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terça-feira, 25 de outubro de 2016

Pepe é o 1º alagoano a ser indicado ao prêmio Bola de Ouro

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O zagueiro Pepe está entre os 30 indicados ao tradicional prêmio Bola de Ouro, da revista France Football. O jogador é o primeiro alagoano a integrar a lista da premiação. Jogador do Real Madrid e da seleção de Portugal, o maceioense venceu a Liga dos Campeões da Europa e a Eurocopa deste ano.
Pepe tem 33 anos e iniciou a carreira nas categorias de base de CRB e Corinthians Alagoano, vindo a despontar no futebol quando passou a vestir a camisa do Marítimo, de Portugal. Naquele país, ele também defendeu o Porto, onde ficou conhecido mundialmente.
Em 2007, o Real Madrid desembolsou 30 milhões de euros para contratar o alagoano, clube que defende até os dias atuais. Com o Real, Pepe conquistou duas ligas espanholas, duas copas do Rei, duas Ligas dos Campeões e um Mundial de Clubes. Pela seleção lusitana, além de ter sido campeão da Eurocopa, foi considerado o melhor jogador na partida final de sua última edição.
Vale lembrar que a premiação da Bola de Ouro não mais é considerada, oficialmente, determinante na escolha do melhor jogador do mundo. Em 2016, a revista France Football e a FIFA romperam a parceria de cinco anos para escolha do grande vencedor - neste quesito, a lista da entidade máxima do futebol mundial ainda não foi divulgada.
A Bola de Ouro da Revista France Football existe desde 1956. Porém, somente a partir de 1996 é que passou a ser entregue para jogadores de todo o mundo - antes, somente europeus eram contemplados.
Além de Pepe, o atacante Neymar, do Barcelona, também foi indicado.
Confira a lista completa:
Agüero (Manchester City/Argentina)
Aubameyang (Borussia Dortmund/Alemanha)
Bale (Real Madrid/País de Gales)
Buffon (Juventus/Itália)
Cristiano Ronaldo (Real Madrid/Portugal)
De Bruyne (Manchester City/Bélgica)
Dybala (Juventus/Argentina)
Godín (Atlético de Madrid/Uruguai)
Griezmann (Atlético de Madrid/França)
Higuaín (Juventus/Argentina)
Ibrahimovic (Manchester United/Suécia)
Iniesta (Barcelona/Espanha)
Koke (Atlético de Madrid/Espanha)
Kroos (Real Madrid/Alemanha)
Lewandoswki (Bayern de Munique/Polônia)
Lloris (Tottenham/França)
Mahrez (Leicester/Argélia)
Messi (Barcelona/Argentina)
Modric (Real Madrid/Croácia)
Neuer (Bayern de Munique/Alemanha)
Payet (West Ham/França)
Porgba (Manchester United/França)
Rui Patricio (Sporting/Portugal)
Suárez (Barcelona/Uruguai)
Sergio Ramos (Real Madrid/Espanha)
Thomas Müller (Bayern de Munique/Alemanha)
Vardy (Leicester/Inglaterra)
Vidal (Bayern de Munique/Chile)
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quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Como Paulo Schmitt, do STJD, ganha milhões com o basquete brasileiro

  • Procurador-geral do STJD ganhou seis licitações na CBB, contra os mesmos rivais em todas
    Procurador-geral do STJD ganhou seis licitações na CBB, contra os mesmos rivais em todas
Você já deve ter ouvido falar de Paulo Schmitt, o procurador-geral do STJD, em assuntos relacionados ao futebol. O que provavelmente não sabe é que ele reina soberano no basquete. Ganha R$ 35 mil mensais para prestar assessoria jurídica para a CBB. E, desde o ano passado, está invicto: venceu as seis licitações –em todas, superou as mesmas duas empresas concorrentes, ambas de pessoas muito ligadas a ele-, para prestar assessoria jurídica para a CBB em convênios com o Ministério do Esporte. A reportagem teve acesso a ampla documentação e constatou que mesmo sem calcular o ganho de alguns dos contratos, a empresa de Schmitt, a "Praxis Consultoria e Informação Desportiva", somará mais de R$ 3 milhões, em uma estimativa conservadora, pelos contratos já garantidos.
Assim, a Praxis vende o serviço de consultoria jurídica para a CBB em distintas situações: uma como o prestador oficial de assessoria jurídica da CBB, de maneira global (contrato de quatro anos. assinado em 2013, com validade até 2017). E outra pontualmente, a cada convênio assinado entre a entidade e o Ministério do Esporte. Os gastos com a assessoria do advogado são de verba pública. Até o rompimento do contrato entre Eletrobras e CBB, em 2014, a assessoria jurídica fixa era debitada no contrato do patrocinador. E as assessorias pontuais de convênios são da conta do Ministério do Esporte.
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Documentos mostram licitações vencidas por Paulo Schmitt em contratos da CBB7 fotos

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Editais de licitação da CBB (Confederação Brasileira de Basquete) para assessoria jurídica em convênios com o Ministério do Esporte têm cláusula que pede experiência de pelo menos dois anos com prestação de serviço a entidades esportivas, preferencialmente de basquete. Reprodução / UOL Esporte
No contrato anterior ao vigente, Paulo Schmitt recebia R$ 30.000,00 por mês. De acordo com as notas obtidas pela reportagem através da Lei de Acesso à Informação e que constavam da prestação de contas da CBB para a Eletrobras, pagos normalmente em duas notas mensais, nos dias 16 e 30 de cada mês, divididos em R$ 18.200,00 e outra nota de R$ 11.800,00. Pagos desde o mês da posse de Carlos Nunes, em maio de 2009. Ao assinar o novo contrato que subiu o valor mensal, em junho de 2013, de acordo com e-mail de Paulo Schmitt para a CBB, constante na prestação de contas, o consultor jurídico aponta para dívida de R$ 210.000,00 por parte da CBB, a ser pago em sete prestações de R$ 30.000,00 a partir de junho de 2013, além da verba do novo contrato. O objeto das notas é sempre "consultoria em direito e justiça desportiva conforme termo de contrato".
Nos editais de licitação da CBB para assessoria jurídica nos convênios com o Ministério do Esporte, há uma cláusula que praticamente garante e explica a invencibilidade de Paulo Schmitt nas concorrências, sempre realizadas pelo tipo "Técnica e Preço". No item "Requisitos", está a seguinte exigência: "Experiência de no mínimo 2 anos quanto a prestação do serviço para entidades esportivas de modalidades coletivas, sendo um diferencial a prestação de serviços para equipes de basquetebol, adultas e base, ter participado de eventos relacionados a seleções estaduais de basquetebol de base de abrangência nacional, atendendo a todos os requisitos necessários e as exigências que a modalidade exige, com padrões nacionais e internacionais. Devem apresentar comprovação de serviços relacionados, através de declarações de entidades desportivas e atestado de capacidade técnica". Considerando que é a empresa do procurador do STJD que presta assessoria para a entidade do basquete, verifica-se um caso clássico onde se considera existir cláusula restritiva e de direcionamento da licitação.
As seis licitações analisadas pela reportagem, ganhas por Schmitt (Praxis Consultoria e Informação Desportiva), convênios entre o Ministério do Esporte e a CBB entre 2014 e 2015, tiveram como objeto: "Campeonato Brasileiro de Base", "Seleção Adulta Masculina", "Seleção Adulta Feminina", "Campeonato Brasileiro de Seleções Sub-17", "Ações CBB de junho a setembro de 2014", "Campeonato Brasileiro de Seleções Sub-15 2015". Em todas as seis concorrências ganhas pela Praxis, os outros candidatos foram a "Silveira e Hostins Advogados Associados" e a "Scopo Sports Assessoria Desportiva". O veredito da comissão de licitação é invariavelmente a vitória de Schmitt "por obedecer todos os itens contidos no Edital e oferecer o menor preço".
Os perdedores de todas as licitações também são nomes próximos a CBB e entre eles. A "Silveira e Hostins Advogados" tem entre os sócios Luciano Hostins, membro da Segunda Comissão de Procuradores do STJD do Futebol, (no qual Paulo Schmitt é o Procurador-Geral), além de prestador de serviço para a CBB e da gestão Carlos Nunes. Além de representarem a entidade a quatro mãos com Schmitt no processo movido pela Eletrobras contra a instituição, Hostins e Schmitt estiveram juntos na Assembleia Geral da CBB de 4 de maio de 2009, que elegeu Carlos Nunes presidente. Procurador da Federação de Mato Grosso do Sul na ocasião, Schmitt presidiu a assembleia e a votação. E convocou Hostins, que era o procurador da Federação de Rondônia, para ser o Secretário da sessão, como mostra a ata, registrada no 12º Ofício de Notas do Rio de Janeiro.
A outra empresa que se repete como perdedora nas licitações é a "Scopo Sports Assessoria Desportiva", representada nas disputas por Itamar Luiz Monteiro Côrtes, de Curitiba, assim como Schmitt, que aparece no site da Scopo Sports exaltando o trabalho de Itamar Luiz, como "um dos 10 melhores, espécie de top ten". O site exalta ainda o êxito na defesa dos clientes Coritiba e Paraná Clube no TJD e no STJD ano a ano, mostrando porcentagens sempre acima de 90% "dos casos julgados como absolvições ou desclassificações com condenação mínima e multa".
Entre as seis licitações analisadas, ganhas por Schmitt, verifica-se em uma delas, a do Convênio 7901, "Projeto de Preparação da Seleção Brasileira Adulta Feminina 2015/2016 (Cotação Prévia de preços 006/2015), a tão frequente prática do uso de aditivos em concorrências. Os três concorrentes habituais, Praxis, Scopo e Silveira e Hostins entraram na disputa. A Praxis apresentou proposta de R$ 5.000,00 mensais durante 15 meses. A de Hostins fez proposta de R$ 10.000,00 mensais e a Scopo apresentou preço de R$ 8.000,00. No mesmo dia 27 de julho, as três apresentam aditivo das propostas por mais 4 meses além dos 15 anteriores. E no dia 31 de julho a Praxis é declarada vencedora.
Com os homens o trabalho é mais caro. Na licitação do "Projeto de Preparação da Seleção Brasileira Adulta Masculina 2015/2016", mudou apenas o valor, sendo o vencedor o de sempre. Apenas R$ 500,00 separaram a proposta da Praxis e da Hostins. A empresa de Schmitt, com orçamento de R$ 12.500,00 mensais, levou. A Scopo fez proposta de R$ 14.000,00 mensais entre agosto de 2015 e julho de 2016.
A atual "Comissão Permanente de Licitação" da CBB, formada em 20 de maio de 2014, tem como presidente o secretário geral da entidade, Édio José Alves e os demais integrantes Mariçair Ribeiro da Silva, Márcia Cristina Bernardes Marinho e Tatiana Petini Mota, todos com cargos na confederação.
Além de Procurador-Geral do STJD do Futebol, Paulo Schmitt presta assessoria jurídica, além da CBB, para a Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC), Confederação Brasileira de Handebol (CBHb) e Confederação Brasileira de Ginástica (CBG).
Procurada diversas vezes pela reportagem para falar sobre as licitações e a relação com assessoria de Paulo Schmitt, a CBB não respondeu. A reportagem enviou questões para Schmitt sobre a razão de cobrança por assessoria jurídica específica em relação aos Convênios entre a CBB e o Ministério do Esporte, já tendo um contrato geral de assessoria jurídica com a entidade, perguntando se não existiria duplicidade na cobrança. E questionou ainda o fato de todas as licitações terem sido ganhas por ele. O advogado afirmou que "não há duplicidades em contratos ou pagamentos relacionados a área jurídica da CBB, mesmo porque os objetos dos contratos são distintos e eventualmente dedutíveis". Sobre a invencibilidade nas licitações da CBB, afirmou: "Apresentamos nossas propostas de preços e documentos de habilitação, qualificação jurídica e técnica para participação em licitações ou cotações como qualquer outra empresa ou escritório quando requerido. Compete as entidades contratantes a análise e seleção da proposta mais vantajosa".
Luciano Hostins, da Silveira e Hostins, e Itamar Luiz Monteiro Côrtes, da Scopo Sports, também foram procurados para falar sobre o fato de perderem sempre a concorrência para Schmitt. Côrtes respondeu: "As licitações de federações e confederações levam em conta a qualidade técnica e também o preço. Como somos especializados na área desportiva, nosso preço talvez seja um pouco acima do mercado. Tal situação inviabiliza muitas vezes ganharmos as licitações, seja na CBB ou em outra entidade desportiva. As regras são transparentes e vence quem preenche os requisitos e tenha um preço menor. Por outro lado, se a proposta for baixa não nos compensa comercialmente devido a demanda de trabalho e responsabilidade que envolve".
Consultado, o Ministério do Esporte limitou a resposta sobre o assessoramento pontual, a cada convênio feito com a entidade pelo órgão governamental: "Não há impedimento legal. Conforme a Portaria Interministerial nº 507/2011 (MPOG/CGU/MF), o proponente pode usar até 15% do valor do objeto do convênio para despesas administrativas, desde que demonstradas no respectivo plano de trabalho", sem responder sobre existir pagamento para assessoria fixa.
NM com Uolesportes.com
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domingo, 9 de agosto de 2015

Vila Olímpica Lauthenay Perdigão sofre com a falta de investimento

Alunos jogam futsal em uma das quadras da Vila Olímpica (Foto: Jota Rufino/GloboEsporte.com)Alunos jogam futsal em quadra com rede rasgada (Foto: Jota Rufino/GloboEsporte.com)
São cinco anos desde a inauguração. Nesse meio tempo, muitos altos e baixos. Problemas pela falta de investimentos e estrutura são evidentes na Vila Olímpica Lauthenay Perdigão, no conjunto Village Campestre, Maceió. O complexo esportivo se localiza em um bairro onde a criminalidade e a desigualdade chamam a atenção.
Inaugurada em 2010, a vila está sob a direção da Secretaria de Esporte e Lazer (Semel). Foram investidos R$ 8 milhões na construção do complexo, que tem um campo de futebol, duas quadras para as práticas do futsal, basquete, vôlei e handebol, uma pista de atletismo, e espaço de sobra para atividades esportivas e de lazer. 
Lauthenay Perdigão, jornalista e historiador, acompanhou de perto a vida na vila, criou diversos campeonatos de futebol, mas se afastou, principalmente em razão dos problemas e limitações encontrados. Segundo ele, ficou orgulhoso por ter seu nome gravado no projeto, mas se entristeceu depois por saber que ainda falta muito para que o espaço se torne exemplo no esporte e crie ídolos para Alagoas.
- Para mim é bom, é legal, fico satisfeito pela homenagem. Quando começou o projeto não iria levar meu nome, ia ser o de outra pessoa, só no fim da construção que o ex-prefeito Cícero Almeida decidiu pôr meu nome. Eu não me preocupo muito com isso. Queria mesmo era estrutura qualificada na vila, pois eu penso nas oportunidades que nossos atletas teriam se as coisas lá fossem melhoradas, que tivesse uma quadra de tênis apta para o esporte, um ginásio, piscinas, uma pista de atletismo mais qualificada, coisa que não é, e isso me entristece. Falta muita coisa, é torcer para que no decorrer dos anos melhore - declarou.
Lauthenay Perdigão registrou por anos os arquivos do Alagoano (Foto: Estéfane Padilha / Globoesporte.com)Lauthenay diz ter se afastado da vila pela falta de investimento (Foto: Estéfane Padilha / Globoesporte.com)
Apesar dos problemas comuns, como falta de verbas, além de manutenção nas quadras e no campo, a vila se mantém aberta diariamente com atividades proporcionadas pelos professores e parceiros, que caminham de mãos dadas para ofertar à população da região oportunidades de estar em contato com o esporte. A coordenadora da Vila Olímpica, Brígida Cirilo, falou ao GloboEsporte.com sobre as modalidades praticadas e o objetivo delas.
- Esse projeto vai fazer cinco anos. A gente aqui anda praticamente sozinhos, precisa-se de um auxílio maior, como distribuição de lanches, outras coisas para segurar o aluno, e aqui não temos, vai mais pela criatividade do professor. Hoje atendemos várias modalidades esportivas, tudo como iniciação ao esporte, nada em questão de rendimento. Tudo aqui é mais voltado para a área de tirar as pessoas da ociosidade, das drogas, pois a área da vila é bem vulnerável a isso. Para isso, temos professores formados, alguns estagiários de educação física, e dividimos eles pelas modalidades que se identificam - explicou.
Em algumas partes o campo tem falhas no gramado (Foto: Jota Rufino/GloboEsporte.com)Falta grama em muitas partes do campo da vila (Foto: Jota Rufino/GloboEsporte.com)
Atendendo crianças, jovens e adultos, Brígida ressalta que alguns esportes fazem mais sucesso que outros pela questão da popularidade, e ela encontra dificuldades na formação de turmas de algumas modalidades específicas.
- Os esportes que mais fazem sucesso é o futebol e o futsal, pois o pessoal tem mais vivência e quer fazer por se tratar de esportes populares. No feminino o que montamos com sucesso foi a ginástica rítmica; essa é novidade, está aqui há dois meses e está bombando. Além das ginásticas localizada e aeróbica, e o treinamento funcional, onde atendemos de 60 a 70 mulheres por aula, que além de trabalhar o corpo elas podem trabalhar a mente. Encontramos dificuldade de montar turmas nas modalidades femininas do futebol, basquete, e no masculino o handebol - ressaltou.
Sala do Telecentro, na Vila Olímpica Lauthenay Perdigão (Foto: Jota Rufino/GloboEsporte.com)Sala do Telecentro, na Vila Olímpica Lauthenay Perdigão. (Foto: Jota Rufino/GloboEsporte.com)
A vila conta com o apoio de secretarias e projetos para auxiliar no desenvolvimento e educação. Destaque para o Telecentro, integrante do Programa Alagoano de Inclusão Digital, que oferece cursos para a população da região de capacitação em informática e acesso à internet de forma gratuita.
- Temos parcerias com outras secretarias, para atender crianças de outros bairros, trazendo os alunos com vans, e ajudando na atividade esportiva e educacional, como o Telecentro, onde temos a parte de informática. E com essas parcerias a gente vai levando, mas claro, se tivesse mais, teríamos dado outros passos - declarou.
Professor formado em educação física, Wagner da Silva ajuda no desenvolvimento das crianças, ensinando através do futsal a importância de ter o esporte na vida.
- É de grande ajuda, pois podemos tirar muitas crianças das ruas. Hoje tenho na minha turma, apenas à tarde, de 25 a 30 alunos, e o espaço ajuda eles a praticar o esporte e a ter um futuro - comentou.
Professores e alunos da turma de futsal da manhã (Foto: Jota Rufino/GloboEsporte.com)Professores e alunos da turma de futsal da manhã (Foto: Jota Rufino/GloboEsporte.com)
Brígida reforçou a importância da Vila Olímpica na comunidade, e lembra que que as atividades ajudam a ocupar um espaço vazio no dia de pessoas de várias faixas etárias, principalmente para crianças.
- A nossa importância nessa comunidade é muito grande, pois muitos não têm condições de pagar academia, ou ter um professor para acompanhá-los, aqui damos esses espaço, com profissionais formados, e qualificados, onde as pessoas têm um lugar para ir, e não ficar só dentro de casa, ou na rua. E estamos aberto para todos - finalizou.
(*) Jota Rufino colaborou.
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quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Romário anuncia processo de R$ 75 milhões contra revista por falsa denúncia

  • Senador negou veracidade de extrato publicado por revista, que se desculpou
    Senador negou veracidade de extrato publicado por revista, que se desculpou
O senador Romário anunciou nesta quinta-feira que irá processar a revista Veja em R$ 75 milhões. A publicação havia divulgado que o ex-jogador possuía uma conta no banco suíço BSI, fato negado pelo próprio Romário e pela própria instituição financeira.
"Tem muita gente perguntando sobre o processo contra a revista. O processo continua", anunciou Romário em sua conta no Twitter. "O processo continua! Estou pedindo na justiça R$ 75 milhões por danos morais e direito de resposta na edição impressa da revista", completou.
A revista havia publicado a imagem de um extrato bancário, segundo o qual o ex-atacante possuía uma conta não declarada com cerca de R$ 7,5 milhões depositados. O próprio Romário foi à Suíça averiguar o fato com o banco, divulgando a apuração em suas contas nas redes sociais.
"Chateado! Acabei de descobrir aqui em Genebra, na Suíça, que não sou dono dos R$ 7,5 milhões", ironizou Romário na ocasião. "Agora, aqueles que devem, podem começar a contar as moedinhas, porque a conta vai chegar de todas as formas. Eu não finjo ser decente, não faço de conta ser sério e pareço ser correto. Eu sou", completou.
Em comunicado divulgado na noite desta quarta-feira, a revista Veja se desculpou com o senador.
"Por ter publicado um documento falso como sendo verdadeiro, Veja pede desculpas ao senador Romário e aos seus leitores. Esse pedido de desculpas não veio antes porque até a tarde desta quarta-feira ainda pairavam perguntas sem respostas sobre a real natureza do extrato, de cuja genuinidade Veja não tinha razões para suspeitar", declara a nota da publicação.
NM com Uol.esportes.com.br
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Aloísio Chulapa é apresentado no Grêmio Maringá e disputa terceirona paranaense

O rei do “danone” já definiu sua nova casa. Pelos próximos meses, Aloísio Chulapa defenderá o Grêmio Maringá, do Paraná, e disputará a terceira divisão do campeonato Paranaense, que terá início no dia 30 de agosto. O atacante se apresentou ao novo clube na última quarta-feira (5) e já iniciou os treinamentos visando a estreia da equipe alvinegra.

Revelado pelo CRB e com passagens por Flamengo, Guarani, Paris Saint-German, São Paulo e Vasco, o centroavante foi especulado em algumas equipes do Sul do país, como o Blumenau de Santa Catarina, mas acabou indo jogar no Paraná. O atleta já é velho conhecido do Paranaense, pois atuou no Atlético Paranaense em 2005, onde foi vice-campeão da Copa Libertadores da América.

No currículo de Chulapa, estão títulos estaduais do Alagoano, Carioca, Goiano e Paranaense. Também venceu 3 campeonatos Brasileiros e um Mundial de Clubes quando atuou pelo São Paulo, onde teve o seu auge na carreira. O jogador também já recebeu uma Bola de Prata da Revista Placar, como melhor jogador de ataque no Campeonato Brasileiro em 2006.

O atacante de 40 anos estava parado desde que saiu do Ipanema, onde disputou o Campeonato Alagoano de 2015, e chega como a principal estrela do “Galo”, como é conhecido o Grêmio Maringá entre os seus torcedores. A expectativa é que Aloísio possa ajudar sua equipe a subir para a segunda divisão do Paranaense.


NM com gazetaweb.com
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quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Presidente Dilma Rousseff sanciona MP do Futebol, que passa a ser lei

Dilma Rousseff assina MP do Futebol (Foto: Agência Brasil)A presidente Dilma Rousseff sancionou, nesta quarta-feira, a MP 671, a MP do Futebol. O documento, que agora passa a ser lei, trata do refinanciamento das dívidas dos clubes de futebol com a União -  estimadas em cerca de R$ 4 bilhões - em troca de novas regras de gestão, incluindo o chamado "fair play" financeiro, que prevê o rebaixamento de inadimplentes. Os clubes interessados em parcelar seus débitos com maior prazo devem aderir ao Programa de Modernização do Futebol Brasileiro (Profut).
Dilma vetou alguns itens e artigos inteiros do texto. Dentre os trechos vetados, está a isenção de impostos na Lotex, loteria que será criada, todo o capítulo V, que dispunha sobre o regime especial de tributação das sociedades empresárias desportivas profissionais, e o artigo que acabava com a multa de 100% do contrato caso um jogador fosse dispensado de um clube.
A MP foi enviada para análise no Congresso Nacional no último dia 19 de março, após a assinatura da presidente. No entanto, o texto original sofreu mudanças na Câmara dos Deputados, no início de julho. Dentre as alterações, estão aumento do limite de gastos dos clubes com o futebol, que subiu de 70% para 80% da receita bruta obtida com a modalidade, além de alterações nas regras de redução de déficit financeiro aplicadas. Outra mudança foi a retirada do artigo que transformaria a seleção brasileira em patrimônio cultural - o que colocaria a CBF na mira do Ministério Público.

O projeto aprovado na Câmara seguiu para o Senado, foi aprovado no último dia 13 de julho e nesta quarta foi sancionado pela presidente Dilma Rousseff. Os clubes que aderirem ao Profut poderão parcelar suas dívidas em até 240 vezes, de no mínimo R$ 3 mil, contando com redução de 70% das multas, de 40% dos juros e de 100% dos encargos legais. As primeiras 60 parcelas poderão ser reduzidas em até 50%, mas esse desconto deverá ser coberto posteriormente. Os clubes se comprometem a reduzir o déficit para 10% da receita anual a partir de 2017, e 5% a partir de 2019.   
Clubes que aderirem ao Profut poderão parcelar suas dívidas em até 240 vezes. Débito com a União chega a R$ 4 bilhões
Para permanecer no programa, os clubes devem cumprir com uma série de contrapartidas: não poderão mais antecipar receitas, como os direitos de televisão, previstas para depois do término da gestão vigente (exceto um limite de 30% para reduzir a dívida), e só poderão usar 80% de suas receitas brutas obtidas com o futebol para o pagamento da folha salarial e direitos de imagem de atletas da modalidade. Os dirigentes agora poderão responder individualmente por práticas de gestão temerária durante seus mandatos. As punições pelo não cumprimento a tais exigências vão de inelegibilidade dos cartolas por até dez anos, afastamento do cargo, e a possibilidade de responder solidariamente por atos irregulares praticados em gestões anteriores. 
- Buscar a transparência é justamente a essência do Profut. Queremos responsabilidade na gestão dos clubes, que haja um bom senso na renovação dos mandatos dos dirigentes de futebol, que tenha um limite, na verdade. Os clubes precisam se conscientizar da importância de ter um fair-play financeiro, pois em um futuro breve, colherão os frutos - comentou, ao portal do Ministério do Esporte, o Secretário Nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor, Rogério Hamam.
O QUE DIZ A LEI
DEVERES DOS CLUBES
- Publicar demonstrações contábeis padronizadas e auditadas
- Pagar em dia as obrigações tributárias, trabalhistas e direito de imagem
- Investir no máximo 80% da receita bruta com futebol
- Manter investimento mínimo e permanente nas categorias de base e no futebol feminino
- Respeitar as regras de transparência da Lei Pelé
- Não antecipar receitas previstas para mandatos futuros a não ser em caso de situações específicas

RENEGOCIAÇÃO
- Clubes que adotarem gestão transparente poderão parcelar dívidas em até 240 vezes, com redução de 70% das multas, de 40% dos juros e de 100% dos encargos legais
- Clubes devem reduzir déficit gradualmente até 2021
- Texto aprovado garante a manutenção da taxa Selic para corrigir o parcelamento das dívidas dos clubes
- Dirigentes esportivos poderão ser punidos por atos de gestão temerária

LOTERIAS
- Serão criadas duas loterias para angariar recursos para os clubes, além da já existente Timemania
- Do total da arrecadação da nova loteria, 65% serão para premiação; 10% para projetos de iniciação desportiva escolar do Ministério do Esporte; 2,7% para os clubes de futebol; 18,3% para despesas de custeio e manutenção; 3% para o Fundo Penitenciário Nacional (Funpen); e 1% para a Seguridade Social.
NM com globoesporte.com
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quinta-feira, 30 de julho de 2015

Ultraman alagoano, vencedor de várias competições, fará prova na Flórida ano que vem

Sebastião Muniz Falcão é alagoano tem 48 anos e é triatleta. Ele já foi vencedor de várias competições nacionais e internacionais. Muniz é o único Ultraman no estado de Alagoas. No nordeste só tem dois triatletas nesta categoria. Por causa de um acidente cancelou as competições deste ano, más já voltou a treinar para a próxima competição em 2016 na Flórida. 
Muniz Falcão explica que Fabrizio Borsato foi pioneiro na modalidade esportiva no Estado. Foto: Paulo Tourinho
O ultraman conta que passou três meses parado e cancelou todas as competições deste ano: uma em Minas Gerais 285 km e outra em Portugal, onde foi convidado para correr 281 km. A próxima prova que vai participar será a Ultraman da Flórida, ano que vem e diz que já programou as férias do trabalho, para conciliar com a competição.
Para praticar e se dedicar a esta modalidade esportiva é preciso mesmo muita paixão. Sebastião Muniz Falcão coleciona medalhas, troféus  e experiência em seu currículo e pratica um tipo de atividade esportiva que exige treinamento intenso dos atletas. A atividade é uma competição mais pesada que o ironman Triathlo.
Ele  comenta que sempre praticou atividade física desde cedo. “Em 2011, o técnico Fabrizio Borsato me viu na esteira, na academia, e me convidou para fazer uma corrida de cinco quilômetros. Na época até brinquei com ele e disse que não conseguiria”, comenta.
Sebastião Muniz Falcão coleciona medalhas, troféus e experiência em seu currículo e pratica um tipo de atividade esportiva que exige treinamento intenso dos atletas. Fotos: Paulo Tourinho
Sebastião Muniz Falcão disse que antes fazia corrida moderada, tipo leve e nunca tinha se arriscado a fazer algumas atividades mais pesadas. “Eu sempre tive receio, meio que pavor de participar de competição; ainda hoje não gosto”, enfatiza. Segundo ele, quebra um pouco a concentração: “Eu escolho a competição e foco e vou nela, não fico atirando para todo lado fazendo todo tipo de atividade”, explica.
 Muniz Falcão explica que Fabrizio Borsato foi pioneiro na modalidade esportiva no Estado. “Foi ele quem trouxe Ironman Triathlon para Alagoas; eu o considero um dos melhores técnicos do Estado e quiçá do mundo”, destaca, acrescentando que foi Gabriela, sua esposa, quem fez a inscrição sem que ele soubesse e depois o avisou.
Sebastião Muniz Falcão disse que antes fazia corrida moderada, tipo leve e nunca tinha se arriscado a fazer algumas atividades mais pesadas.
“Eu fui lá fazer a corrida de cinco quilômetros e depois fiz outras; logo em seguida falei para o técnico que queria fazer uma prova de Ironman. Eu já conhecia a história dele com essa modalidade, que é uma das modalidades de Triathlon de longa distância, e ele me disse que eu precisava de tempo para treinar essa prova”, destaca.

DESTAQUES

Em Florianópolis, em 2013, o atleta destaca que fez a primeira prova de Ironman  e no mesmo ano participou da segunda prova, em Punta Del Este, no Uruguai. “Foi aí quando comecei a me destacar nas competições: fiz outra prova de Ironman, também em Punta Del Este e consegui primeiro lugar na minha categoria de 45\49 anos e fiquei em quinto lugar geral”, explica.
Enquanto no ironman o atleta nada aproximadamente 3,8 km; percorre 180 km de ciclismo e 42,195 km de corrida, o triatlo ultraman é o triplo da distância. A primeira edição da prova no Brasil, nos moldes do ultraman, aconteceu em 2014, entre Paraty e o Rio de Janeiro. É uma prova de assustar: são dez quilômetros de natação, 421 de ciclismo e 84 de corrida.
“Um amigo meu me informou brincando e eu disse que ia fazer; cheguei para o meu técnico e disse que ia competir e ele me chamou de louco, que eu precisaria de quatro anos para me preparar  e que não tinha condições de me treinar. Eu vim para casa, fiz a inscrição e disse para ele: ‘fiz a inscrição, agora me treine’”, ressalta.

Treino intensivo e férias no trabalho

Com 45 dias para treinar uma atividade que requeria quatro anos, Muniz Falcão conta que nesse tempo teve que tirar férias do trabalho. Servidor da Justiça do Trabalho, ele conta que juntou férias; licença, tudo o que tinha direito, para treinar durante esse tempo.
“Eu estou agora trabalhando em Porto Calvo, estava lotado aqui, antes, por isso que meus treinos têm que ser realizados de manhã, bem cedo, que eu não faço, ou no final do dia ou à noite, que é o que faço”, relata.
Para se adaptar à realidade perigosa das ruas, para os treinos na bike, ele conta que adaptou a bicicleta e colocou um rolo fixo e faz os treinamentos em seu apartamento. “Depois de um acidente com um amigo (Álvaro Vasconcelos) fiquei receoso disso, porque os motoristas não respeitam e Estado não tem estrutura no trânsito: já caí; sofri um acidente no treino, quebrei a clavícula; passei três meses parado”, comenta.
A dificuldade para o patrocínio das competições também são relatadas pelo esportista.
A natação ele conta que treina no mar, com outro colega, ou na piscina. “A parte de musculação e fortalecimento dos músculos eu treino na academia que é minha patrocinadora. Corrida eu treino na esteira, ou na rua: vou até o Mirante da Sereia ou Francês, entre outros trechos, dependendo do percurso que vá fazer”.
É difícil conciliar os horários por conta do trabalho, mas o triatleta observa que quando está perto de uma competição ele tira férias, por conta dos treinos intensivos. Muniz Falcão argumenta que as dificuldades encontradas para que o atleta treine nas ruas são muitas:  sem segurança; sem acostamento e o desrespeito dos motoristas também é grande.
A dificuldade para o patrocínio das competições também são relatadas pelo esportista. “Eu só participo de competições fora do Estado ou no exterior. Infelizmente, aqui não tem incentivo para o atleta e eu me recuso a participar: não tenho apoio nem do Estado e nem do município de Maceió”.
A alimentação de um superatleta tem que ser equilibrada, com acompanhamento de um profissional de nutrição.
A alimentação de um superatleta tem que ser equilibrada, com acompanhamento de um profissional de nutrição. Além do feijão e arroz integral, existem os suplementos, as barras de cereais, entre outros itens, que levam na roupa durante as competições de ciclismo.
 Além da nutricionista Isabela Moura (personal nutry), o atleta comenta que tem dois treinadores: Fabrizio Borsato, treinador de corrida e bike e Roberto Nascimento que faz a parte de natação. Tem um fisioterapeuta Kelly Pacheco e precisa estar com os exames em dia, sabendo como o corpo está preparado.
O atleta conta que tem patrocínio dos suplementos alimentares Mundo Verde e Neo Nutri; Geraldo Freitas; Gustavo Gama; Salão Olga Falcão; Solara (Água Mineral); Masterop (operadora de turismo); Colégio Fantástico e Academia One Fit. 

PROVAS DE TRIATLO

O atleta explica que pode-se classificar as provas de Triatlo de acordo com as distâncias percorridas e com os locais onde as provas são disputadas. As principais são as seguintes: Sprint: 750 metros de natação / 20 km de ciclismo / 5 km de corrida;  Olímpico: 1.5 km de natação / 40 km de ciclismo / 10 km de corrida.
O atleta explica que pode-se classificar as provas de Triatlo de acordo com as distâncias percorridas e com os locais onde as provas são disputadas.
Meio-Ironman ou Ironman 70.3: 1.9 km de natação / 90 km de ciclismo / 21 km de corrida; Ironman: 3.8 km de natação / 180 km de ciclismo / 42 km de corrida; Ultraman: 10 km de natação / 421 km de ciclismo / 84 km de corrida (Esta prova é a única que é feita em três dias).
Existe também uma variante de inverno deste desporto que tem lugar na neve e que geralmente consiste de esqui de cross country, ciclismo de montanha e corrida (nesta ordem). Outras variantes populares são os chamados triatlos de aventura ou off road, segundo o atleta.
O triatletismo consiste de natação, ciclismo de montanha e corrida cross country; o Triatlo Rápido, que consiste em provas mais curtas, totalizando menos de 20 minutos por bateria, em baterias subsequentes com intervalos pré-determinados. (Veja abaixo fotos de competições do Ironman alagoano - Arquivo pessoal)
 



NM com 1momento.com.br
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quarta-feira, 29 de julho de 2015

Romário publica post afirmando não ser dono de conta milionária na Suíça

Romário nega possuir conta na Suíça (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

Após ser acusado numa reportagem da revista "Veja", no último fim de semana, de ter uma conta ilícita em um banco da Suíça, no valor de R$ 7,5 milhões não declarados à Justiça Eleitoral e à Receita Federal, o senador Romário (PSB) publicou nesta quarta-feira um post numa rede social em que aparece em Genebra. No texto, o Baixinho afirma estar chateado por descobrir não ser o dono da quantia milionária citada na matéria. Além de afirmar que é uma pessoa decente, séria e correta, o ex-jogador também deu um recado para que "aqueles que devem comecem a contar as moedinhas, porque a conta vai chegar de todas as formas". 

Assim que tomou conhecimento da reportagem na revista, Romário divulgou nota oficial contradizendo o teor da matéria. Atual presidente da CPI do Futebol, o senador não desmentiu a existência da conta, alegando que pode não ter fechado todas as contas abertas no tempo em que atuou no futebol europeu. No entanto, foi enfático ao rebater a informação da "Veja" de que fez investimentos em dezembro de 2013. 

- Obviamente, fiquei muito feliz com a notícia, assim que possível, irei ao banco para confirmar a posse desta conta, resgatar o dinheiro e notificar à Receita Federal (...) Espero que seja verdade, como trabalhei em muitos clubes fora do Brasil, é possível que tenha sobrado algum rendimento que chegou a essa quantia. Estou me sentindo um ganhador da Mega Sena, só que do meu honesto e suado dinheiro - escreveu o Baixinho em tom de ironia no seu comunicado.

Na ocasião, Romário disse que não ficaria surpreso se a apuração da revista estivesse errada e levantou a hipótese da reportagem ter sido feita em retaliação ao seu trabalho no Senado, principalmente no comando da CPI do Futebol, além do fato de estar liderando as primeiras pesquisas de intenção de voto para a eleição para prefeito do Rio de Janeiro, em 2016. Ele também lembrou o fato de não ter recebido nenhuma notificação do Ministério Público sobre essa questão.

Confira a íntegra da mensagem do Romário: 

"Chateado! Acabei de descobrir aqui em Genebra, na Suíça, que não sou dono dos R$ 7,5 milhões. Aguardem mais informações... Agora, aqueles que devem, podem começar a contar as moedinhas, porque a conta vai chegar de todas as formas. Eu não finjo ser decente, não faço de conta ser sério e pareço ser correto. Eu sou!!!"


NM com globoesporte.com
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quarta-feira, 22 de julho de 2015

As duas bandejas de Chulapa nos Mundiais do São Paulo


Garrafas voaram pelos ares de Atalaia, no interior alagoano, quando Müller fez o terceiro gol do São Paulo sobre o Milan naquela madrugada de 12 de dezembro de 1993. Culpa de um garçom – que, eufórico com a iminência do bicampeonato mundial de seu time do coração, arremessou a bandeja para o alto e encharcou com cerveja os clientes da churrascaria onde trabalhava. Aos 18 anos, Aloísio José da Silva se virava para ganhar um troco e ajudar a família, incapaz de prever o destino que se aproximava: que ele, 12 anos depois, com o apelido Chulapa incorporado ao nome, seria novamente campeão mundial. Mas desta vez dentro de campo. E dando o passe para o gol.

Aloísio Chulapa foi garçom em dois títulos mundiais do São Paulo. Primeiro, literalmente, trabalhando assim; depois, metaforicamente, na linguagem do futebol, dando de bandeja para Mineiro o gol da vitória de 1 a 0 sobre o Liverpool em 2005. Foi o maior momento da carreira do jogador, que agora defende o Grêmio Maringá – deve ser seu último clube antes da aposentadoria. 
A bola, na metade do primeiro tempo, partiu de Fabão. Chulapa recebeu de costas para o gol, afastado da área, e sua missão básica seria dar fluência à jogada, fazer a bola circular por Danilo e ir se posicionar para concluir. Mas que nada. De pronto, ele resolveu acionar Mineiro, volante que se intrometia na área inglesa. De três dedos, deixou o colega na cara do gol. “Foi um passe de Ronaldinho Gaúcho do Paraguai”, disse ele na época.

- Aquilo foi de uma hora pra outra. Não era pra ser aquilo. Era jogada ensaiada. Eu ia me apresentar, o Fabão ia passar, e eu ia ajeitar pro Danilo. Quando ela veio, não dava pra ajeitar. Quando virei, o Mineirinho veio gritando: “Chulaaaaaaa, sooooltaaaaa!”. Fui lá e toquei na medida. Nunca mais acerto um passe daqueles na vida – diverte-se, quase dez anos depois, o atacante.
 Aloísio Chulapa (Foto: Alexandre Alliatti)Aloísio Chulapa tem pôster do São Paulo campeão mundial em sua casa no interior alagoano (Foto: Alexandre Alliatti)


O passe marcou a trajetória de Chulapa no Morumbi e consolidou o São Paulo como principal clube da carreira dele. Em sua casa em Atalaia, as paredes em volta da churrasqueira onde ele recebe os amigos estão repletas de referências ao Tricolor. Um dos muros do pátio tem um desenho dele abraçando Rogério Ceni no Japão. As chuteiras que usou contra o Liverpool também estão expostas no local, protegidas por uma redoma.

- O São Paulo foi uma paixão incondicional. Foi ali onde fui conhecido internacionalmente. Aonde eu vou, o povo me conhece. Sou ídolo mesmo. Ali eu joguei com amor. Sei que o dinheiro é bom, às vezes tem gente que só vai para os times pelo dinheiro, para tapear, mas eu, não. Quando botava aquela camisa no corpo, era para comer a grama do Morumbi. Saía todo rasgado de campo. Além de ser são-paulino doente, eu estava ali realizando um sonho, de jogar no meu time no coração. E dava a vida.

Se não fossem ele e seu passe de três dedos, sabe-se lá o que seria do São Paulo naquele jogo. E Aloísio Chulapa teve um caminho improvável até se tornar um dos protagonistas do título. Em 14 de julho, cinco meses antes do Mundial, estava no Morumbi com a camisa do Atlético-PR - disputando, contra o São Paulo, o título da Libertadores. Havia feito gol no primeiro jogo, em empate por 1 a 1 no Beira-Rio – a Arena da Baixada não foi liberada para a partida. No calor do jogo na capital paulista, foi convidado por Rogério Ceni para trocar de lado: para virar jogador do São Paulo. E ficou revoltado. "Tá com medo de levar outro de cabeça, é?", disse ao goleiro.

A contratação, porém, só foi finalizada em 11 de novembro, quase quatro meses depois da final da Libertadores – e apenas um mês antes da decisão do Mundial. Chulapa chegou ao Morumbi como complemento em um elenco repleto de atacantes: Amoroso, Grafite, Thiago Ribeiro, Christian. E, surpreendentemente, virou titular.
 Aloísio Chulapa (Foto: Alexandre Alliatti)Muro na casa de Aloísio Chulapa tem desenho dele abraçando o "patrão" Rogério Ceni (Foto: Alexandre Alliatti)

Ele tem enorme gratidão ao técnico Paulo Autuori por isso. Entende que o treinador apostou nele mesmo ciente do risco que corria – da cobrança que sofreria caso a escolha fracassasse.
- O Autuori pediu para eu fazer o pivô. Antes, eram o Amoroso e o Luizão. O Luizão foi embora, mas tinha o Christian, o Thiago Ribeiro e o Grafite. Ele podia escolher um dos três que tavam lá há mais tempo. Eu sabia que a responsabilidade ia ser grande. Se desse errado, a cobrança nele e em mim ia ser f... Iam dizer: “Pô, o cara chegou agora. Por que não botou o Christian, o Thiago, o Grafite?”

A estreia de Aloísio pelo São Paulo foi no Mundial. Ele foi titular já nas semifinais, na vitória de 3 a 2 sobre o Al-Ittihad, da Arábia Saudita. Sofreu o pênalti convertido por Rogério Ceni, o mesmo que o convidara para jogar pelo clube, o mesmo com quem discutira no gramado do Morumbi – hoje, são amigos pessoais, e Chulapa chama o goleiro de “patrão”.
 Aloísio Chulapa (Foto: Alexandre Alliatti)As chuteiras que Aloísio Chulapa usou no Mundial do Japão (Foto: Alexandre Alliatti)

Ceni foi a referência técnica e a liderança daquele time. Fechou o gol contra o Liverpool depois do gol de Mineiro. Antes, mobilizou o elenco usando uma declaração de Gerrard, craque do time inglês.

- O patrão foi o cara do jogo. O Gerrard falou no jornal que o Liverpool era imbatível. O Rogério Ceni pegou o jornal e botou na sala de jantar. E disse: "Não tem motivação maior que essa". A gente entrou concentradíssimo. Mas sabia que ia pegar um dos melhores times da Inglaterra, 13 jogos invicto, 13 jogos sem tomar um gol. E o bandeirinha anulou três gols daqueles... Um impedimento de quase uma unha. Aquele jogo foi minha decolagem. Depois daquilo, o São Paulo me comprou.

O São Paulo de hoje

Aloísio Chulapa ficou no São Paulo até 2008. Foi para mais uma final de Libertadores no ano seguinte ao título mundial. Perdeu para o Inter – e terminou como um dos artilheiros do torneio, com cinco gols. No Brasileirão, emendou os títulos de 2006, 2007 e 2008. Foi para o Catar, retornou ao Brasil para jogar, sem sucesso, no Vasco, passou pelo Ceará e aí começou a circular por clubes menores. Seguiu, o tempo todo, acompanhando o São Paulo como torcedor – e sendo tratado como ídolo. Chamou Rogério Ceni para a inauguração de uma escolinha em Atalaia e recentemente esteve em jogo festivo no Morumbi.

Chulapa acredita que o atual São Paulo deveria se espalhar naquele de dez anos atrás. Ele vê muita qualidade no atual elenco tricolor. 

- Hoje, só tem fenômeno: Pato, Ganso, Luis Fabiano, Michel Bastos, que era um monstro no Lyon. É um time da p... Mas igual àquele time não tem, não. Sabe o que encaixava? Nós. Sabe o filme "Gladiador"? Quando ele junta todos e diz "ou nós todos nos unimos, ou morremos juntos"? Era isso. O Rogério Ceni, quando terminava a preleção, dizia: “Vai ser 1 a 0 e acabou. Não vai entrar nada. É bola na área para o Chulapa, ou para o Lugano, ou para o Fabão”. E todo mundo se matava. Eu ia parar na lateral direita. O Leandro ia para a esquerda. Era Cicinho, era Júnior, era Josué. Era perfeito. O São Paulo não tinha estrela nenhuma quando conquistou três Brasileiros e um Mundial. Era o patrão (Ceni) e o Amoroso. O resto era Danilo, Josué, Mineiro, Júnior, Cicinho, Fabão, Lugano, Edcarlos. Era um time em que um corria pelo outro. Um ajudava o outro.

O atacante, aos 40 anos, por onde anda, é parado por são-paulinos, que fatalmente lembram do passe para o gol do Mineiro. São gratos a ele pelo lance. Mas tem um sujeito que fica particularmente comovido quando o encontra.

- Rapaz, o Mineiro, quando me vê, só falta chorar...
NM com globoesporte.com
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