O técnico Roberto Fernandes espera definir o futuro dele no CRB na tarde desta terça-feira. Em entrevista ao ge/AL, o treinador revelou que vai sentar com um grupo de conselheiros para, se tudo der certo, acertar a permanência no comando da equipe.
- Eu tenho uma conversa hoje, o clube passa por um processo de eleição, eu fui chamado para conversar hoje com o pessoal e, por enquanto, eu não tenho participado de nenhum processo de formação de elenco. Não tem cabimento eu participar disso sem estar efetivamente renovado ou não. Pelo que eu sinto, há o interesse de todos os segmentos do clube, tem o meu interesse também, mas o que está adiando é esse processo do clube - disse o técnico, confiante no acerto.
- Como sou um cara otimista, acredito que haverá a minha renovação, até porque eu diria que já estamos super atrasados na questão da formação de elenco. Já estamos perdendo jogadores, o mercado está absorvendo jogadores, muitos jogadores que eu tinha mapeado já acertaram com outros clubes e aí começa a preocupar.
Roberto Fernandes fez um balanço do trabalho à frente da equipe regatiana.
- O balanço é muito positivo. Pela campanha que foi feita, se levar em consideração que, na hora que eu assumi a equipe, ela vinha de sete jogos sem vencer e depois ela vence seis em nove jogos, é uma virada muito grande de atitude, de futebol e de resultado.
Para ele, faltou um pouco mais de tempo para deixar o Galo numa condição ainda melhor na Série B.
- Então, na hora que você bate esses números fica a sensação, não só do torcedor, mas de todos, de que se a gente tivesse um pouco mais de gordura pra queimar, talvez, tivesse ido mais longe. Eu acredito nisso perfeitamente.
Perguntado como mudou radicalmente o desempenho do time, o treinador explicou os três principais motivos.
- Em primeiro lugar, a aceitação do trabalho pelo grupo dos atletas. Número dois: a gente tentou simplificar um conceito de jogo onde eu entendia que, naquele momento, não adianta você tentar algo muito fora da curva e sobretudo, no momento em que o time estava, era passar confiança. E o terceiro ponto foi o trabalho de campo - citou, detalhando como mudou o posicionamento dentro das quatro linhas.
- Por aí, a gente buscou alguns ajustes, começando pela defesa. Em cinco jogos em casa, sofremos dois gols. Então, a equipe passou por ajustes e sem querer ser uma equipe defensiva. Em todos os jogos em casa, com exceção do último, contra o Cuiabá, nós jogamos apenas com um volante. Mesmo quando não contamos com o Claudinei, usamos o Jatobá. Então não foi questão de encher de marcadores, e sim de posicionamento dentro de campo.
Roberto Fernandes ainda avaliou a Série B de 2020 e disse o que foi preciso para se dar bem na competição.
- Eu acompanhei bem a Série B e, com respeito a todos os participantes, mas ela foi muito nivelada tecnicamente. O que prevaleceu foi regularidade e não um super time. A Chapecoense, o América-MG, o Cuiabá não tinham super times. Foram times competitivos e que tiveram regularidade.
Roberto Fernandes chegou ao CRB na 30ª rodada com a missão de salvar o time do rebaixamento. Em nove partidas sob o comando do treinador, o Galo venceu seis jogos e perdeu três; aproveitamento de 66,6%. Com o técnico, a equipe marcou 18 gols e sofreu nove.
NM com Denison Roma
Foto: ASCOM CRB
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