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O retorno do futebol para os times de Alagoas está cada vez mais próximo. A Copa do Nordeste deve ser reiniciada no dia 21 de julho, a Série B do Brasileiro no dia 8 de agosto e a Copa do Brasil no dia 26 de agosto. O Estadual ainda não tem data marcada, mas a Federação Alagoana de Futebol (FAF) já se articula para que o torneio retorne antes das competições nacionais.
Além dos jogadores, outros profissionais são importantes e necessários para a execução de uma partida de futebol. E os árbitros estão entre eles. Protocolos sanitários estão sendo adotados na rotina de treinos dos clubes e também devem acontecer em dias de jogos, mas quais ações serão feitas para a segurança dos árbitros?
Na edição deste final de semana, a Gazeta de Alagoas conversou com o presidente do Sindicato dos Árbitros de Futebol de Alagoas (Sindafal), Sílvio Acioli, que vem acompanhando de perto e participando de reuniões com a FAF. Sobre as testagens para a Covid-19, ele disse que ainda não há previsão de quando devem ser feitas.
"Até o momento, a gente não tem conhecimento. Fizeram a testagem de CSA e CRB e o laboratório vai até as cidades do interior para reduzir custos dos clubes, mas para a arbitragem não estamos sabendo de nada ainda. Acredito que teremos notícias nos próximos dias".
O sindicato dos árbitros foi um dos responsáveis pelo repasse financeiro que veio da CBF e da federação. A ajuda foi uma das medidas adotadas pelas entidades a fim de diminuir os impactos que a pandemia da Covid-19 ocasionou.
Sílvio afirmou que, na parte física, os árbitros têm recebido apoio de Luigi Alpino, que direciona treinos específicos, mas disse que, no momento, o Sindicato não teria condições financeiras de custear testes para todos.
"O Sindicato não tem como [pagar testes]. Nessa pandemia, nós isentamos os árbitros da anuidade e os patrocinadores deixaram de repassar valores. Nesse momento, o Sindicato não tem condições".
Acioli ainda comentou que o importante neste retorno é que todos possam voltar em segurança, seguindo todos os protocolos. "Tudo é incerteza. A gente quer a segurança dos árbitros, das equipes e de todos os que vão fazer o espetáculo. Já há países com campeonato rolando e, graças a Deus, não tiveram problemas. Mas o que a federação decidir, o Sindafal apoia", completou.
A FAF, após parceria com um laboratório privado do Estado, vem prestando suporte aos clubes com relação aos testes da Covid-19 e, segundo o presidente da Comissão de Arbitragem da FAF, Charles Hebert, a entidade também deve ajudar os árbitros.
"A FAF vai fazer os testes antes com todos os árbitros que estão selecionados para o Campeonato Alagoano. Aqueles que estiverem com a Covid-19 serão afastados e podem voltar depois, se der tempo, já que faltam poucos jogos para o final do Estadual", disse Charles, à Gazeta de Alagoas.
A federação ainda está montando um protocolo específico para árbitros e aguarda também as medidas que serão adotadas pela CBF para unificar as ações. Charles adiantou quais ações devem estar presentes nesta retomada.
"A gente vai procurar usar o mesmo quarteto fixo de arbitragem para não misturar muito, o quarto árbitro vai usar a máscara, assistente não vai emprestar a bandeira para outro e terá álcool em gel no vestiário"
Ele afirmou ainda que dos 65 árbitros que fazem parte do quadro da FAF, seis haviam testado positivo para a doença, mas que nenhum apresentou quadro grave e que todos estão sendo monitorados. Para a parte física, Charles Hebert disse que, em razão do longo tempo que os árbitros ficaram afastados das atividades, a FAF está planejando três dias de trabalho para melhorar o condicionamento desses profissionais.
A assistente de arbitragem Brígida Cirilo também se prepara para a volta e afirmou, antes da pandemia, tinha um ritual no vestiário em dias de jogos. "A gente tem uma rotina de atuações para chegar ao campo. Por exemplo, dentro do vestiário, a gente fazia oração, e tudo com contato", revelou.
Mas, no momento, Brígida tem outra preocupação: a segurança dela e dos colegas. Ainda sem saber como o protocolo sanitário vai funcionar, ela disse à Gazeta de Alagoas que, para agora, o jeito é se reeducar.
"Na verdade, a gente vai ter que aprender a lidar com essa situação, porque não é uma coisa que vai acabar amanhã ou depois. A gente vai ter que se reeducar e ter cuidados maiores. O vírus existe e vamos precisar nos adequar, até que a vacina chegue", finalizou.
NM com Débora Rodrigues via Gazetaweb.com
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