSA e hoje luta para se manter na equipe.
O também volante Bruno Ramires, apesar de jovem, apenas 24 anos, saiu da base do Cruzeiro. Em 2016, chegou a fazer 16 jogos pela Raposa e deve brigar por posição com o experiente Amaral. Ele vai ser apresentado pelo CSA nesta quarta à tarde.
Alagoano
O meia Didira, único alagoano do time, é outro com experiência na Série A. O jogador, de 30 anos, defendeu o Atlético-MG em 2011.
Em 2019. no esquema do técnico Marcelo Cabo, ele disputou os últimos jogos como segundo volante e é justamente essa polivalência que pode deixá-lo no time para o Brasileiro.
Seria, assim, o único titular do time que subiu de divisão em 2018 a continuar na equipe para a Primeira Divisão. Detalhe: ele participou também dos acessos do CSA para as séries C e B nos últimos três anos e tem uma marca histórica no clube.
Camisa 10 do Azulão, Matheus Sávio saiu da base do Flamengo e jogou no ano passado na Primeira Divisão. Fez gol até no clássico contra o Botafogo. Até agora, em Alagoas, oscilou entre grandes apresentações e partidas mais discretas. Tenta pegar ritmo.
A armação, aliás, é uma posição que a diretoria do time alagoano está de olho. Deve contratar outro meia para a Série A. O impacto do nome depende da evolução de Matheus.
No ataque, Régis, de 29 anos, estava no São Paulo em 2018. Até se destacou, mas teve problemas pessoais e deixou o clube em outubro. Já estreou e vem sendo uma peça importante no esquema do CSA nesta temporada. É o cara dos cruzamentos e das assistências.
Quem não estreou
Velocista, o atacante Manga Escobar, de 27 anos, atuou no Vasco em 2017. Fez 19 jogos pelo clube carioca e marcou dois gols. Ele, Carlinhos, Apodi, Ronaldo Alves ainda não estrearam pelo CSA e vão dar um toque de experiência quando começarem a ser encaixados na equipe.
Dos quatro, Carlinhos é o que precisa dar a volta por cima. Ano passado, jogou pouco no Paysandu e tenta recuperar seu futebol em Alagoas.
Centroavantes
Homem de referência do time em 2019, Patrick Fabiano, de 31 anos, desenvolveu quase toda a carreira no futebol árabe, mas também disputou a Série A em 2011, pelo Athletico-PR.
Este ano, Patrick marcou sete gols em nove jogos e virou o artilheiro do CSA. Sua sombra no Mutange será Cassiano, que se destacou no Paysandu em 2018 e também tem passagem pelo Inter, em 2012.
NM com Globoesporte.com/al
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