Em toda história do Brasileirão, 17 times diferentes já foram campeões. Até seis deles poderão estar fora da competição em 2021, relegados à Série B e, por outro lado, elevando o patamar da competição de acesso. Se confirmado este número, será o recorde da história, sinal dos tempos de um futebol brasileiro em transformação.
Cruzeiro e Guarani já possuem a companhia confirmada do Botafogo, lanterna da Série A. É certo também que ao menos mais um campeão brasileiro (entre Coritiba, Vasco, Bahia e Sport) será rebaixado, fazendo com que a edição de 2021 da Série B iguale o número de campeões das competições de 2005 (Grêmio, Bahia, Sport e Guarani) e 2006 (Atlético-MG, Guarani, Coritiba e Sport) e seja a edição mais “pesada” em termos de títulos dos últimos dez anos.
Dentre os campeões, quem está mais ameaçado é o Coritiba, com 99% de risco de queda e dependendo quase de um milagre.
Existe ainda a possibilidade de todos os quatro rebaixados neste ano serem antigos campeões brasileiros.
Atualmente o Vasco é o primeiro time no Z4. O Bahia é o primeiro fora. Se os dois forem ultrapassados pelo Goiás, que tem quatro pontos a menos mas está em ascensão, seriam seis campeões brasileiros na Série B em 2021.
A presença de tantos clubes com títulos nacionais no currículo na Série B deverá elevar o nível de uma competição que há muito tempo já deixou de ser uma temporada “tranquila” para os grandes que eram rebaixados — o Cruzeiro que o diga, com toda a dificuldade que enfrentou na edição de 2020.
Para evitar seu quarto rebaixamento, o Vasco tenta juntar os cacos da derrota para o Fortaleza, na quarta-feira. A diretoria se reuniu ontem e terá novo encontro hoje de manhã para tentar encontrar medidas que possam ajudar os jogadores e o técnico Vanderlei Luxemburgo nos três jogos que restam, contra Internacional, Corinthians e Goiás. Não está descartada a oferta de um bônus ao elenco.
Já o Botafogo, que apenas cumpre tabela, negociou ontem Pedro Raul com o Kashiwa Reysol, do Japão, por US$ 2 milhões (R$ 10,7 milhões). Com a venda, o alvinegro evita ter que pagar uma cláusula de 1,5 milhão de euros (R$ 9,8 milhões) prevista em contrato que obrigava o clube a adquirir 70% dos direitos do atleta. Os outros 30% são do Vitória de Guimarães (POR).
NM com O GLOBO
Foto: Marcelo Theobald / Agência O Globo
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