O final do primeiro semestre no CSA tem sido, no mínimo, conturbado. Além dos resultados não chegarem como era esperado, o clube tem tido dificuldades em um setor importantíssimo: o ataque. O setor tem sido extremamente criticado, tanto pela torcida azulina como pela imprensa esportiva, e, apesar das soluções do técnico Mozart, o problema ainda não foi solucionado.
Isso ficou escancarado no início da Série B. Nos seis primeiros jogos, a equipe balançou as redes em apenas três oportunidades, com três atletas diferentes: Dalberto, Didira e Lourenço. O interessante é que, no momento, nenhum dos três é uma unanimidade entre os titulares.
O problema foi enaltecido novamente na noite dessa terça-feira (10), no confronto do CSA com o América-MG, na volta da 3ª fase da Copa do Brasil. Precisando de quatro gols para passar de fase, o time marujo foi praticamente inofensivo na hora de atacar. Durante os 90 minutos, segundo o FootStats, o Azulão finalizou 12 vezes, só que apenas três delas foram na direção do gol.
Um lance que pesou muito foi na chance de Bruno Mezenga, aos 42 minutos do segundo tempo. O atacante chegou livre na pequena área, apenas para empurrar a bola para o gol, mas acabou desperdiçando a oportunidade. A fatalidade acabou chamando atenção para o problema novamente.
Ainda mais, durante a transmissão da partida, houve comentários na emissora de TV justamente sobre as contratações de Mezenga e Rodrigo Rodrigues, vindos com status de goleadores e com o objetivo de serem artilheiros na temporada e poderem substituir Dellatorre, mas que, até agora, não desempenharam seus papéis de atacantes, de mandar a bola no fundo das redes.
No caso de Bruno Mezenga, por exemplo, ainda não conseguiu marcar nenhum gol com a camisa azulina. Ao todo, ele participou de sete duelos. Quanto a Rodrigo Rodrigues, parece estar numa fase ainda pior. Apesar de ser o artilheiro do CSA em 2022, com 11 gols marcados, o centroavante é bastante criticado pela torcida. Inclusive, nem foi relacionado para o embate contra o América Mineiro.
O problema ofensivo é escancarado, principalmente quando o CSA joga longe de Maceió. Todas as vezes que jogou fora de casa na Série B, o time passou em branco, contra Ituano (0x0), Brusque (2x0) e Vasco (1x0). Inclusive, a última vez que marcou mais de um gol em uma partida de nível nacional foi contra o Paysandu, na 2ª fase da Copa do Brasil, quando venceu por 4 a 1.
Mozart, inclusive, tem sofrido para escalar o ataque azulino. Já alternou as posições e os jogadores diversas vezes. E nada, não obteve nenhum resultado satisfatório. Contra o América, apostou em quatro atacantes, já contra o Vasco, alternou entre um 4-4-2 e um 4-3-3. A última vez que o treinador marujo colocou o mesmo ataque em dois jogos seguidos foi na sequência contra Brusque e Sport, com Osvaldo, Dalberto e Mezenga. Inclusive, este trio é o mais utilizado.
Segundo as estatísticas, o CSA é o nono clube que mais finaliza na Série B, porém, com taxa de 31% de acertos. Mesmo até que bem posicionado, o Azulão é o pior ataque, ao lado de Guarani e Ponte Preta.
Reapresentação
Depois do tour por Rio de Janeiro e Minas Gerais, o CSA retornou a Maceió nesta quarta-feira (11). Contudo, a reapresentação dos atletas, focando no embate com o Operário Ferroviário, no sábado (14), só acontece nesta quinta-feira (12), às 14h30.
NM com Guilherme Magalhães
FOTO: Ailton Cruz
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