FOTO: AILTON CRUZ |
Apesar de ainda depender da liberação do governo do estado, a expectativa da
Federação Alagoana de Futebol (FAF) é reiniciar o Campeonato Alagoano ainda esse mês. Em reunião com os clubes na tarde desta terça-feira, 7, foi lançada a data de 25 de
julho como sugestão para a possível volta e alguns clubes já começaram a se
movimentar para organizar a parte logística e pensar nas contratações.
Algumas equipes têm, inclusive, reunião marcada para esta quarta-feira, 8, para discutir
os rumos desse possível retorno e de que forma irão remontar o elenco para finalizarem
a competição.
O fato é que como o momento é incomum a Federação abriu algumas exceções e os
clubes poderão contratar novos jogadores, até mesmo aqueles que já tinham excedido o
número de contratação. Sobre o assunto, a equipe do Amistoso AL conversou, com
exclusividade, com o presidente do CSE, José Barbosa, que ressaltou que o tricolor
perdeu cerca de 12 jogadores com a paralisação e que terá que contratar boa parte do
time para poder competir.
Destaca, porém, que foi discutida e aprovada por maioria na reunião de ontem a
possibilidade da contratação de jogadores que atuaram em outras equipes do estado
para suprir a carência dos times e evitar maiores custos. “As equipe vão poder contratar
atletas do próprio estado e isso vai evitar que a gente tenha mais gastos com os
jogadores de fora porque, apesar de a CBF não cobrar algumas taxas, temos a
transferência que é exigida de Federação para Federação e que sai, no mínimo, por R$
1.500 reais. Sem contar na viagem de ida e volta desses atletas, pois muitos vêm do sul e
sudeste e o custo de avião é mais elevado”, explica.
Barbosa acrescenta que a equipe vai priorizar os jogadores locais, mas não irá descartar
a possibilidade de trazer atletas de fora. “Vamos tentar minimizar os gastos desnecessários”.
Sobre a reunião com a FAF, Barbosa ressaltou que a postura do clube é a de sempre
priorizar a vida, porém disse que é preciso pensar no calendário dos outros times, que
ficará prejudicado com uma maior paralisação. “O valor principal é o da vida, mas
sabemos que a pandemia só irá acabar quando todo mundo contrair o vírus ou com a
criação de uma vacina, que não está tão perto. Então para que o prejuízo não seja maior,
o CSE aceitou o recomeço porque entende que a paralisação vai atrapalhar muito os
calendários de CSA, CRB, Coruripe e Jaciobá e esse prolongamento deve se estender
ainda para 2021”.
E conclui: “quanto mais rápido isso for concluído, melhor. Teremos dificuldade de cumprir
o protocolo, mas faremos o possível e o impossível para cumpri-lo”.
CEO
Procurado pela nossa reportagem, o diretor financeiro do Centro Esportivo
Olhodaguense (CEO), Henrique Martins, comunicou que existe uma reunião marcada
para a noite desta quarta-feira, 8, com os dirigentes, para discutir o assunto e tomar as
medidas necessárias a essa preparação.
Jaciobá
Já o presidente recém-eleito do Jaciobá, Lucilo Brandão, disse, em entrevista ao Portal,
ver de maneira positiva o retorno do futebol alagoano, já que em quase todo o país já
estão sendo retomadas as atividades. Segundo ele, a FAF se comprometeu em arcar com
as medidas sanitárias exigidas e o fornecimento de máscaras e utensílios para proteção
dos profissionais.
Lembrando que recentemente o clube anunciou parceria com o CSA, que irá ceder seus
jogadores de base para a disputa da Série D do Brasileiro.
Coruripe
Ao Amistoso AL, o superintendente do Verdão Praiano, Franciney Joaquim, disse
entender que o Campeonato tem que ser entregue aos patrocinadores e à torcida, até
para não causar imbróglio jurídico, e se mostrou favorável ao retorno desde que, claro,
consiga ter um incentivo financeiro para a montagem do elenco e logística dos jogos.
Ele reforçou que o clube quitou todas as pendências com os atletas do estado e até o
final do mês deve finalizar o pagamento dos sete atletas de fora. Explicou que, para o
retorno, depende de aporte de verbas que o clube está esperando receber: uma parte da
cota de TV da CBF, de parcelas do governo em relação ao Campeonato Alagoano e
também da FAF, como compensação para a perda de receita ao time que não enfrenta
CSA e CRB em casa.
“Esses repasses irão nos ajudar a nos organizar para essa volta, mas dependemos,
também, de uma posição mais específica em relação a data, pois uma vez contratados os
jogadores teremos que arcar com alimentos, suplementos e todos os gastos previsíveis
de uma competição. Além do que temos que contatar patrocinadores e fazer acordo com
esses atletas”, colocou.
Murici
O Murici, através de assessoria, informou que aguarda o decreto do governo sobre a
liberação dos treinos do interior e a data do Campeonato Alagoano para se organizar
quanto ao assunto. Ressaltou também a necessidade dessas definições para que os
atletas possam treinar e os clubes possam se programar para um possível reinício das
partidas, como com o recrutamento de atletas, assinatura de contratos e exames
médicos. Destacou, inclusive, que a cidade constatou, atém ontem, 284 casos
confirmados de Covid-19 e 10 óbitos.
ASA
Em entrevista a uma rádio de Arapiraca nesta terça-feira, 7, o presidente do ASA, Celso
Marcos, informou que terão que fazer um plano de emergência para poderem cumprir
com as demandas do campeonato e que também nesta quarta (8) seria realizada uma
reunião com a diretoria e colaboradores para reorganizar os trabalhos.
Apenas as equipes do ASA e Murici votaram contra o retorno do Estadual no encontro
ocorrido com a FAF. CSA e CRB retornaram há duas semanas os treinos em preparação
para o início do Brasileirão Série B e aguardam também a definição sobre o
prosseguimento do Estadual.
NM com Amanda Farias via Amistoso AL
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