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quinta-feira, 12 de março de 2020

Coronavírus deixa federação e clubes de Alagoas em alerta

O surgimento e a expansão do novo coronavírus impactou também o esporte. Em Alagoas, os dirigentes estão mobilizados, procurando a todo momento informações oficiais. O futebol está sob cuidados especiais para evitar a contaminação dos profissionais.

GloboEsporte.com conversou com representantes de clubes e da Federação Alagoana de Futebol para debater o assunto. Felipe Feijó, presidente da FAF, procurou tranquilizar os torcedores.

- A gente ainda não tem uma situação de crise. Aqui no Brasil, a situação é, de certa forma, tranquila. Então não tem motivo para ter um alerta. Até agora, está tudo muito normal. A gente está acompanhando, ninguém sabe, ao acerto, como as coisas vão se desenvolver aqui no Brasil. É certo que começaram a surgir alguns casos, mas são casos isolados. O que não pode é chegar num estágio como chegou na Itália, por exemplo.

A Confederação Brasileira de Futebol entrou na discussão e pediu uma reunião com o Ministério da Saúde para tratar sobre o tema. Um documento de 31 páginas chamado "Protocolo de tratamento do novo coronavírus (2019-nCoV)" foi enviado para grupos de clubes das Séries A, B e C, além de representantes de categorias de base.

Diretor de futebol do CRB, Rodrigo Freire comentou o assunto. A delegação regatiana chegou na tarde desta quinta de Belo Horizonte.
- A nossa preocupação é muito grande. A gente chega nos aeroportos e vê as pessoas usando máscaras, se prevenindo contra a doença. Portanto, a gente tem medo que isso possa afetar algum membro da nossa delegação. Inclusive, já conversamos com os jogadores sobre o assunto, passamos orientações de como se comportar - falou o dirigente, alertando para o risco de ter as competições paradas.

- Além disso, o nosso receio é que o coronavírus não possa afetar o calendário do futebol; como já tem afetado outros esportes pelo mundo. Deus queira que isso não aconteça aqui no Brasil.

Presidente do CSA, Rafael Tenório, falou sobre os prejuízos que a doença traz para a economia mundial, apontando negociações de jogadores.

- Para o futebol, o prejuízo é grande principalmente pelo intercâmbio entre países que importam e exportam jogadores. Isso mexe com muita coisa. O jogador que vai pra lá, que vem, aqueles que estão principalmente nos países asiáticos e agora na Europa... Tudo isso é uma coisa terrível porque não se pode mandar e nem trazer jogadores de lá. Está tudo parado. Isso vai dar um impacto muito grande na economia mundial, não só no futebol. É um problema que está se alastrando como uma epidemia.

O dirigente azulino está confiante que o problema deve ser solucionado em breve.
- Com toda preocupação mundial, imagino que logo logo será encontrada uma solução para o caso, como uma vacina, por exemplo.

Números
De acordo com o último boletim divulgado pelo Ministério da Saúde, nesta quinta-feira, às 16h, existem 1.427 casos suspeitos de coronavírus, 76 confirmados e 2.659 descartados no país. Em Alagoas, os números são de nove casos suspeitos, um confirmado e oito descartados.

NM com Denison Roma (Fotos e Texto)

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