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terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

Marcelo Cabo revela sonhos, objetivos e metas para o CSA nesta temporada

FOTO: AILTON CRUZ

Um ano, exatamente nesta terça-feira (19), completa Marcelo Cabo no comando técnico do CSA. Foi exatamente no dia 19 de fevereiro de 2018 que o treinador azulino chegou em Maceió para assumir a comissão técnica maruja. E nesse mesmo ano, conquistou o título de campeão alagoano e o acesso à tão sonhada Série A do Brasileiro, quando sagrou-se vice-campeão brasileiro da Série B. É a primeira vez do CSA na elite do futebol brasileiro, na era dos pontos corridos.
Há um ano ele chegou e chegou para ficar. Ao menos foi o que revelou Marcelo Cabo em entrevista ao Timaço da Rádio Gazeta, nesta segunda-feira (18), quando disse que está fixando morada na capital alagoana, pois a família já encontrou um apartamento para morar. 
Vinda para o CSA
Marcelo Cabo esteve no estúdio da emissora, participando da resenha esportiva Bola Quente, ao lado dos dirigentes Raimundo Tavares (presidente do Conselho Deliberativo do CSA), Fabiano Melo (diretor executivo de futebol), e Hugo Leahy (superintendente administrativo), e falou sobre os objetivos, os sonhos, as conquistas que ainda pretende realizar como treinador do Azulão. relembrou também como se deu a sua vinda para o Mutange.
"Há um ano meu representante, Alex Fabiano, em nome do Raimundo, do Fabiano e do presidente Rafael Tenório, entrou em contato comigo, demonstrando interesse que eu viesse a dirigir o CSA em 2018. Eu já acompanhava bem o CSA porque alguns profissionais amigos meus estavam aqui, o Raul (lateral esquerdo), o Thales (zagueiro). A gente começa a acompanhar, o futebol alagoano subindo muito, se organizando. Lembro que eu estava no Atlético-GO e assisti à final da Série D, do CSA com o Volta Redonda, porque eu tinha sido treinador do Volta Redonda em 2015. Dali eu já comecei a acompanhar o CSA", recordou Cabo.
Segundo ele, as informações sobre o time azulino eram as melhores possíveis. E quando Alex Fabiano o telefonou e mostrou o planejamento do CSA, que estava se organizando, ele começou a se aprofundar mais sobre a ascensão do CSA no cenário nacional, com a conquista do acesso da Série D para a C e da C para a B. "A gente começou a ver que era um clube que estava se organizando muito, crescendo a sua estrutura de trabalho, pagando salários em dia. Então, quando recebi o convite, não pensei duas vezes, porque eu achei que era o momento de um clube que eu podia crescer junto com ele", afirmou.
Marcelo Cabo disse que colocou tudo isso na mesa, pesou, falou com a esposa dele, pois ambos tinham ótimas referências da cidade de Maceió e de Alagoas, segundo ele, uma cidade que para ele e a família é considerada muito boa para se morar. "Isso tudo corroborou para eu aceitar o convite e ter mais esse desafio. Eu tinha a certeza que era um clube que eu poderia crescer, emergir no cenário nacional".
O desafio era o de conquistar o Campeonato Alagoano, título que o CSA não conquistava há dez anos, e também a Série B, grande desafio do ano, que culminou com o acesso à Série A. "O desafio não era o acesso, mas era a permanência na Série B, mas quando as coisas foram sendo construídas, planejadas e executadas, cada vez que a gente via, nas reuniões com a diretoria, passou a acreditar. Quando a gente vem para o clube com a dimensão do CSA você precisa chegar sonhando e o meu sonho internamente era levar esse time à Série A. A gente foi trabalhando em silêncio e conseguimos essa conquista inédita para o CSA".
Números
Cabo comandou 59 jogos pelo CSA: foram  26 vitórias, 18 empates e 15 derrotas à frente do Azulão
FOTO: AILTON CRUZ






















Ao todo foram 59 jogos sob o comando por Marcelo Cabo, com 26 vitórias, 18 empates e 15 derrotas. O Azulão assinalou 71 gols e sofreu 48. Como mandante, tendo à frente Marcelo Cabo, o CSA jogou 29 partidas, obteve 15 vitórias, sete empates e seis derrotas, tendo assinalado 41 gols e sofrido 23. Já como visitante, foram 30 jogos, com dez vitórias, 11 empates e nove derrotas. O time azulino sob o comando de Cabo marcou 31 gols e sofreu 25.
O treinador azulino revelou, ainda, que uma das coisas que mais o seduziram foi a torcida do CSA. E lembrou do apelo da torcida do CSA recebendo o time no Aeroporto Zumbi dos Palmares, na volta a Maceió, após o jogo com a Tombense-MG. "Aquela imagem não me saiu da memória. E você quando é treinador fica sonhando com aquele momento", declarou.
Carro de bombeiros azul
Fotomontagem feita do carro do Corpo de Bombeiros na cor azul, criada por Cabo e seu filho Gabriel: sonho em desfilar pelas ruas de Maceió após acesso
FOTO: CORTESIA























Marcelo Cabo revelou um sonho muito interno de todos no CSA, à época: desfilar em um carro do Copro de Bombeiros na cor azul, cuja imagem pesquisada e encontrada na internet pelo filho dele e também seu auxiliar, Gabriel Cabo, foi a de um carro do Corpo de Bombeiros dos Estados Unidos, justamente na cor azul, a que Marcelo cabo sonhava. "Uma das coisas que a gente mais falava, no nosso dia a dia, em todas as nossas palestras (com os jogadores), era o time andar no carro do Corpo de Bombeiros azul em Maceió, com esse acesso". 
Foi então que eles fizeram uma fotomontagem desse carro do CB azul, com três personagens: o presidente Rafael Tenório, o ídolo Jacozinho dirigindo o carro e o volante Velicka representando os jogadores. "O Velicka revelou em uma das palestras que tinha o sonho de desfilar no carro do Corpo de Bombeiros. Então, criamos essa figura e nas dez últimas rodadas a gente apresentava o nosso sonho nas palestras. Isso criou um estigma, um sonho nosso que a gente incorporou", revelou.
Marcelo Cabo foi o segundo treinador a ficar um ano seguido à frente da comissão técnica do CSA. Antes, Oliveira Canindé tinha conseguido este feito à frente do Azulão.
Alagoano, Copa do Nordeste Série A
Sobre os objetivos do CSA para esta temporada, Cabo disse que tem dois objetivos e metas plausíveis, pois não adianta falar que vai chegar na disputa da Série A e a primeira meta é ser campeão. "A gente tem que viver a realidade do futebol, aquilo que a gente conhece. Mas falar em título estadual e Copa do Nordeste são metas plausíveis", observou.
CSA venceu o Salgueiro no domingo (17) e soma oito pontos no Nordestão, ocupando a 2ª colocação no Grupo B colocação no Grupo B
FOTO: AILTON CRUZ























A primeira meta no Campeonato Alagoano, de acordo com o treinador marujo é consolidar a classificação para a semifinal, depois a classificação para a final e depois o título. "Claro que o bicampeonato é um anseio nosso, e a gente vai buscar, formar uma equipe competitiva para que a gente possa conquistar", afirmou, acrescentando que na Copa do Nordeste um título inédito para o CSA é necessário ter como meta, mas primeiro o time precisa conseguir a classificação para o mata-mata da competição, onde hoje é o vice-líder do Grupo B, com oito pontos, mesmo número do pontos do líder Ceará, e do terceiro colocado, o Botafogo-PB.
Já para a Série A, Marcelo Cabo afirmou que a meta é começar forte na competição, pontuar e criar as gorduras necessárias e que poderão fazer a diferença lá na frente. "Por isso o esforço da diretoria que já me presenteou com cinco reforços (Cassiano, Apodi, Manga Escobar, Carlinhos e Ronaldo Alves), já para a Série A, e eles (dirigentes) não param de trabalhar para tentar trazer ainda este mês mais um ou dois reforços", destacou.
O treinador marujo disse, ainda, que esses reforços serão implementados dentro do Alagoano e da Copa do Nordeste, para que o clube termine essas competições já com uma base, forte e sólida para a Série A. "A gente quer iniciar a Série A já com 80% ou 90% do grupo que vai continuar para a Série A", revelou.
Ausência do jogador extremo
Treinador azulino disse que Regis se aproxima das características de um atacante extremo, que está em falta no atual elenco do CSA
FOTO: AILTON CRUZ/GAZETA DE ALAGOAS























Cabo foi questionado sobre a ausência do famoso "jogador extremo" e o técnico azulino disse que a diretoria teve dificuldade para achar esse jogador mas que no atual elenco, o lateral direito Régis se aproxima dessas características.
"Claro que tivemos um pouco de dificuldade para contratar um jogador com essa característica. Acaba de chegar o Manga que tem essa característica de romper linha, furar bloqueio e de transição. O Régis, guardadas as proporções, se assemelha um pouco, ele tem um drible para os dois lados que desequilibra uma marcação e já deu mostra disso. Costumo dizer que o Régis jogando de extrema é bem similar ao Pikachu no Vasco, jogador que é lateral e joga de extrema mas ele (Régis) tem bem mais habilidade, ele tem o drible melhor que o Pikachu", disse o treinador azulino.
Marcelo Cabo também falou que os novos contratados (Manga Escobar e Cassiano) e o atleta da base, o atacante Gérson Junior podem desenvolver essa função mas que a diretoria do Azulão irá buscar um nome para essa posição. "Temos procurado, o Manga tem essa característica, o Cassiano pode ser usado de nove ou de extremo porque também tem essa velocidade, rompe linha, mas é um extremo que pisa na área, mais nove. Então a gente tá procurando esse nome, mais um jogador com a característica do Manga para termos dois jogadores com essa qualificação. Temos hoje o Gersinho que tem essa característica, que eu gosto, é um jogador driblador e que rompe linha", finalizou o técnico marujo.
NM com Gazetaweb.com

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