O técnico Marcelo Cabo tem motivos de sobra para comemorar mais um título alagoano. É o terceiro estadual consecutivo conquistado pelo treinador do CRB. Antes, ele havia ganho dois com o CSA.
Após a finalíssima deste ano, o treinador falou como estudou e neutralizou o adversário para o Galo sair de campo com a 31ª taça de campeão alagoano.
- A gente conseguiu um gol de bola parada. A gente trabalhou bastante, eu sabia que tinha que abrir esse escanteio mais um pouco pra tirar do Alan (Costa). Ele no último jogo conseguiu cortar todas as bolas.
"Acabou que a gente conseguiu fazer um gol similar ao que tomou no último clássico".
Sobre a estratégia para a decisão, ele explicou que o CRB precisou mudar.
- A gente fugiu um pouco da característica da nossa equipe, não começou marcando pressão, bloco alto, como a gente gosta. Teve que baixar a linha, fazer um jogo mais encaixado para não ter um desgaste maior com a marcação pressão - disse o treinador, lembrando ainda o desgaste dos jogadores pela maratona de jogos.
- A gente tinha muitos jogadores debilitados hoje. Foi feito o CK às 16h e aí eu quero parabenizar o departamento médico, a nossa preparação física, todo o trabalho que eles fizeram de recuperação.
Confira outros trechos da entrevista do técnico do CRB
As alterações
- Perdemos o Jatobá no início do jogo, mas colocamos o Washington pela sua experiência, pelo seu legado, pelo momento de decisão... E eu sabia que o Washington ia nos ajudar muito. Aos 20 do segundo tempo, eu tive o Magno e o Diego cansados pela sequência de jogos, então a gente precisava controlar esses jogadores. E no final a gente precisava controlar bem esses jogadores. E os jogadores que entraram foram bem.
- No final, como eles colocaram dois atacantes bem enfiados, eu resolvi colocar três zagueiros pra fazer essa marcação na bola aérea. A gente sabia que eles iam buscar o Michel e o Alecsandro e, então, a gente casou lá o 3-6-1, muito bem elaborado, e acabou que funcionou bem.
A palestra para a decisão
- Talvez, hoje eu tenha feito uma das melhores palestras da minha carreira. A gente falou da força da nossa família, da força desse elenco desde janeiro, falou sobre o deserto que passou nessa pandemia, a gente sabe que ainda está no meio dela, a gente está vivendo um novo normal, a gente teve que se superar bastante pra chegar até aqui.
O sentimento por mais um título
"Eu me sinto muito lisonjeado em ganhar o meu terceiro título estadual consecutivo."
- Mas o mais importante era conquistar esse título hoje para dar solidez ao nosso trabalho. Agradeço muito a Deus, ele é o rei dos reis, eu sou só um servo, filho dele.
- É um título que a gente buscava bastante, desde a nossa apresentação, um título que a gente gostaria muito de presentear toda a torcida, agradecer à diretoria pela confiança da minha contratação, e foi um campeonato estadual atípico. A gente tinha que jogar de dois em dois dias e eu quero parabenizar toda a equipe de trabalho.
O momento atípico com a pandemia
- Eu também gostaria de deixar uma mensagem de paz para todos. Que a gente continue muito atento porque essa doença é muito perigosa, a gente usou muito o união de família. A gente vinha de uma derrota num clássico para o CSA, vinha de um empate contra o ASA, onde a gente havia jogado bem, e a gente conseguiu corrigir o que precisava corrigir.
NM com Denison Roma
Foto: Ailton Cruz
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