O novo diretor de futebol do CSA, Raimundo Tavares, mal chegou e já quer mostrar serviço. O dirigente conhecido pela torcida azulina afirmou, em entrevista ao Timaço da 98.3 FM, que tem interesse de trazer mais “cinco ou seis contratações” para a sequência da temporada.
Além de tentar reviver a negociação para a chegada do meia Marcinho, que passa por uma indefinição com a saída de Pastana, mais dois nomes, segundo informações, estão próximos de acertar com o clube marujo: o atacante Yago e o volante Geovane, atletas do Athletico Paranaense.
Ele também declarou que o Azulão busca, por ora, a manutenção na Série B e pensar no acesso apenas no futuro, caso o time esteja demonstrando um bom futebol. Até o momento, a equipe não conseguiu vencer na competição e conquistou apenas um ponto em seis possíveis.
Baixo rendimento
Tavares também alegou um baixo desempenho da equipe e ficou na bronca com a postura de alguns jogadores dentro de campo. Ele ainda disse que “tem que formar um ambiente para as vitórias acontecerem."
“Será que tem alguém pra dizer o que é o CSA? O que é a torcida do CSA? O que é Maceió? Se não fizeram, nós vamos fazer! Precisa ter garra, vontade. Essa moleza não pode ter. O CSA tem que entrar em campo para ganhar”, declarou de maneira imperativa.
”Eu acho que temos condições de recuperar alguns jogadores que não estão rendendo aquilo que eu entendo que eles podem render“
Para ilustrar a sua percepção, o diretor lembrou das situações do meia Ítalo e do atacante Aylon. Os dois jogadores chegaram ao Azulão neste ano após boas atuações na última temporada por Confiança e Chapecoense, mas ainda não se firmaram na equipe titular.
"Vamos tentar motivar para recuperar ele, porque ele não desaprendeu. (...) De um ano para o outro, você não render aquilo que criou a expectativa de trazer ele para o clube?! O Aylon, mesma coisa. Bom jogador. Fez um brilhante campeonato na Chapecoense", declarou Tavares.
Impaciência
Uma das maiores dificuldades no meio do futebol brasileiro é a pressão por resultados. Na gana pela vitória, os torcedores são os primeiros a criticar algo que julgam não estar correto ou não funciona bem. Raimundo afirmou que esse motivo foi o principal no insucesso de uma negociação na sua última passagem pelo Azulão.
"O torcedor é tão imediatista que o Bruno José nós não tivemos paciência para trazer ele. Brilhou no Brasil (de Pelotas), arrebentou, e fez com que o Cruzeiro levasse ele e, agora, ele tá arrebentando. (...) E aí?! Tem que ter um pouco de calma porque ninguém contrata para errar", alertou como desabafo.
"Aí você tem que ter convicção, tem que dar um tempo, tem que esperar, tem que trabalhar para que aquele atleta possa render aquilo que o torcedor quer. Torcedor não tem paciência, o resultado não vem e aí o pau come e quem não aguenta esse tipo de crítica às vezes se complica", finalizou.
Retorno ao Azulão
A saída do ex-executivo de futebol, Rodrigo Pastana, deixou uma lacuna no Azulão. Porém, o clube marujo foi rápido para preencher, pelo menos, uma parte dela ao anunciar, neste domingo (6), por meio do presidente Rafael Tenório, o retorno de Raimundo ao comando geral do departamento de futebol.
NM com Daniel de Oliveira
Foto: Ailton Cruz