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Atacante Diego Clementino foi a principal contratação do CSE nesta temporada
FOTO: AILTON CRUZ / GAZETA DE ALAGOAS
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Com o fim da primeira fase do Campeonato Alagoano, na última quarta-feira (7), CSE e Santa Rita despediram-se de forma dramática da elite do futebol estadual. Com apenas uma vitória cada, ambas as equipes encerraram suas participações na parte de baixo da tabela, amargando as 7ª e 8ª posições, respectivamente.
E para buscar entender as razões pelas quais os times de Palmeira dos Índios e Boca da Mata decepcionaram,, em tom de lamentação, reconheceram erros de planejamento, considerando-os determinantes para que Tricolor e Leão acabassem rebaixados.
CSE: início empolgante e frustração no final
Apesar da queda, o CSE iniciou o Estadual empolgando o torcedor. Sob o comando do então técnico Manoel Pinheiro, o Tricolor foi até o Sertão e derrotou o CEO por 1 a 0, no Estádio Edson Matias, em Olho d'Água das Flores, com um golaço de Júnior Paraíba.
Derrota no clássico, diante do ASA, iniciou a sequência de jogos sem vitória do CSE
FOTO: ASCOM / ASA
Após a boa estreia, a ducha de água fria veio logo na sequência, contra o ASA, no clássico do interior. No Juca Sampaio tomado pela torcida palmeirense, o CSE não conseguiu fazer valer o mando de campo e acabou derrotado pelo maior rival, por 2 a 1.
A derrota foi o bastante para o CSE não se encontrar mais, acumulando uma sequência de três empates - contra Santa Rita, CSA e Murici - e duas derrotas - contra CRB e Coruripe -, resultados que fizeram o Tricolor passar a brigar contra o rebaixamento.
E a confirmação de que algo estava errado veio com a goleada diante do Dimensão Saúde, em Capela, por 4 a 1, na rodada mais indigesta dos últimos anos para a apaixonada torcida tricolor.
Presidente do CSE, Antônio Umbelino lamentou o rebaixamento. "Este rebaixamento é chato para Palmeira dos Índios, para o clube e, principalmente, para o torcedor do CSE, que não merecia essa situação. Infelizmente, acredito que o grande erro aconteceu durante nosso planejamento, onde fizemos muitas escolhas erradas. Todos nós estávamos com tanta vontade de acertar que acabamos cometendo um grande erro", disse Umbelino, que vai seguir presidente do clube por mais dois anos.
Mesmo diante de um cenário complicado, o presidente tricolor diz acreditar em dias melhores, pedindo o apoio da torcida. "Os torcedores têm todo o direito de criticar, mas peço que todos tenham paciência porque vamos conseguir dar a volta por cima, fazendo um trabalho sincero e transparente, pois, não visamos nenhum lucro", emendou.
Sem calendário para o restante da temporada, todos os jogadores do atual elenco do CSE terão seus contratos rescindidos - apenas os atletas das categorias de base vão seguir no Juca Sampaio. Agora, ainda segundo o dirigente, o CSE volta todas as suas atenções para as categorias sub-17 e sub-20, na tentativa de, valorizando a prata da casa, fazer um elenco mais competitivo no próximo ano.
Santa Rita: tempo de preparação foi crucial
Diferentemente da maioria dos participantes do Alagoano, o Santa Rita iniciou sua pré-temporada somente no mês de janeiro. Com Toninho Pesso no comando técnico da equipe, o Leão da Mata até que estreou no Estadual surpreendendo, quando empatou com o CSA, no Olival Elias de Moraes, em 2 a 2.
Na estreia, Santa Rita surpreendeu ao empatar em 2x2 com o CSA, no Olival Elias de Moraes
FOTO: EDUARDO VIEIRA/RCORTEZ/ASCOM CSA
Porém, o resultado diante do atual campeão brasileiro da Série C parece não ter servido de estímulo para o Santinha. É que, logo na sequência, vieram duas derrotas: 1 a 0 para o Dimensão Saúde, em Capela, e 5 a 0 para o tricampeão alagoano CRB, no Rei Pelé.
Em seguida, o empate sem gols contra o CSE, pela quarta rodada do Estadual, custou o cargo de Toninho Pesso. Coube a Eduardo Neto, supervisor de futebol, a missão de tentar recuperar o Leão no Estadual. Entretanto, após quatro partidas e apenas uma vitória conquistada - 2 a 1 sobre o Coruripe, no Gérson Amaral -, o Santa Rita acabou rebaixado como o lanterna da competição, somando apenas 5 dos 28 pontos em disputa.
Presidente do clube, Sérgio Salvador afirmou acreditar que a curta pré-temporada contribuiu com o rebaixamento do Leão em 2018. "Nós não nos preparamos bem para um campeonato de tiro curto como foi o deste ano. Acredito que tivemos até um bom início, mas, na sequência, amargamos resultados negativos. Também faltou poder de reação ao grupo. Infelizmente, não conseguimos montar uma equipe competitiva para disputar os oito jogos, encarando-os como finais. Quando acordamos, já era tarde.
Ainda segundo o mandatário, a queda do Santa Rita para a Segundona reflete diretamente na situação financeira do clube. "O rebaixamento prejudica e muito a formação do time para a temporada do ano que vem porque teremos de enfrentar problemas ainda maiores para buscar patrocínios. Além disso, com o clube na segunda divisão, fica mais complicado atrair atletas no período de contratações", analisou.
Apesar da queda, o Santa Rita é um dos representantes de Alagoas no Campeonato Brasileiro da Série D, com início previsto para o mês de abril. O time de Boca da Mata está no grupo A9 do torneio nacional e vai enfrentar o Vitória da Conquista-BA, Treze-PB e Itabaiana-SE.
Para não correr riscos de repetir os erros do Estadual, Sérgio Salvador conta que o clube vai começar a planejar sua participação no Brasileiro já na próxima semana, quando irá retomar as conversas com alguns atletas do atual elenco. "Nós iremos promover uma reformulação de 60% ou mais na equipe com a qual disputamos o Alagoano, visando à disputa da Série D", afirmou Salvador, acrescentando que o clube pretende começar os treinamentos no dia 19 de março.
NM com Gazetaweb.com