O CRB foi para o intervalo do jogo contra o Athletico, nesta terça, pela Copa do Brasil, vencendo por 1 a 0 na Arena da Baixada. Até o empate classificaria o time para as oitavas de final. No intervalo, preocupado com o avanço do adversário, o técnico Umberto Louzer fez uma mexida diferente. Trocou o atacante Mike pelo zagueiro Gum e montou uma linha de cinco defensores.
Não funcionou. O Athletico imprensou o CRB na etapa final, venceu de virada por 2 a 1, gols do volante Alex Santana, e conquistou a vaga nos pênaltis, ganhando por 4 a 2. Na coletiva, Louzer explicou qual foi a sua intenção ao mudar o esquema tático de seu time.
Ele achou que o adversário empurrou o CRB para seu campo no final do primeiro tempo, pressionou, e sua intenção era aumentar o poder de marcação.
- A gente entendeu que precisava alargar mais a linha, até porque eles tinham dois atacantes de ofício e a gente iria ter inferioridade. Eu teria que trazer o Auremir para dentro e ele iria ter rodagem de frente de área. É o cobertor curto. A equipe deles se atirou e, infelizmente, a gente não conseguiu neutralizar, mas a ideia era justamente alargar a linha e ter uma linha mais longa, com cinco homens... O Gum é um especialista em bola aérea... - explicou o treinador, e prosseguiu:
- O Athletico estava usando somente desse expediente, de bola de corredor, diagonal longa e cruzamento dentro da área. Então nossa ideia era aumentar a área, pra continuar ganhando essa bola. Já tivemos dificuldade no final do primeiro tempo, por isso a nossa ideia de trocar, e infelizmente, por mérito do adversário também, pela qualidade, pela capacidade de seus atletas, foram felizes, insistiram e conseguiram fazer o gol que levou às penalidades. Infelizmente, a gente não conseguiu vencer na disputa de pênaltis e sair classificado, mas a equipe, mesmo jogando com essa linha de cinco, teve três possibilidades no segundo tempo de fazer gol.
Louzer disse que a derrota do CRB não veio por causa da estratégia, mas por mérito do Athletico, que tem ótimo desempenho na Arena da Baixada e foi vice-campeão da Libertadores no ano passado
- A ideia era pra que a gente pudesse neutralizar as jogadas de lado do adversário, ter peso de área, que eles estavam entrando com quatro, então a gente precisava de um homem a mais dentro da área e também ter proteção de frente da área, de funil. Infelizmente, muito também em função da capacidade, da qualidade do adversário, a gente não conseguiu sair daqui com o objetivo alcançado.
NM com GE
Foto:REVM
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